terça-feira, 25 de outubro de 2011

POESIA NA NOITE!

  "Bom dia! Chove fininho, é um modo que a natureza tem de irrigar esperanças." (Glória Diógenes, antropóloga da UFC)

 "Ando acompanhando os galos em minhas madrugadas nuas. Eles cantam. Eu, lamento tua ausência crua!" (João Teles)

UMA FAIXA QUE DEVERIA SER EXPOSTA EM FRENTE AO PALÁCIO DA ABOLIÇÃO

  "Se não nos permitem sonhar, tampouco vos deixaremos dormir!"

 (Autor desconhecido)

 

Quem é Selvagem? - Parte II

  Leiam o texto. É muito bom, em meio a isso, ler as palavras de um ser humano civilizado.
  “Morreu Kadafi. Os meios de comunicação ocidentais comemoram. Algumas personalidades internacionais demonstram satisfação. Todos proclamam a importância do fim de mais uma ditadura.
   Restam, no entanto, perguntas não respondidas. A História da Líbia é de conflitos permanentes. Desde a antiguidade, a área geográfica, onde se situa o país, foi invadida por inúmeros povos: fenícios, gregos, romanos, vândalos e bizantinos.
   Em tempos mais recentes, italianos, alemães, ingleses e franceses estiveram ocupando os desertos que se estendem, a partir do Mediterrâneo, no norte da África.
  Beberes e árabes formam a população líbia que, a partir do governo de Mohamede ben Ali – em 1840 – adotou o islamismo como religião, a partir de uma seita que se tornou altamente popular.
  Aqui a primeira pergunta sem resposta. A queda violenta de um governante, ainda que ditador, não gerará um clima de humilhação e revolta em grande parcela da população? Esta é muçulmana. Durante os últimos séculos, foram vítimas do colonialismo e do imperialismo que, sem escrúpulos, utilizou as riquezas naturais dos povos dominados.
   Até há pouco, os governantes europeus cortejavam Kadafi e o utilizavam para negócios exuberantes. De repente, o dirigente morto caiu em desgraça. Para derrubá-lo, somaram-se as maiores e mais poderosas forças armadas. Estados Unidos aliados à OTAN – Organização do Tratado do Atlântico – bombardearam sem piedade populações civis.
   Quando se realizam operações militares contra alvos indiscriminados restam traços de rancor e desamor nas coletividades agredidas. Até hoje, apesar das aparências em contrário, as populações das cidades alemãs bombardeadas na última Grande Guerra – particularmente Dresden, Frankfurt e Berlim – guardam a dor pela perda de seus antepassados. O Ocidente, em sua ânsia de dominação, vai semeando ódio e desencanto por toda a parte onde se encontram presentes os muçulmanos. Ontem, foi o Iraque e o Afeganistão. Hoje, a Líbia.
   Esta macabra escalada precisa conhecer paradeiro. Ser finalizada. Irá tornar a falsa primavera árabe em rigoroso inverno, nas relações entre os povos.
   Os dias de hoje recordam o dramático e brutal episódio das cruzadas. Agrediram populações que as receberam calorosamente. Saquearam. Mataram. Violentaram. Em nome de valores religiosos, praticaram atrocidades inomináveis.
   Repetir a História é tolo. O Ocidente sempre a repete se fundamentado em princípios intrinsecamente valiosos. Fala em democracia. Omite que esta, para ser implantada, exige condicionantes culturais e sociais.
   Na verdade, o que se constata é o interesse econômico nas áreas integrantes da chamada falsamente Primavera Árabe. Está se gerando, na verdade, uma grande reação dos povos que adotam o Islam como religião.
   O futuro demonstrará que, apesar das intervenções econômicas que virão, um substrato de animosidade restará presente. Quem é agredido, mais cedo ou mais tarde revida. É lamentável que os países europeus e os Estados Unidos conheçam apenas as armas como diplomacia. Seria oportuno adotarem o diálogo como forma de resolver conflitos.
   Chegou-se ao Século XXI com os mesmos vícios da antiguidade. Não se busca a paz. Deseja-se a guerra. Violam-se princípios. Aplaude-se a morte de pessoas indefesas. Não é assim que se educa para a democracia. O devido processo legal e o direito de defesa são sustentáculo de valores perenes. O espetáculo selvagem visto nos últimos dias empobrece a humanidade. Envergonha seus autores.
  A Primavera Árabe transformou-se no inverno dos mais elevados valores concebidos no decorrer do tempo. Continuam selvagens, como sempre.”

  

Quem é Selvagem? - Parte I



   Durante o dia, pensei em como escreveria sobre a exposição mórbida do cadáver de Muammar Khadaffi, que se prolongava há vários dias. Era por demais repugnante, mas mais repugnate é fingir que isso não estava acontecendo, para não ferir a “maré” de júbilo ocidental que, aos poucos, foi se transformando em vergonha mal-disfarçada. Agora à tarde, segundo a Reuters, finalmente, o corpo foi tirado da sala refrigerada onde estava exposto  e enterrado num local secreto, se é que isso existe.

