19 de jul. de 2011

A resposta do MST que o Globo não publicou

 Gustavo Belic Cherubine


 Da Página do MST


 Para fazer a matéria, os repórteres Jaqueline Falcão e Marcus Vinicius Gomes entrevistaram os organizadores das manifestações de defesa dos direitos dos homossexuais e da legalização da maconha. E a Coordenação Nacional do MST.

 A repórter Jaqueline Falcão enviou as perguntas por correio eletrônico, que foram respondidas pela integrante da coordenação do MST, Marina dos Santos, e enviadas na quinta-feira em torno das 18h, dentro do prazo. A repórter até então interessada não entrou mais em contato. E a reportagem saiu só no domingo. E as respostas não foram aproveitadas.
 Por que será? 
 Abaixo, leia as respostas da integrante da Coordenação Nacional do MST que não saíram em O Globo.

 Por que o Brasil não sai às ruas contra a corrupção?

 Arrisco uma tentativa de responder essa pergunta ampliando e diversificando o questionamento: por que o Brasil não sai às ruas para as questões políticas que definem os rumos do nosso país? O povo não saiu às ruas para protestar contra as privatizações – privataria – e a corrupção existente no governo FHC. Os casos foram numerosos - tanto é que substituiu-se o Procurador Geral da Republica pela figura do “Engavetador Geral da República”.

Não saiu às ruas quando o governo Lula liberou o plantio de sementes transgênicas, criou facilidades para o comércio de agrotóxicos e deu continuidade a uma política econômica que assegura lucros milionários ao sistema financeiro.

Os que querem que o povo vá as ruas para protestar contra o atual governo federal – ignorando a corrupção que viceja nos ninhos do tucanato - também querem ver o povo nas ruas, praças e campo fazendo política? Estão dispostos a chamar o povo para ir às ruas para exigir Reforma Agrária e Urbana, democratização dos meios de comunicação e a estatização do sistema financeiro?

O povo não é bobo. Não irá às ruas para atender ao chamado de alguns setores das elites porque sabe que a corrupção está entranhada na burguesia brasileira. Basta pedir a apuração e punição dos corruptores do setor privado junto ao estatal para que as vozes que se dizem combater a corrupção diminua, sensivelmente, em quantidade e intensidade.

Por que não vemos indignação contra a corrupção?

 Há indignação, sim. Mas essa indignação está, praticamente restrita à esfera individual, pessoal, de cada brasileiro. O poderio dos aparatos ideológicos do sistema e as políticas governamentais de cooptação, perseguição e repressão aos movimentos sociais, intensificadas nos governos neoliberais, fragilizaram os setores organizados da sociedade que tinham a capacidade de aglutinar a canalizar para as mobilizações populares as insatisfações que residem na esfera individual.

 Esse cenário mudará. E povo voltará a fazer política nas ruas e, inclusive, para combater todas as práticas de corrupção, seja de que governo for. Quando isso ocorrer, alguns que querem ver o povo nas ruas agora assustados usarão seus azedos blogs para exigir que o povo seja tirado das ruas.

 As multidões vão às ruas pela Marcha da Maconha, MST, Parada Gay... e por que não contra a corrupção?

 Porque é preciso ter credibilidade junto ao povo para se fazer um chamamento popular. Ter o monopólio da mídia não é suficiente para determinar a vontade e ação do povo. Se fosse assim, os tucanos não perderiam uma eleição, o presidente Hugo Chávez não conseguiria mobilizar a multidão dos pobres em seu país e o governo Lula não terminaria seus dois mandatos com índices superiores a 80% de aprovação popular.

Os conluios de grupos partidários-políticos com a mídia, marcantes na legislação passada de estados importantes - como o de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul - mostraram-se eficazes para sufocar as denúncias de corrupção naqueles governos. Mas foram ineficazes na tentativa de que o povo não tomasse conhecimento da existência da corrupção. Logo, a credibilidade de ambos, mídia e políticos, ficou abalada.

 A sensação é de impunidade?

 Sim, há uma sensação de impunidade. Alguns bancos já foram condenados devolver milhões de reais porque cobraram ilegalmente taxas dos seus usuários. Isso não é uma espécie de roubo? Além da devolução do dinheiro, os responsáveis não deveriam responder criminalmente? Já pensou se a moda pegar: o assaltante é preso já na saída do banco, e tudo resolve coma devolução do dinheiro roubado...

