"Acho incrível a capacidade camaleônica que as pessoas têm de se adaptarem às diversas situações que as confrontam e de abrir mão das coisas em que acreditam, em nome de uma posição social, de um simples cargo temporário qualquer e de alguns trocados a mais no salário do final do mês, apenas pelo fato de terem medo... Medo de perderem o status, de perderem o 'bom nome', de perderem o emprego por não quererem ou não terem competência para fazer mais nada; medo de passar fome, enfim, medo de tudo. Menos de perder a vergonha, o caráter, os princípios e a dignidade.
Eu juro que gostaria de seguir esses exemplos e, como disse o poeta: 'passar pela vida em brancas nuvens e em plácido repouso adormecer'. Mas não consigo!
Não consigo deixar de ser quem sou em nome de verdades nas quais não acredito.
Não consigo me permitir ser absolvida pelo 'sistema', por suas ideologias mal concebidas, suas leis mal estabelecidas e mal interpretadas, suas meias-verdades consideradas incontestáveis.
Eu queria sentar à mesa dos corruptos e ceiar com eles a carne dos incautos e beber com eles o sangue dos covardes, sem embrulhar o estômago, como eles fazem, tentando saciar essa sede de poder que nunca se acaba. (...)."
Eu juro que gostaria de seguir esses exemplos e, como disse o poeta: 'passar pela vida em brancas nuvens e em plácido repouso adormecer'. Mas não consigo!
Não consigo deixar de ser quem sou em nome de verdades nas quais não acredito.
Não consigo me permitir ser absolvida pelo 'sistema', por suas ideologias mal concebidas, suas leis mal estabelecidas e mal interpretadas, suas meias-verdades consideradas incontestáveis.
Eu queria sentar à mesa dos corruptos e ceiar com eles a carne dos incautos e beber com eles o sangue dos covardes, sem embrulhar o estômago, como eles fazem, tentando saciar essa sede de poder que nunca se acaba. (...)."