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29 de jun. de 2015
FOI PRA CUBA?!
Os governos fazem festa pra comemorar a alfabetização dos meninos e a gente em sala de aula alfabetizando 80% de salas de 4o. Ano. Onde esse povo de governo vive?
VALE A PENA LER TODO O TEXTO!
O PERIGOSO MOMENTO BRASILEIRO, na análise croniquesca de Romeu Duarte, ex-superitendente do Iphan - CE, no O Povo (onde é colunista):
O OVO DA SERPENTE
"Eu bem os conheço, meu caro, minha cara. O ar comedido, que rapidamente se transforma numa máscara colérica, expressão de quem pratica uma honestidade seletiva. A melhor tradução do seu moralismo capenga é a lata de cerveja jogada na rua pela janela do carrão preto, que logo mais será estacionado, sem cerimônia, sobre a calçada. A expressão de asco reservada àqueles que já se acostumaram a ser tratados como invisíveis. A consideração da existência dos pobres como algo absurdo, uma proliferação de males sem fim, própria dos ratos e demais pestes. O sujeito que nasceu, cresceu, reproduziu-se e morrerá ruim é o germe do País que não presta e não tem jeito. O inato do ser, ponto. Morra de fome ou coma caviar, a pessoa é. Vai encarar?
Eu bem os conheço, meu caro, minha cara. Inimigo bom é inimigo morto. Aliás, inimigo porque diferente de mim, não pertence ao meu grupo de contatos na rede social, ao meu partido, ao meu clube, à minha torcida organizada. Aquele filósofo é quem tinha razão: 'o inferno é mesmo o outro', a alteridade é intolerável. No máximo, cada qual no seu quadrado e bem longe de mim, de minha muralha, da minha cerca elétrica, do revólver do meu segurança, do meu cruel pitbull. E nem vem com esse papo de amor no arco-íris, de chance ao pivete, de liberdade religiosa, de raças abraçadas, que não tem. Meus atentos representantes nas casas legislativas em todo canto darão cabo dessa pouca vergonha. Meus caros, às favas os escrúpulos! Brasil, ame-o ou deixe-o! Eu bem os conheço, meu caro, minha cara. O prazer em fazer sangrar alguém em praça pública até a morte, sem dó nem piedade, mesmo que o castigo aplicado ao desafeto volte-se contra si próprio lá na frente. A sensação de retrocesso generalizado em todas as áreas, resultante da total falta de conhecimento da história deste chão e deste povo e da consequente dificuldade de leitura da realidade. Claro, e muita manipulação oportunista desse estado de idiotia. Daí o achincalhe, o desrespeito, a desqualificação, a perseguição, o ódio. Numa palavra: o fundamentalismo cara-de-pau brazuca, a serviço, sabemos todos, de que e de quem. Uma nova doutrina jurídica que prende, julga e condena sem provas. Olavo de Carvalho, no andor, chora de rir.
Ocorrem-me estes lúgubres pensamentos enquanto me encontro no bar de fé, na mesa de sempre, na tarde de um sábado boêmio. À minha volta, dezenas de pessoas comentam em voz alta os últimos acontecimentos. Se os dissensos dão-se às pencas, os consensos não enchem um dedal. Discordâncias, desencontros, discussões, desavenças, agressões, os palavrões são vírgulas nas falas. Parece que esquecemos como cortejar a Dona Divergência, já que a ordem unida não é nem nunca foi o objetivo de qualquer debate. Súbito, alguém se levanta e, dizendo-se farto daquela conversa e, para não sair no braço, manda passar a régua, que eu não sou fi duma égua para ouvir calado tanto besteirol. Já vi esse filme triste. O monstro, mais uma vez, está entre nós."
O OVO DA SERPENTE
"Eu bem os conheço, meu caro, minha cara. O ar comedido, que rapidamente se transforma numa máscara colérica, expressão de quem pratica uma honestidade seletiva. A melhor tradução do seu moralismo capenga é a lata de cerveja jogada na rua pela janela do carrão preto, que logo mais será estacionado, sem cerimônia, sobre a calçada. A expressão de asco reservada àqueles que já se acostumaram a ser tratados como invisíveis. A consideração da existência dos pobres como algo absurdo, uma proliferação de males sem fim, própria dos ratos e demais pestes. O sujeito que nasceu, cresceu, reproduziu-se e morrerá ruim é o germe do País que não presta e não tem jeito. O inato do ser, ponto. Morra de fome ou coma caviar, a pessoa é. Vai encarar?
