sábado, 21 de abril de 2012

OH, CIDADE VELHA!

  Que saudade de tuas meninas... Bonitas! E a cada dia que passa, mais! (Oh, diá!). Saudade de teus bêbados, sempre dispostos a ouvir nossas lamúrias... Saudade de teus garçons (Saudade, meu amigo Juca!), de teus loucos, de tua gente bonachã... Saudade de tuas ruas calmas e sossegadas... como colo de vovó... Saudade de tuas praças, que sempre abrigaram meu porre de cana e calmaria... Esse diabo poeta sente tua falta!

A TURMA DA FUTRICA!

  Parlamentares votados, por nós cearenses , que não assinaram o requerimento da criação da CPI do Cachoeira (ou da mídia):
* Vicente Arruda (PR)
* Eudes Xavier (PT)
* Mauro Benevides (PMDB)
* Eunício Oliveira (PMDB)
* Anibal Gomes (PMDB)
* Arnon Bezerra (PTB)
* Manoel Salviano (PSD)
* José Linhares (PP)

"EU, CAÇADOR DE MIM!"

  Diante de tantas bondades dos políticos no Facebook, acho que vou arrumar uma cela e me socar nela!

E ABRINDO O BAR "XIXI DOS ANJOS"

CANTA, ZÉ!

NO LUGAR ERRADO

  Leio no Twitter: "O ex-superintendente do DNIT, Guedes Neto, recebia propina da Construtora Delta? O homi só aparece nas colunas sociais. Não deveria estar nas policiais!?"

SEM SANGUE NOS OLHOS


 
  "Manifestação de direita e alienados é algo muito complicado."

  Contexto: Marchas contra a corrupção.

ORA, ORA!

  A turma está na Net inflacionando os opacos movimentos contra a corrução. Movimentos sem povo... Bobinhos, ela é o combustível do capital!

HUM!

LIBERTINAGEM DE EXPRESSÃO

  "Você acha que tem liberdade de imprensa no Brasil? Veja: uma pesquisa revelou que Rede Globo, SBT, Record, Rede TV!, Bandeirantes e CNT controlam, juntas, 668 veículos de informação em todo o país, sendo 309 de TV, 308 de rádio e 50 jornais diários. Outro dado preocupante divulgado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação: em uma pesquisa feita pelo fórum, das 332 emissoras de TV no Brasil, aproximadamente 80% (262) estão ligadas a esses 6 grupos familiares. "

  (FREI BETTO)

  

MAIS UMA PERDA

  Sendo lamentada nesta noite a morte do advogado Vasco Damasceno Weyne. O Blogue do Eliomar diz:

 "Vítima de complicações do Alzheimer morreu neste sábado, o ex-presidente da OAB do Ceará, Vasco Damasceno Weyne (81). O velório ocorre na Loja Maçônica que leva o seu nome e que fica na rua Jaime Benévolo, 1049 (Dionísio Torres). Vasco Damasceno Weyne, jurista dos mais respeitados no Estado, também foi procurador-geral do Estado e também procurador de Justiça do Estado."

CONSTATAÇÃO




   O papel do parlamentar (maioria) no Brasil é ser biruta. O vento são o prefeito, o governador,... Para lamentar...

PAUTAS AMARRADAS

   Tem revista no Brasil fazendo contorcionismo jornalístico, para ver se atravessa uma certa cachoeira. Oh, diá!

OS FELICIDADINHOS

  Nas repartições públicas é comum a existência de umas figuras exóticas. Geralmente, adeptos de uma nova religião, vivem apregoando a nova vida, a felicidade larga e fácil e o amor pétreo pela mulher. São seres escorregadios, que pulam na primeira gandaia que houver. Corra desses tipos!

TEM TODO O DIREITO!

  Um colega reclama de um Professor de História, que diz ser adepto dos tempos da ditadura e prega, soturno, que hoje "está muito pior!" 

  O cara gosta da milicada! Fazer o quê?

SEM EMPOLGAÇÃO...

  Descupem-me a franqueza, mas noto um certo fôlego de tísico, nessas caminhadas contra corrução!

PARA MUITOS CANDIDATOS A PREFEITO E VEREADOR...

   ... Ele será imprescindível!


DA OBRA DE JORGE AMADO...

  ... Um nome de bar, que é um achado: "Xixi dos Anjos". Porreta!

TEMPOS DE MADRES...

  Nesses tempos de urnas chegantes, todos os doutores são um rio de bondade!

