"(...) Fortaleza trazia uma conotação de beleza. Não sei se porque uma prima veio para Fortaleza e levou uns enfeites de carnaval e, na minha imagem, ficou uma coisa encantadora... Chegamos em Fortaleza, encontramos nosso pai e minha irmã. Tinham alugado uma casinha, no (bairro) Joaquim Távora, na rua da Bomba. Fica por trás da Escola Visconde do Rio Branco. Rua da Bomba, porque tinha uma bomba (d´água). Nós nos servíamos dessa bomba para manutenção, banho, alimento. Moramos um mês. Não tinha calçamento, era de terra. No interior, cada um tem um estilo de casa. E aquele estilo de casas bem iguaizinhas era uma novidade grande. A experiência de cidade foi extraordinária. O bonde, que vi pela primeira vez na vida, pensava que era um pedaço de trem solto, pelas ruas. À noite, a cidade iluminada... Aquela bomba, saindo água quando a gente puxava, levezinha... (...).
(E a) primeira experiência de luz elétrica, que não tínhamos; era lamparina, ainda. Foi a maior novidade do mundo, acender uma luz, que era no bocalzinho. Não tinha interruptor, a gente pegava na própria lâmpada e acendia. (...)."
(O Povo)
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