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27 de jun. de 2012
PROVINCIANISMO OU NEOCOLONIALISMO?
A matéria de um jornal da capital, mostrando os cearenses "divididos entre Corinthians e Boca Juniors", mostra o quanto estamos precisando nos dar a respeito...
POLÍTICA NÃO É QUALQUER "ENGENHARIA"!
Brizola detonou o candidato Fernando Collor, quando denunciou que ele era uma armação da elite, via Globo. "Esse homem é um ator!", disse à época. Collor eleito, lá se foi Brizola beijar-lhe a mão e pedir ajuda para o Rio de Janeiro, de onde era governador. Mesmo o pleito tendo sido do Rio, e não pessoal, o velho caudilho pagou o pato por isso o resto da vida! Política não é vale-tudo!
O purismo e o verdadeiro Maluf
Gilson Caroni
Filho
Ao firmar acordo com o deputado federal
Paulo Maluf (PP), se deixando fotografar com seu adversário histórico, o
ex-presidente Lula produziu a perplexidade que dominou, no primeiro momento,
setores do próprio campo progressista. O debate que se seguiu foi - e é da maior
seriedade - e da maior gravidade.
O purismo tem que despertar da frívola ciranda para a dura realidade do mundo adulto, do universo das relações reais entre pessoas e partidos. O erro maior de quase todos os revolucionários brasileiros, do século XIX em diante, foi não apenas ter frequentemente cometido equívocos nas análises das condições objetivas, mas também no exame da condição subjetiva fundamental, que é o alheamento político a que um modelo de exploração desigual submeteu nosso povo. A exclusão de processos decisórios torna-o cético diante do que não sabe, enquanto a classe dominante dá o exemplo com sua atitude invariavelmente cínica.
Analistas políticos que não percebem bem o que acontece por um misto de má-fé e preguiça mental - resultante da partidarização da imprensa e da academia - pontificaram sobre a logística comandada por Lula. E, triste, foram endossados por setores que se apresentam como a "esquerda autêntica". O papel de um operador político do quilate do ex-presidente é semelhante ao do regente de uma orquestra. Não faz a música, mas dá o compasso, define a harmonia do conjunto e tira de cada instrumento o som mais adequado.
Não pode ser confundido com alguém ocupado em arranjos paroquiais para colocar seu candidato em uma posição mais confortável. Não deve ser tratado como bufão que faz parte do espetáculo, mas não é bem-visto na peça. Não lhe faz justiça a roupagem de um Moisés a quem cabia levar seu povo à terra prometida, mas terminou por preferir ser adorador de um bezerro de ouro.
Não houve vacilações ou atitudes opacas, mas perfeito tino da logística requerida pela dinâmica política. A estratégia era clara demais para comportar tergiversações: aliança com ex-prefeita Erundina e o PSB, à esquerda, para garantir o apoio dos socialistas e neutralizar os descontentamentos do grupo ligado à senadora Marta Suplicy. Aliança com Maluf, à direita, para neutralizar parte do PSD de Kassab. Um tabuleiro sobre o qual havia que se debruçar meticulosamente, sem pruridos de uma ética de algibeira.
Esses apoios levariam o candidato do PT ao segundo turno até por que o partido tem históricos 30% dos votos na capital e, à exemplo de Dilma, a rejeição do Fernando Haddad é muito pequena em São Paulo. Para isso seria necessária a manutenção das candidaturas de Russomano e de Netinho, até então provável candidato do PC do B no primeiro turno. No segundo turno, ainda teríamos agregado o apoio de Chalita, do PMDB. Apenas assim se conseguiria derrotar a máquina eleitoral do estado e do município de São Paulo pró- Serra, que tem cerca de 30% de rejeição dos eleitores na capital.
Pelo visto , faltou combinar com uma geração que gosta do suicídio político para expiar culpas sociais. Faltou dizer que o Maluf atual, aquele que merece combate, aquele que é conhecido pelas falcatruas e pelos métodos fascistas de lidar com adversários e movimentos sociais, atende por outro nome: José Serra. Será preciso desenhar?
O purismo tem que despertar da frívola ciranda para a dura realidade do mundo adulto, do universo das relações reais entre pessoas e partidos. O erro maior de quase todos os revolucionários brasileiros, do século XIX em diante, foi não apenas ter frequentemente cometido equívocos nas análises das condições objetivas, mas também no exame da condição subjetiva fundamental, que é o alheamento político a que um modelo de exploração desigual submeteu nosso povo. A exclusão de processos decisórios torna-o cético diante do que não sabe, enquanto a classe dominante dá o exemplo com sua atitude invariavelmente cínica.