IMPUNIDADE, A VELHA E VELHACA CONSELHEIRA

OS QUE SERVEM À PÁTRIA

          "Ruy Barbosa foi um dos homens mais brilhantes de seu tempo.
Como jurista, político, diplomata, escritor e orador, deixou sua contribuição ao povo brasileiro de uma forma toda especial.
Um dos intelectuais mais sábios de seu tempo, foi um dos organizadores da República e coautor da Constituição da Primeira República juntamente com Prudente de Morais.
Ruy Barbosa trabalhou na defesa do Federalismo e do Abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais.
Em especial, sua noção a respeito de Pátria e de patriotismo é verdadeiro tesouro que temos na literatura brasileira. E que merece ser melhor estudado.
Eis um breve extrato de texto seu a respeito do tema:
A Pátria não é ninguém: são todos. E cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação.
A Pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade.
Os que servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo.
Porque todos os sentimentos grandes são benignos, e residem originariamente no amor.
No próprio patriotismo armado, o mais difícil da vocação, e a sua dignidade, não está no matar, mas no morrer.
A guerra, legitimamente, não pode ser o extermínio, nem a ambição: é simplesmente a defesa. Além desses limites, seria um flagelo bárbaro, que o patriotismo repudia.
*   *   *
Será que estamos servindo nossa Pátria?
Será que não estamos nos perdendo, por vezes, na pura e maldosa difamação do país?
Em muitas situações, trazemos o vício da maledicência também para as questões envolvendo o desenvolvimento de nosso Brasil.
Fala-se mal por falar mal e pronto. Critica-se, acidamente, sem apresentar soluções, como se o país fosse um caso perdido da história humana na Terra.
Os que servem são os que não difamam e também os que não desalentam, pois enxergam nos outros brasileiros seus irmãos de caminhada.
Estamos juntos, num mesmo contexto político-social, por uma razão especial. Nascemos onde precisamos nascer, seja por compromisso com esta terra ou por missão bendita, que nos coloca a serviço do bem em solo brasileiro.
Os que não emudecem são os que fazem sua parte, seus deveres de cidadão consciente, e só assim exigem seus legítimos direitos.
Não se acobardam diante das lutas, dos desafios frequentes e necessários, pois sabem que toda vitória exige estudo, trabalho e dedicação.
Por isso ensinam... Ensinam o amor nos lares e nas ruas: amor à família, ao próximo, ao Brasil.
Os que servem à Pátria são os que pacificam a si mesmos, tornando-se missionários do amor, do entendimento, como um Ruy Barbosa, como um Ildefonso Pereira Correia, um Chico Xavier, e tantos outros.
Será que estamos servindo nossa Pátria?
Pensemos nisso..."

Redação do Momento Espírita com base no livro Obras
completas de Ruy Barbosa, tomo 1, ed. Baraúna.
Em 20.04.2012.
(Texto enviado ao Blogue por Manuel de Jesus)

DIA DE CHUVA

  "O dia. Águas por todos os lados. Sonho com silêncios. Um livro. Um mundo se espraia. V

  (Jorge Pieiro, poeta cearense)

Numa Manhã Qualquer

Tranquila alvorada... A neblina do inverno pincela sua segunda mão de orvalho, suave, nos verdes vivos da flora campestre.

Flores amarelas, rosas e anis, dançam, desabrochando, ao receber a carícia da brisa matutina e as primeiras colheradas de luz.

Dedicados beija-flores, borboletas, mariposas, abelhas, maribondos, besouros e mamangás revoam para traquinar no gozo floral.

A passarada exulta ao ver irmão Sol, anunciando o festejo dos confrades viventes. A sinfonia  arranjada, politonal, dá-nos o “bom dia!”, reanima e alucina.

Na turva água das lagoas e grotas, piabas animadas debicam a lâmina do teto de seus universos aquáticos, a procura de desavisados insetos caídos; ondulando riscos, desenhos geométricos em tecido, entrecruzados.

As rãs e pererecas, através das caixas ressonais de suas goelas, trazem a zoada ritmada, o balanceio, a insistência, aos ouvidos do desavisado contemplador.

Neste teatro animado, onde todos protagonizam, o moleque descalço se assenta numa barranca, pasmo, estupefato com a complexidade do mundo que ele tenta entender.

O velho estilingue, brinquedo arma que ele mesmo fez, é deixado cair aos tropeços, escorrega e se some. O menino nem percebe.

