"Com toda a minha admiração, respeito e reconhecimento pela vitoriosa trajetória da querida companheira Luizianne Lins, que fez profícua gestão à frente da Prefeitura de Fortaleza, me parece que o veto não deve ser em razão de uma pessoa, A ou B, mas, sim, a um projeto que, pelas levianas e difamantes palavras diariamente veiculadas pelo líder desse projeto, tem como principal objetivo destruir o PT e nossas lideranças. O ex-prefeito Roberto Cláudio é apenas um dos liderados desse grupo, que tem profundas raízes no coronelismo nordestino, ainda que travestido de um verniz de modernidade; que nada mais é do que a extraordinária capacidade do grupo em se adaptar a todas as situações políticas. Não por acaso transitou desde a velha ARENA, da ditadura militar, até os governos liderados pelo PT. (Uma) candidatura própria do PT no Ceará a governador, em 2022, não apenas é uma questão política, para garantir um palanque leal ao partido e ao nosso companheiro, presidente Lula, mas de resgate do protagonismo político-ideológico do PT alencarino. (...) e uma necessidade de manter a dignidade pessoal de nossas lideranças e de nossa militância. (...)."
Deodato Ramalho, advogado e militante de esquerda (PT)
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Sobre a defesa (cidadã) do nobre causídico, algumas considerações:
1. O PT nacional abandonou, ou se afastou bastante de suas bases;
2. Se uma candidatura - a governador - do PT (no Ceará) tem como umas das intenções resolver parte desse problema, teria que começar de cima (PT nacional);
3. Luizianne Lins não fez "profícua" administração na capital. Passou longe disso. Não à toa, tem o nome bem queimado por aqui;
4. Nomes, quadros importantes do PT (cearense) estão aboletados no Governo Camilo (que está mais pra PDT) e não voltam mais às bases. Cito alguns: Artur Bruno, Nelson Martins, Fco. Pinheiro, Acrísio Sena...;
5. O PT perdeu muito com as alianças com os Ferreira Gomes e tem que correr (muito) atrás do prejuízo, que foi quase devastador;
6. Os Ferreira Gomes são liberais de nascença; deixemos de ilusão boba!