 O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em recente entrevista à Revista Piauí, disse abertamente: 'em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou. (...) Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.'

 Nada sintetiza melhor o sentimento de impunidade que sentem as elites brasileiras. Não temem e sentem um profundo desrespeito pelas instituições públicas. Teme apenas o poder de outro grupo privado com o qual mantêm estreitos vínculos, necessários para manter o controle sobre o futebol brasileiro.

 São fatos como estes, dos bancos e do presidente da CBF – por coincidência, um dos bancos condenados a devolver o dinheiro dos usuários também financia a CBF - que acabam naturalizando a impunidade junto a população."

 (Eliton Meneses pautou)

CAJUÍNAS DO NORTE

 Neno Cavalcante destaca em seu Teveveno (TV Diário) as cajuínas do município de Uruoca, segundo ele "deliciosas"!

O início do fim do ciclo político da velha mídia

  "Caso Murdoch, crise europeia, problemas da Obama, todos esses fatos estão interligados e expostos como sinal de fim de ciclo.

 As principais características do ciclo anterior foram as seguintes:
 
 A exemplo do ciclo financeiro do final do século 19, uma aliança entre setor financeiro e mídia visando implantar a ideologia financista, caracterizada por livre fluxo de capitais, privatização (ou concessões públicas) e fortes ajustes fiscais - incidindo sobre a população - visando preservar a capacidade de endividamento do Estado. Aliás, em momentos de transição o mercado de capitais tem papel fundamental. Mas quando leva a rédea aos dentes, coloca o país inteiro a seu serviço.
 
 Essa aliança ganha enorme expressão política com a entrada de forças políticas associadas. Conforme expliquei em meu livro 'Os Cabeças de Planilha', os políticos recebem ideias 'salvadoras', financiamento para suas campanhas, poder financeiro e entregam, na contrapartida, as condições econômicas mais favoráveis ao capital financeiro. Ainda que à custa do sacrifício geral do país.
 
 Com isso, financistas e mídia conseguem se tornar a força mais poderosa do país, sobrepondo-se muitas vezes ao próprio poder do Estado.
 
  A pedra de toque do discurso de legitimação política é a famosa 'lição de casa', brandida aqui por Pedro Malan e Antonio Palocci: sacrifiquem-se hoje e terão o céu amanhã. À medida em que sua influência se consolida, o jogo especulativo ganha dinâmica própria, afastando-se rapidamente das normas prudenciais. Resultam daí as crises, globais pela própria natureza internacionalista e de vasos comunicantes do capital financeiro. 
 
 O próprio movimento de internacionalização do capital acaba produzindo novos atores globais que passam a ameaçar os grupos midiáticos tradicionais. É nesse contexto que surge a fórmula Murdoch - seguida em muitos países e, no caso do Brasil,
particularmente pela revista Veja. Consiste em utilizar a informação como arma política, sem respeitar limites éticos nem jornalísticos. Passa-se a recorrer sistematicamente ao escândalo, à manipulação das informações, ao assassinato de reputações e, no auge do processo, à mentira reiterada.
 
 A opinião como arma comercial
 
 
 A atividade econômica jornalística não tem como concorrer com outros setores da economia. Uma empresa jornalística tradicional tem que investir como indústria, tem intensidade de pessoal como o setor de serviços e uma estrutura de distribuição típica de varejo. 
 
 Numa ponta, a velha mídia tem que enfrentar os grandes grupos de entretenimento ou de telecomunicações. Na outra, vê seu poder de formação de opinião sendo erodido pelo avanço das outras formas de mídia, do exército das teles à guerrilha dos blogs.
 
 Seu trunfo único é o poder político remanescente, angariado na etapa que está se encerrando. É nesse contexto que, à medida em que vê seu último trunfo erodindo, entra em uma espiral de virulência que, no caso do modelo Murdoch, a leva a ultrapassar os limites da legalidade. Conta com seu poder para intimidar o Judiciário, o Legislativo e o Executivo. E manipula como álibi jurídico o direito à informação - da mesma maneira que alguns advogados que usam as prerrogativas da profissão para atuarem como extensões de seus clientes. Como se mentir e assassinar reputações fossem norma constitucional.
O caso Veja é sintomático. Houvesse um Judiciário mais ágil e menos temeroso, há muito os abusos da revisia teriam sido obstados pela ação dos juízes.
 