  (BENEDITO GOMES RODRIGUES)

O MACACO DÁ PITACO!

 
  "Tiradentes foi enforcado e esquartejado, porque nāo queria pagar impostos. Hoje ele seria passado numa máquina de moer carne. Viraria almôndega!"

TORCENDO CONTRA...

  "A Veja profetiza na capa desta semana que Cristina Kirchner ruma ao abismo populista. Ou seja: tudo vai dar certo na Argentina." (Palmério Dória)

TUDO COM DANTES!

  Tanto tempo se passou, mas a velha e velhaca política continua tirando dentes! E pão, e bocas e sonhos,...

AS POUCAS OVELHAS...

   Um bom debate está sendo levantado em Fortaleza, acerca das relações conflituosas e (freudianas) de Professores Diretores (embora muitos esqueçam da sala de aula), vereadores e o poder executivo da capital. Há uma enxurrada de denúncias de assédio moral chegando ao sindicato. Algo vergonhoso e vexatório! A ideia geral é a de que essa gente é venal, serviçal e ponto final! A maioria, infelizmente, colabora e muito para que esse ideia se fortaleça. A mediocridade moral, ética e intelectual no seio dessa gente é estarrecedora! Mas há as excessões. Honrosas exceções. Felizmente!

Tiradentes e a Inconfidência Mineira pela História Oficial


  "'Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal, batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.
  O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi renomeada em sua homenagem. Nascido em uma fazenda no distrito de Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, na Minas Gerais. Joaquim José da Silva Xavier era filho do reino Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e da brasileira Maria Paula da Encarnação Xavier (prima em segundo grau de Antônio Joaquim Pereira de Magalhães), tendo sido o quarto dos nove filhos.
  Em 1767, após o falecimento de sua mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São Antônio; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um primo, que era destinta. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido (alcunha) de Tiradentes, um tanto apreciativa.
  Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão sudestino. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781, foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do 'Caminho Novo', ferrovia que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos corruptos e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de marechal da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.'

  Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes

  'Pois bem: É esta a história que a grande maioria do brasileiros sabe. Salvo algum outro historiador mais garimpeiro saberá contá-la com mais detalhes, e consequentemente, com espírito crítico... É um 'resumeco' de em enredo trágico e que teve como principal protagonista um sonhador, transitando no meio de cobras e serpentes traidoras. Ah, não fica por aí... Ao longo destes cinco séculos de nação sucupirana, mantidas as devidas proporções, estamos recheados de histórias parecidas...

 Tiradentes: A espiritualidade que testemunhou tudo deu uma maior ênfase ao acontecido...
A INCONFIDÊNCIA MINEIRA