   Pode-se até entender a curiosidade mórbida de líbios que o combatiam, embora nada desculpe seus líderes de terem promovido este espetáculo grotesco.
   Mas pior, muito pior é o que fizeram os “civilizados” ocidentais, que sustentaram este desfecho monstruoso, que em nada fica a dever às piores acusações que se faz ao morto, em seus 40 anos de poder. Não me refiro à morbidez da mídia, ao ponto de um jornal inglês ter mandado um repórter à Libia para posar ao lado do corpo já – segundo a própria
Reuters – em decomposição.  Por respeito aos leitores, reproduzo a foto de capa encobrindo parte da cena com outro recorte do mesmo jornal, este de março, onde o primeiro-ministro de Sua Majestade diz que quer o “Cachorro Louco” vivo ou morto.
   Refiro-me à responsabilidades dos líderes ocidentais. Esta é a civilização que “vão levar” aos árabes? O desfecho só poderia ter sido este, depois de rejeitadas
todas as iniciativas de negociação por parte da Otan. Esperavam o que, que os rebeldes enviassem dois “bobbies” ingleses, com seus casacos vermelhos e chapéus de pele para levar Kadhafi sob custódia?
   Finalmente, topei com um artigo do professor Cláudio Lembo, ex-vice-governador de São Paulo, cuja filiação ao DEM o deixa insuspeito de qualquer conotação esquerdista ou anti-ocidental. Reproduzo, porque é escrito não apenas com as lições da História, mas com a alma de um ser humano que, à parte de ideologias, não tem prazer em ver a profanação de cadáveres. E que, lucidamente, não a atribui aos árabes, mas aquilo a que os levamos – das Cruzadas até hoje – em nome dos interesses econômicos e políticos que usam a democracia como o cristianismo foi usado, há muitos séculos, como bandeira de sua hipocrisia. (Segue)
  (DO BLOG DO BRIZOLA NETTO)
  Pauta sugerida por Eliton Meneses

BELO TENTO DO GOVERNO ESTADUAL!


  Está decidido o destino do Cine São Luiz, da Praça do Ferreira: o prédio foi adquirido pelo Governo do Estado, que deseja transformá-lo num equipamento cultural do Estado. Ponto positivo!

Esquecido Dia do Professor

  "O último dia 15 de outubro foi feriado escolar, Dia do Professor. E pensei: O Dia do Professor não deveria também ser considerado um feriado nacional, com tudo o que têm direito os feriados nacionais cívicos e religiosos? Não deveria ser também dia de reverência nacional, quando se faz festejos, homenagens, programação especial nos meios de comunicação? O caro leitor deve estar me achando lunático. Não estaria querendo demais?

  No entanto, esse exercício de imaginação serve para mostrar o quanto os professores ainda são anônimos no quadro das preocupações da sociedade brasileira e um incômodo para o Estado. O magistério não é considerado profissão essencial.

  Os professores estão constantemente em greve, humilhados nas ruas, cobrando direitos assegurados em lei e em defesa da educação pública. Mas podem paralisar os serviços por meses e (pensa-se) não causam prejuízos à economia, ao setor financeiro e, menos ainda, ao sono dos governantes. Já os parlamentares, em geral, são indiferentes.

  Não tivemos competência nem para assegurar condições materiais dignas aos professores, nem para produzir a mera instrução escolar para o desenvolvimento de habilidades intelectuais às tarefas da sociedade tecnológica na reprodução do capital; quanto mais uma educação humanizada, lugar da magia da descoberta e construção do saber para o bem coletivo. Enquanto isso o professor é anônimo funcionário.

  Urge a superação dessa herança colonial brasileira, conservadora e excludente. É preciso revolucionar a educação pública, torná-la principal política do Estado, com investimentos vultosos em infraestrutura escolar, salários, carreira e condições de trabalho do magistério. E é por nos faltar essa concepção política, que não podemos ainda falar em reverência ao professor.

  Portanto, somente despertando a sociedade para o valor da educação como patrimônio nacional, e dos professores como profetas (não sacerdotes) de tempos novos, conseguiremos sacralizar o magistério, alcançando o vértice promissor de uma nação verdadeiramente civilizada e calcada na Justiça e bem-estar para todos."


  Marcos José Diniz Silva - marcosjdiniz@oi.com.br
Historiador e professor da Universidade Estadual do Ceará (UECE). 

  FONTE: O Povo

OS APANIGUADOS ESTÃO OURIÇADOS!

  Desqualificar quem reclama, põe o dedo na ferida, indigna-se, diz de sua insatisfação. Essas são as tentativas vãs dos governistas de sempre. Quando vêem o patrão em maus lençóis, apelam para a desqualificação pessoal do crítico. Jogo antigo e surrado! Vão criar vergonha!

SE A MODA PEGA!

  "O deputado Lula Morais já está na tribuna (da Assembleia Legislativa) preparado para rasgar uma edição da Revista Veja. É a defesa do PCdoB. Está é a segunda vez que o parlamentar rasga uma edição da Veja, após discordar da publicação. Dessa vez Lula Morais reclama do título 'o ministro recebia dinheiro na garagem.'" 

  (Kézia Diniz, da TV Jangadeiro)

LULA, NA EMBRAER