"A humanidade tem conseguido, no decurso da
História, uma evolução mental extraordinária, sobretudo a partir do final da
Idade Média e com o advento do Renascimento, quebrando tabus e desmistificando
histórias fantásticas, ingressando no campo científico e, assim, tem explicado,
racionalmente, fatos outrora tidos como inexplicáveis. Isso ocorre porque o
homem é dotado de razão e tem um poder de linguagem ilimitado.
Muito já conquistamos e ainda há muito a se
conquistar. Entretanto, o ser humano ainda precisa aprender a conviver em
harmonia com seus pares (e por que não dizer com o Planeta), de modo que a tão
almejada paz social seja alcançada a contento, o que é possível somente caso
ele desenvolva virtudes individuais e coletivas.
Encontramos no dia a dia indivíduos que só pensam
em si, só pensam em dinheiro, só pensam em acumular bens materiais,
esquecendo-se de valores como a amizade, a solidariedade, o altruísmo, o
companheirismo e, para os mais românticos, o amor. Esquecem-se do seu lado
espiritual, da presença de uma força transcendental que conduz o
existencialismo, Deus.
As desavenças, em quaisquer partes do mundo, não
importa a sua natureza, na maioria dos
casos, têm sua prática vinculada à questão do ter (materialismo) em detrimento
do ser, da essência humana e das boas relações interpessoais.
Haveria lucidez social se os grandes empresários e
os agentes governamentais olhassem para todos os quadrantes da vida, e
enxergassem as necessidades dos pobres de dinheiro, as desigualdades de toda
ordem, e se sensibilizassem, promovendo grandes transformações no modelo que aí
está, melhorando-o.
Ter dinheiro é bom, todavia ter apego à família,
ter respeito ao próximo, ter palavra, ter consciência, ter solidariedade, ter
visão de um mundo melhor, é o que importa. O resto, é consequência.
Mas, estamos em crise, crise de valores morais.
Pense nisso."
Coreaú-CE, 27 de julho de 2012.
Fernando machado
Albuquerque
Professor