  Por morte de D. José, ascendeu ao trono sua filha, D. Maria I, a Piedosa, a cuja autoridade ficariam afetas as grandes responsabilidades do trono, naquela época em que um sopro de vida nova modificava todas as disposições políticas e sociais do Velho Mundo. No seu reinado, Portugal sente esvaírem-se-lhe as forças poderosas e se encaminha com rapidez para a decadência e para a ruína. Não fossem as notáveis influências de um Martinho de Melo ou de um Duque de Lafões, talvez fosse ainda mais desastroso o reinado de D. Maria, escravizada ao fanatismo do tempo e às opiniões dos seus confessores.
  Por esse tempo, o Brasil sofria o máximo de vexames, no que se referia ao problema da sua liberdade. A capitania de Minas Gerais, que se criara e desenvolvera sob a carinhosa atenção dos paulistas, era então o maior centro de riquezas da colônia, com as suas minas inesgotáveis de ouro e diamantes.
  A sede de tesouros edificara Vila Rica nos cumes enevoados e frios das montanhas, reunindo-se ali uma plêiade de poetas e escritores que sentiriam, de mais perto, as humilhações infligidas pela metrópole portuguesa à pátria que nascia. A verdade é que em Minas se sentia, mais que em toda parte, o despotismo e a tirania. O clero, a magistratura e o fisco, juntos aos ambiciosos que aí se estabeleceram, apossavam-se de todas as possibilidades econômicas, presas de criminosa ânsia de fortuna. Os padres queriam todo o ouro das minas, para a edificação das suas igrejas suntuosas; os membros da magistratura consideravam de necessidade enriquecer-se, antes de regressarem a Portugal, com opulentas aquisições; os agentes do fisco executavam as determinações da corte de Lisboa, árvore farta e maravilhosa, onde todos os parasitas da nobreza iam sugar a seiva de pensões extraordinárias e fabulosas.
   Eram então numerosos na Europa os estudantes brasileiros, os quais de lá voltavam ao país saturados dos princípios filosóficos de Rousseau e dos enciclopedistas. A independência da América do Norte e a constituição democrática de Filadélfia animam aqueles espíritos, insulados nas montanhas distantes. Por toda a capitania mais rica da colônia, desdobram-se quadros dolorosos da miséria do povo, esmagado pelos impostos de toda natureza. As coletividades de trabalhadores, conduzidas à ruína pelo malogro das minerações, não conseguiriam suportar por mais tempo semelhantes vexames.
  Em Minas, porém, uma elite de brasileiros considera a gravidade da situação. Intelectuais distintos se sentem compenetrados da maioridade da pátria, que, ao seu ver, poderia tomar as rédeas dos seus próprios destinos.
  Iniciam-se os esboços da conspiração. Depois de algumas conversações em Vila Rica, das quais, entre muitos outros, participaram Inácio de Alvarenga, Joaquim José da Silva Xavier, Cláudio Manuel da Costa e Tomás Gonzaga, conversações em que foram adotadas as primeiras providências, a infiltração das idéias libertárias começou a fazer-se através de todos os elementos da capitania, no que ela possuía de mais representativo.
   José Joaquim da Maia é enviado à Europa para sondar o pensamento de Jefferson, embaixador da América do Norte em Paris, e angariar a simpatia dos brasileiros espalhados no Velho Mundo, para o movimento libertador. Outros estudantes, apaixonados pela emancipação da colônia, os conspiradores mandam a S. Paulo e a Pernambuco, que formavam os dois centros mais importantes do país, com o objetivo de conquistar a adesão de ambos ao movimento. Todavia, nem Joaquim da Maia conseguiu o auxílio de Jefferson, que apenas chegou a se interessar moralmente pelo projeto, nem os seus companheiros obtiveram o compromisso formal das capitanias mencionadas, para se articular o moviento revolucionário.
   Pernambuco estava refazendo as suas economias, depois das lutas penosas de Recife e Olinda, e São Paulo se encontrava desiludido, depois da guerra dos emboabas, na qual, muitas vezes, fora vítima da felonia e da traição.
   A conjuração de Minas, contudo, prossegue na propaganda, sem esmorecimentos. Embriagados pela concepção da liberdade política, mas, dentro dos seus triunfes literários, afastados das realidades práticas da vida comum, os intelectuais mineiros não descansaram. Idealizaram a república, organizaram seus símbolos, multiplicaram prosélitos das suas idéias de liberdade; porém, no momento psicológico da ação, os delatores, a cuja frente se encontrava a personalidade de Joaquim Silvério dos Reis, português de Leiria, levaram todo o plano ao Visconde de Barbacena, então Governador de Minas Gerais. O governador age com prudência, a fim de sufocar a rebelião nas suas origens, e, expedindo informes para que o Vice-Rei Luís de Vasconcelos efetuasse a prisão do Tiradentes no Rio de Janeiro, prende todos os elementos da conspiração em Vila Rica, depois de avisar secretamente aos seus amigos do peito, simpatizantes da conjuração, quanto à adoção de tais providências, para que não fossem igualmente implicados.
   Aberta a devassa e terminado o vagaroso processo, são condenados à morte todos os chefes já presos. Os historiadores falam do grande pavor daqueles onze homens que se ajuntavam, andrajosos e desesperados, na sala do Oratório, para ouvirem a sentença da sua condenação, após três longos anos de separação, em que haviam ficado incomunicáveis nos diversos presídios da época. A leitura da peça condenatória, pelo Desembargador Francisco Alves da Rocha, levou quase duas horas. Depois de conhecerem os seus termos, os infelizes conjurados passaram às mais dolorosas e recíprocas recriminações.
   Os mais tristes quadros de fraqueza moral se patenteavam naqueles corações desiludidos e desamparados; mas, no dia seguinte, a dura sentença era modificada. D. Maria I havia comutado anteriormente a penas de morte em perpétuo degredo nas desoladas regiões africanas, com exceção do Tiradentes, que teria de morrer na forca, conservando-se o cadáver insepulto e esquartejado, para escarmento de quantos urdissem novas traições à coroa portuguesa.
   O mártir da inconfidência, depois de haver apreciado, angustiadamente, a defecção dos companheiros, reveste-se de supremo heroísmo. Seu coração sente uma alegria sincera pela expiação cruel que somente a ele fora reservada, já que seus irmãos de ideal continuariam na posse do sagrado tesouro da vida. As falanges de Ismael lhe cercam a alma leal e forte, inundando-a de santas consolações.
   Tiradentes entrega o espírito a Deus, nos suplícios da forca, a 21 de abril de 1792. Um arrepio de aflitiva ansiedade percorre a multidão, no instante em que o seu corpo balança, pendente das traves do cadafalso, no Campo da Lampadosa. Mas, nesse momento, Ismael recebia em seus braços carinhosos e fraternais a alma edificada do mártir. — Irmão querido — exclama Esmael — 'resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocupavas do nefando mister de inquisidor, nos tem pos passados.' Redimiste o pretérito obscuro e criminoso, com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho de Jesus. Pássaras a ser um símbolo para a posteridade, com o teu heroísmo resignado nos sofrimentos purificadores. Qual novo gênio surges, para espargir bênçãos sobre a terra do Cruzeiro, em todos os séculos do seu futuro. Regozija-te no Senhor pelo desfecho dos teus sonhos de liberdade, porque cada um será justiçado de acordo com as suas obras.
   Se o Brasil se aproxima da sua maioridade como nação, ao influxo do amor divino, será o próprio Portugal quem virá trazer, até ele, todos os elementos da sua emancipação política, sem o êxito incerto das revoluções feitas à custa do sangue fraterno, para multiplicar os órfãos e as viúvas na face sombria da Terra...
  Um sulco luminoso desenhou-se nos espaços, à passagem das gloriosas entidades que vieram acompanhar o espírito iluminado do mártir, que não chegou a contemplar o hediondo espetáculo do esquartejamento.
  Daí a alguns dias, a piedosa rainha portuguesa enlouquecia, ferida de morte na sua consciência pelos remorsos pungentes que a dilaceravam e, consoante as profecias de Ismael, daí a alguns anos era o próprio Portugal que vinha trazer, com D. João VI, a independência do Brasil, sem o êxito incerto das revoluções fratricidas, cujos resultados invariáveis são sempre a multiplicação dos sofrimentos das criaturas, dilaceradas pelas provações e pelas dores, entre as pesadas sombras da vida terrestre.
 Fonte: 'Brasil, coração do mundo pátria do evangelho'. Livro psicografado pelo espírito do grande poeta Humberto de Campos, através das mãos laboriosas de Chico Xavier.