Eu bem os conheço, meu caro, minha cara. Inimigo bom é inimigo morto. Aliás, inimigo porque diferente de mim, não pertence ao meu grupo de contatos na rede social, ao meu partido, ao meu clube, à minha torcida organizada. Aquele filósofo é quem tinha razão: 'o inferno é mesmo o outro', a alteridade é intolerável. No máximo, cada qual no seu quadrado e bem longe de mim, de minha muralha, da minha cerca elétrica, do revólver do meu segurança, do meu cruel pitbull. E nem vem com esse papo de amor no arco-íris, de chance ao pivete, de liberdade religiosa, de raças abraçadas, que não tem. Meus atentos representantes nas casas legislativas em todo canto darão cabo dessa pouca vergonha. Meus caros, às favas os escrúpulos! Brasil, ame-o ou deixe-o! Eu bem os conheço, meu caro, minha cara. O prazer em fazer sangrar alguém em praça pública até a morte, sem dó nem piedade, mesmo que o castigo aplicado ao desafeto volte-se contra si próprio lá na frente. A sensação de retrocesso generalizado em todas as áreas, resultante da total falta de conhecimento da história deste chão e deste povo e da consequente dificuldade de leitura da realidade. Claro, e muita manipulação oportunista desse estado de idiotia. Daí o achincalhe, o desrespeito, a desqualificação, a perseguição, o ódio. Numa palavra: o fundamentalismo cara-de-pau brazuca, a serviço, sabemos todos, de que e de quem. Uma nova doutrina jurídica que prende, julga e condena sem provas. Olavo de Carvalho, no andor, chora de rir.
Ocorrem-me estes lúgubres pensamentos enquanto me encontro no bar de fé, na mesa de sempre, na tarde de um sábado boêmio. À minha volta, dezenas de pessoas comentam em voz alta os últimos acontecimentos. Se os dissensos dão-se às pencas, os consensos não enchem um dedal. Discordâncias, desencontros, discussões, desavenças, agressões, os palavrões são vírgulas nas falas. Parece que esquecemos como cortejar a Dona Divergência, já que a ordem unida não é nem nunca foi o objetivo de qualquer debate. Súbito, alguém se levanta e, dizendo-se farto daquela conversa e, para não sair no braço, manda passar a régua, que eu não sou fi duma égua para ouvir calado tanto besteirol. Já vi esse filme triste. O monstro, mais uma vez, está entre nós."
QUEM PODE, PODE!
Você sabia que tem indústria no Ceará que tem desconto de 50% na conta de água? Pois é. São as águas correndo para o mar! Tudo chancelado pelo governo e pela Assembleia (legislação).
QUEM ENTRA NO VELHO JOGO?
PSDB, DEM, PPS e outros partidos menos cotados já descobriram: precisam eliminar (politicamente) o sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Sem isso, dificilmente voltarão ao poder! Daí a ofensiva (também) midiática! Os golpes são baixos, o jogo é bruto!
BEM FEITO!
"Não existe mais retorno!", diz Camilo sobre o aquário. Eis o problema de governante manietado pelo caciquismo. Não tem autonomia. É obrigado a comer o mingau azedo, preparado pelos patrões.
BOA IDEIA!
Toda cidade tem seus pontos cegos. São aqueles recantos que tem pouca ou nenhuma movimentação de pessoas. E as pessoas estão vivendo cada vez menos suas cidades, já notaram? Que tal ocupar esses espaços? Fica a dica!
MANCHETES QUE TORCEM
Os colunistas amestrados anunciam: "Governador leva obra...". "Prefeito inaugura...". Idiotas. Quem constrói e paga qualquer obra é o contribuinte, via Estado e prefeituras. Informem, em vez de torcer!
"QUEM É VOCÊ QUE NÃO SABE O QUE DIZ?"
O cara lista dez/doze ruindades brasileiras, para embasar o seu grito de "Ah, Brasil!" Esqueceu a Amazônia, o Pantanal, o Rio de Janeiro, os Lençóis Maranhenses, o Delta do Parnaíba, Jericoacoara, Canoa Quebrada... Ah, você!
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