Analistas políticos que não percebem bem o que acontece por um misto de má-fé e preguiça mental - resultante da partidarização da imprensa e da academia - pontificaram sobre a logística comandada por Lula. E, triste, foram endossados por setores que se apresentam como a "esquerda autêntica". O papel de um operador político do quilate do ex-presidente é semelhante ao do regente de uma orquestra. Não faz a música, mas dá o compasso, define a harmonia do conjunto e tira de cada instrumento o som mais adequado.
Não pode ser confundido com alguém ocupado em arranjos paroquiais para colocar seu candidato em uma posição mais confortável. Não deve ser tratado como bufão que faz parte do espetáculo, mas não é bem-visto na peça. Não lhe faz justiça a roupagem de um Moisés a quem cabia levar seu povo à terra prometida, mas terminou por preferir ser adorador de um bezerro de ouro.
Não houve vacilações ou atitudes opacas, mas perfeito tino da logística requerida pela dinâmica política. A estratégia era clara demais para comportar tergiversações: aliança com ex-prefeita Erundina e o PSB, à esquerda, para garantir o apoio dos socialistas e neutralizar os descontentamentos do grupo ligado à senadora Marta Suplicy. Aliança com Maluf, à direita, para neutralizar parte do PSD de Kassab. Um tabuleiro sobre o qual havia que se debruçar meticulosamente, sem pruridos de uma ética de algibeira.
Esses apoios levariam o candidato do PT ao segundo turno até por que o partido tem históricos 30% dos votos na capital e, à exemplo de Dilma, a rejeição do Fernando Haddad é muito pequena em São Paulo. Para isso seria necessária a manutenção das candidaturas de Russomano e de Netinho, até então provável candidato do PC do B no primeiro turno. No segundo turno, ainda teríamos agregado o apoio de Chalita, do PMDB. Apenas assim se conseguiria derrotar a máquina eleitoral do estado e do município de São Paulo pró- Serra, que tem cerca de 30% de rejeição dos eleitores na capital.
Pelo visto , faltou combinar com uma geração que gosta do suicídio político para expiar culpas sociais. Faltou dizer que o Maluf atual, aquele que merece combate, aquele que é conhecido pelas falcatruas e pelos métodos fascistas de lidar com adversários e movimentos sociais, atende por outro nome: José Serra. Será preciso desenhar?
Gilson Caroni Filho é professor
de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro,
colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do
Brasil.
(Artigo indicado por Eliton Meneses, que não disse se concorda com Caroni.)
DESPREZO NELA!
Toda coligação política que não for alicerçada por idéias e projetos para a cidade deve ser alijada do espectro de análise de qualquer cidadão de bem! Cargos e dinheiro só embasam os conluios venais e acanalhados. O cidadão precisa ficar atento a essa prática muito comum por aí! E que merece DESPREZO!
ESCORADOS EM "PANELINHAS"
“No Facebook, já faz tempo,
vejo divulgar-se uma convenção partidária em Coreaú, e numa das atualizações de
status, curiosamente, estava um versinho
com o seguinte: ‘o que nós queremos é o poder
pra poder comer na panelhinha (sic)’. Reservadas as críticas à autoria, em
respeito... Essa aparentemente inocente frase nos aponta muita coisa.
Tantas são as
reclamações de que nosso município anda longe de estar nos trilhos; que os
potenciais de desenvolvimento são, constantemente, barrados por uma política
suja, que não preza pelos interesses da maioria, privilegiando uma ou outra ‘panelinha’,
a depender do Executivo e quadro legislador vigente. A frase acima nos mostra o
cerne do problema; não há outro pior, pois são essas 'panelinhas' que,
descaradamente, compram nossa gente, e ferram com as contas públicas e as
mínimas possibilidades de uma boa gestão da máquina pública municipal.
Enquanto os gerentes
de nossa terra forem ancorados nas ‘panelinhas’, sinto, não vamos mesmo sair da
lama! Será que teremos um debate digno nessa eleição, onde as propostas sejam
realmente avaliadas, e não tão somente as promessas de ‘emprego’ e dinheiro fáceis?”
(Benedito Gomes
Rodrigues)
DE VOLTA!
"Ferrucio Feitosa reassume a Secretaria Especial da Copa do Governo do Estado". Liguem os holofotes. Ele adora!
ELES PODEM!
Os vereadores da improdutiva Câmara Municipal de Fortaleza concederam-se um reajuste salarial de mais de 60%. Pouco produtivos, venais e insaciáveis!
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