  Pois bem: Obra que independentemente de religião, deveria ser lida por todos os brasileiros, principalmente mestres da área de Ciências Humanas. Nela são tratados com o testemunho puro e imparcial, toda a história, desde a gestação, passando pelo nascimento até os anos de mil novecentos e trinta da Nação do Cruzeiro. Esta, sim, tutelada por Jesus. Não é à toa que intuitivamente sempre dizemos: - Deus é brasileiro. Esta obra é prova...
   Tenho dito... E sempre!!" (Colaboração: MANUEL DE JESUS)

SAPIÊNCIA AFRICANA


  A CANÇÃO DOS HOMENS

  "Quando uma mulher de certa tribo da África sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres, e juntas rezam e meditam até que aparece 'A canção da criança'.

   Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam sua canção. Logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe canta a sua canção. Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta. Quando chega o momento de seu casamento, a pessoa escuta sua canção.

   Finalmente, quando a sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, como em seu nascimento, cantam sua canção para acompanhá-la na 'viagem'.

   Nesta tribo da África, tem outra ocasião na qual os homens cantam a canção.
   Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, levam-no até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor. Então lhe cantam 'sua canção.'

   A tribo reconhece que a correção para as condutas antisociais não é o castigo; é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade. Quando reconhecemos nossa própria canção, já não temos desejo nem necessidade de prejudicar ninguém.

   Teus amigos conhecem a 'tua canção'. E a cantam quando a esqueces. Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes, ou as escuras imagens que mostras aos demais. Eles recordam tua beleza quanto te sentes feio, tua totalidade quando estás quebrado, tua inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás confuso."

