13 de mar. de 2012


  Ditadores e torturadores não podem ser nomes de ruas



  Rodovia Castello Branco, elevado Costa e Silva, rua Dr. Sérgio Fleury, avenida Presidente Médici e por aí vai. O Brasil é uma das poucas democracias do mundo que não só deixa tiranos impunes, como os homenageia em praça pública. Boa iniciativa para a Comissão da Verdade seria propor a mudança imediata de tais nomes.
   Uma Comissão da Verdade de verdade poderia começar seus trabalhos propondo ao Congresso Nacional uma lei simples: proibir em todo o território nacional que logradouros públicos sejam batizados com nomes de pessoas que enxovalharam a democracia e os bons costumes. E alterar as denominações existentes.

  Em São Paulo, a situação é vergonhosa. A principal rodovia do estado chama-se Castello Branco. De tão naturalizada está a questão, que poucos param para pensar no seguinte: aquele foi o chefe da conspiração que acabou com a democracia no Brasil, em 1964. A homenagem foi feita por Roberto de Abreu Sodré, governador biônico, que inaugurou a via em 1967. Estávamos em plena ditadura e seria natural que um serviçal do regime quisesse adular seus superiores.

  A via não representa uma exceção. A cidade comporta ainda o elevado (?) Costa e Silva, em homenagem ao segundo governante da ditadura. O idealizador foi outro funcionário do regime, Paulo Salim Maluf, nos idos de 1969. O mesmo Maluf mimoseou, em 1982, quando governador, o famigerado Caveirinha, alcunha que imortalizou o general Milton Tavares de Souza, falecido no ano anterior. Caveirinha foi chefe do Centro de Informação do Exército (CIE) e suas grandes obras foram a implantação dos DOI-CODI e da Operação Bandeirantes (Oban), órgãos responsáveis pelo assassinato de inúmeros oponentes do regime. Foi também um dos planejadores da repressão à guerrilha do Araguaia (1972-76).

  Ernesto Geisel, ditador entre 1974 e 1979, é o nome de um conjunto habitacional em Bauru. Emilio Garrastazu Médici, o comandante da fase mais repressiva da ditadura, nomeia dezenas de ruas, escolas e praças pelo Brasil. Presidente Figueiredo é uma cidade no Amazonas. Diadema abriga uma Escola Estadual Filinto Muller, temido chefe da Polícia Política do Rio de Janeiro entre 1933 e 1942. Imortalizou-se por ter comandado a operação que resultou na deportação de Olga Benario à Alemanha, em 1936.

  Mas nada supera a inacreditável rua Dr. Sérgio Fleury, na Vila Leopoldina, na capital.

  Os nomes dos funcionários mais ou menos graduados da ditadura podem ser localizados com uma rápida olhada no Google. Castello, Costa e Silva, Médici e Figueiredo emprestam seus nomes a centenas de ruas, avenidas, estradas, escolas e edifícios públicos espalhados pelo Brasil.


  Propostas de mudança
 

  Em 2006, o então prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB) enviou mensagem à Câmara dos Vereadores de São Paulo, propondo alteração do nome do viaduto que enaltece Caveirinha. Aprovado em primeira instância, o projeto aguarda até hoje sanção de Gilberto Kassab.
  O vereador Pedro Ruas e a vereadora Fernanda Melchiona, do PSOL de Porto Alegre, apresentaram em dezembro último um projeto de lei visando mudar o nome da Avenida Presidente Castello Branco para Avenida da Legalidade. A intenção é não apenas banir a memória do líder golpista, mas homenagear o movimento liderado por Leonel Brizola, em 1961, que deteve as articulações visando impedir a posse do presidente João Goulart, após a renúncia de Janio Quadros.

  Manter tais denominações significa conservar viva a memória de gente que deve ser colocada em seu justo lugar na História: o daqueles que perpetraram crimes contra a democracia e a cidadania, prejudicaram o país e contribuíram para o atraso em vários campos de atividade.

  Na Itália não existe rua, monumento ou edifício público com o nome de Benito Mussolini ou de outro funcionário graduado do regime fascista. A decisão faz parte de uma luta ideológica que visa extirpar as marcas da intolerância, da brutalidade e da xenofobia que marcaram a vida do país entre 1924 e 1944.

