I
Hoje eu acho que o doutor
Aposta que eu sou tonto
Descobriu minha cidade
E o jegue que ainda monto
E quer comprar o bichim
Quer trocar pelo seu conto?
II
Eu já tô mei espantado
Com o balaio de bondade
O senhor se faz de bom
Tão bonzinho, na verdade
O que tem na minha testa
“Jeremias, seu covarde?”
III
O escrito que inhô vê
É da sua santa mente
O senhor deve tá tendo
Um ataque, seu demente
Sai já do meu roçado
Cabra mau, seu indecente!