   Tolba Phanem
   Poetisa Africana

   Roberto Machado
  ÁLBUM DO FOLHETIM VIRTUAL DE ROBERTO MACHADO COM TODAS AS PUBLICAÇÕES

O "CRISTO" DA VELHA ELITE

   "(...) Como a Independência brasileira foi conduzida por um próprio filho da monarquia portuguesa, a figura de Tiradentes, já no Império, foi edulcorada, podando-se seu aspecto revolucionário e tornando-o um mártir quase conformista, cuja efígie de Redentor tinha muito das características de Cristo. A realidade foi bem diferente, Tiradentes morreu sem renegar suas ideias e assumiu pessoalmente a responsabilidade por suas ações em favor de uma pátria livre.
  A ideia de ruptura sempre foi evitada pelas elites nacionais. Os que se recusaram a seguir o figurino pagaram caro a ousadia, como os participantes da Revolução de 1817 e da Confederação do Equador, em 1824, ou os integrantes dos movimentos armados antiditatoriais da década de 70, no século passado. A filosofia prevalecente na elite brasileira foi a de que, diante de mudanças inevitáveis, dever-se-ia ceder só na forma, e quase nada no conteúdo. Assim foi com a Independência (liderada por um membro da família real e com o apoio dos donos de terra, sem mexer na estrutura social) com a Abolição dos Escravos (sem reforma agrária), com a República (um golpe militar, que conservou o poder das oligarquias), com as redemocratizações de 1946 e 1988 (sem punições dos torturadores e dos responsáveis pela demolição do Estado Democrático de Direito). (...)."

  (O POVO, em Editorial)

VIÇOSA VIÇOSA!


BRASÍLIA-PROBLEMA

 Vítima do elitismo, da politicagem e da politicalha, Brasília hoje é uma cidade-problema, com seu entorno complexo e seu povo sofrido... Os cearenses que lá estão ou estiveram (com o tambor de argamassa nos ombros), sabem muito bem disso...

SAI DESSA!

   Artur Bruno, aquele, discursa como pré-candidato do PT, apoiado pela Loura. O sr. Bruno sabe que prefeito eleito tem que trabalhar! E ele que correu de uma secretaria cidista sabe que, num microfone, a vida é bem mais fácil! Bruno velho, vaselina... A que esperar enganar!?

NOSSAS RAÍZES



  "A África está na ponta da língua dos brasileiros. A partir de março, as escolas públicas do País passam a receber o primeiro material didático produzido aqui sobre a história do continente, atendendo a uma lei publicada em 2003, que determina o ensino da história e da cultura africanas aos estudantes. Esse material foi preparado pela Universidade Federal de São Carlos com base na coleção de oito volumes da História Geral da África, compilada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e agora lançada comercialmente pela Cortez Editora. Simultaneamente, chega às livrarias outra coleção, Literatura e Afrodescendência no Brasil: Antologia Crítica, quatro volumes publicados pela editora da Universidade Federal de Minas Gerais que cobrem desde a produção de autores afrodescendentes nascidos antes de 1930, como Luiz Gama - de quem também é lançado Com a Palavra, Luiz Gama - até contemporâneos como Paulo Lins, autor do polêmico Cidade de Deus. Finalmente, para os interessados no diálogo com línguas próximas a nós vindas do outro lado do Atlântico, a Bertrand Brasil publica o Dicionário Yorubá-Português, do ensaísta e especialista em cultos africanos José Beniste. Ele traz 18 mil verbetes e uma introdução básica ao aprendizado e à pronúncia do idioma. Vale o esforço: afinal, trata-se de uma língua falada por 30 milhões de pessoas na Nigéria, sul de Benin e nas repúblicas de Togo e Gana. (...)."

  (ESTADÃO)

  Para ler toda a matéria:
  http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,literatura-e-afrodescendencia-no-brasil-aborda-heranca-africana-para-as-letras-no-pais,785499,0.htm

O RENEGADO

  
  Tiradentes aparece na História oficial como "o mártir da independência". Na verdade foi um homem do povo que, metido com a elite, numa luta desigual, levou a pior. Ainda hoje é tido como o trouxa da cruzeta. Ele era povo. E como tal, tinha que ser escolhido como boi-de-piranha...

ODONTOLOGIA E ARTE

  "Este quadro do Estrigas, tive a honra de receber de presente do próprio. Talvez um dos mais importantes artistas plásticos vivos do Ceará. O Nilo Firmeza (Estrigas) é formado em odontologia e exerceu a profissão por algum tempo."

  (Galba Gomes)

DUAS EM UMA

1. Revelações: preconceito, misoginia, xenofobia, ódio... e vem mais por aí. Nessas eleições, esgoto vai ser fichinha!; 2. Como já falei aqu...