  Tampouco há na Alemanha uma avenida Adolf Hitler, um aeroporto Herman Göering (que foi ás da aviação na I Guerra Mundial), um viaduto Joseph Goebbels ou coisas que o valham. Aliás, evitou-se durante décadas batizar crianças com o nome Adolf, por motivos mais ou menos óbvios.
  Argentina, Chile e Uruguai também não fazem rapapés à memória de responsáveis pelos anos de terror institucionalizado. A cidade de Puerto Stroessner, no Paraguai, teve seu nome mudado para Ciudad Del Este, assim que o ditador foi deposto, em 1989.
  No Brasil, como os zumbis da ditadura não apenas assombram, mas aparentemente intimidam o poder democrático, as mudanças não acontecem. Estão aí, fagueiros e lampeiros na vida nacional, figuras como José Sarney, Marco Maciel, Paulo Maluf e outras, crias da ditadura e cheios de autoridade na vida pública. E os pijamas do Clube Militar volta e meia fazem ordem unida para enaltecer os anos de chumbo.
  Banir os nomes de gente dessa laia dos logradouros públicos é um bom passo para se consolidar a democracia.

  Gilberto Maringoni é jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo).


  Matéria enviada ao Blogue por Eliton Meneses

SOZINHA COMO ALGUÉM QUE PERDEU A SOMBRA!

  Está faltando poste em Fortaleza! Luizianne está vendo Cid de gola!

A VILANIA DA IMPRENSA

 "Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma."
  (Joseph Pulitzer (1847-1911)
  Enviado por Eliton Meneses

SAIDINHA BANCÁRIA. VENHA PRA ESSA FESTA!

   Atenção, senhores gatunos de todos os naipes! A festa está rolando em Fortaleza. A saidinha bancária é um espetáculo, as pessoas que se metem no caminho dos que festejam são abatidas, o Estado patético faz de conta que não é com ele e a senhora impunidade é uma bela anfitriã. Venham todos!

COM MEDO DO MUNDO!



   Comparo prefeito que tem medo de Blogue com mercadoria cujo dono não quer pô-la na estante das vendas. Se for um tecido deve ser feio, amarrotado e desbotado. Se for um boneco, deve ser perneta. Se for um relógio, quando não adianta, atrasa. Ou seja, está sempre mentindo! E por falar em mentira, que prefeito tem medo da exposição, quando ela significa crítica, pedido de explicação ou de correção de rumo, com relação a sua administração? A quem interessa o silêncio dos Blogues? De que tem medo essa gente que se arrasta pelos paços da vida, muitas vezes, pesando só no que pensam os ratos-de-igreja? Por que querem calar a voz dos que não engolem tudo em seco?
  Quem silencia, morde a isca!

PISO DO PROFESSOR

  A TV Jangadeiro pautou agora à noite a pendenga do Piso do Professor. A má vontade com a aplicação da lei é grande e a lengalenga vai longe!

ANEDOTA?

  "Contam os varzealegrenses - anedota ou não? - que em Várzea Alegre tinha um cidadão que pouco faltava para ser santo. Beato de quatro costados. Mas, com ele havia um mistério. Depois das orações diárias, à noitinha, na igreja da cidade, eis que o homem tomava um chá de sumiço. Raimundo Lucas Bidinho, poeta popular e cheio de semvergonhices, resolveu seguir o dito cujo depois da reza vespertina. Pois não é que o beato saía da igreja direto para o cabaré?!!!
O estro de Raimundo Lucas Bidinho assomou nos versos que seguem:

Nossa Várzea Alegre cria
Uma certa criatura
Que todo noite mistura
Oração com putaria.
É louca pela orgia
E nas imagens tem fé
São Vicente e São José
Bem veem sua peleja
SEIS E MEIA NA IGREJA
E AS OITO NO CABARÉ

Dizem que esse fulano
Pelos seus modos não mente
Pensa em ser futuramente
Um novo São Cipriano.
Em todos dias do ano
É encontrado na Sé,
Ajoelhado ou em pé,
Por enfadado que esteja:
SEIS E MEIA NA IGREJA
E AS OITO NO CABARÉ

Em sua religião
É um católico acordado
Quando comete um pecado
Já tem pedido perdão.
Não sei se terá ou não
A crença de São Tomé
Ou tendo ou não tendo fé
Às noites os altares beija
SEIS E MEIA NA IGREJA
E AS OITO NO CABARÉ.
(BARROS ALVES)

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DEPOIS DE TODA M... TODA?

" Sarto anuncia força-tarefa, para conter crise de medicamentos e insumos, do IJF. Falta de abastecimento no hospital foi alvo de ação ...