 Agora, nesse fim de ciclo há o questionamento do poder de influência do mercado (o impasse da União Europeia é típico) e, por tabela, do poder excessivo da mídia associada, que fugiu dos princípios tradicionais e enveredou pelo mundo do espetáculo do denuncismo ou mesmo pelas veredas do crime.
 
 É o velho ciclo nos seus estertores mas, como um polvo agonizante, ainda com poder de fazer estragos com suas braçadas."
 
 (Luis Nassif)
 
 PAUTA: ELITON MENESES

LI NO BLOGUE COREAUSIARÁ

  "'NOSSA CORDIALIDADE

   O ex-deputado estadual Teodorico Menezes, presidente do Tribunal de Contas do Estado, citado nesse escabroso Caso dos Banheiros, foi bem votado em Coreaú, em sua última eleição. Portanto, contou com a generosidade do eleitor do município. O que terá feito pela boa terra?'


  'Pois bem. Se procurardes verás que em nosso município, vez por outra se constrói um ou dois banheiros. Em um bairro popular desta cidade tem um grande e isolado da casa. E faz tempos. Bom, mas voltando à última pergunta no nobre blogueiro acho que a resposta certa é: ME#D@!!!'"

 (Manuel de Jesus)
Caroline Ribeiro

  A bela Caroline Ribeiro, da TV Jangadeiro, demonstra interesse pelo Confraria!

 "Você me enviou o email? Dei uma lida, desculpe não ter respondido antes! Vou sugerir como pauta para programa Gente na TV!"

NOSSA CORDIALIDADE

  O ex-deputado estadual Teodorico Menezes, presidente do Tribunal de Contas do Estado, citado nesse escabroso Caso dos Banheiros, foi bem votado em Coreaú, em sua última eleição. Portanto, contou com a generosidade do eleitor do município. O que terá feito pela boa terra?

AINDA VAI REPERCUTIR!

 Em Pindoretama, Horizonte, Pacajus, Chorozinho e Cariús tem daqueles banheiros fantasmas! Hum!

REVOLUCIONÁRIO. DE QUE TIPO?

  Cristo foi um revolucionário. Nelson Mandela foi e é! Ghandi foi! Luther King, Madre Teresa,... Mas Hitler também revolucionou! A seu modo, do seu jeito. Mas... Na História tem de todos os naipes. Dos mais vanguardistas aos mais acanalhados. Na Educação teve e tem. Nos hospícios, também! Revolucionário é o que não falta! Há até os que foram pra si, somente.

NOSSO COLABORADOR

 "Natural do Cunhassu dos Sales, acadêmico de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA. Filho do trabalhador rural sem-terra e ex- vereador, Erasmo Tabosa. Moro em Sobral, em uma república, com o Aprígio Teles e o Emanuel, filho da dona Maria Bóia e do seu Benedito Aprígio." 

 (Daniel Taboza)
 DO BLOGUE: Agradecemos o contato e saudamos o futuro historiador. Mais um! Boa sorte!

HORA DA FAXINA!

 "Denúncias derrubam mais três assessores do Ministério dos Transportes"

 

 (Blogue do Roberto Moreira)

ESCÂNDALO DOS BANHEIROS

 "O presidente do TCE,Teodorico Menezes, tirou férias de 30 dias. Assume o vice Valdomiro Távora, que já comandou a sessão de hoje."

 (Kézia Diniz)

SENADO. POR QUE TEMOS QUE CARREGAR ESSE FARDO?

  Não bastasse a gente ter que suportar deputados estaduais e federais praticamente inúteis, ainda temos que carregar no lombo os costados do Senado, com mandatos de 8 LONGOS anos e seus suplentes sem voto e sem lastro de origem popular. Um acinte!

SENADO GASTÃO

 “Gasolina, hospedagem, alimentação, passagens aéreas, aluguéis e até consultorias… Os senadores gastaram R$ 5 milhões com isso e muitas outras coisas durante o primeiro semestre. Só um grupo de dez parlamentares usou mais de R$ 1 milhão, ou 20% do total.

 (...)

  A campeã de gastos com o 'cotão' foi Ângela Portela (PT-RR), ex-deputada em seu primeiro mandato como senadora. (...)"

 (Blogue do Eliomar com o Site Congresso em Foco) 

GASTOS DOS SENADORES. QUEM SÃO OS CAMPEÕES!

 

  (Blogue do Eliomar)

BANHEIROS FANTASMAS

  No Ceará, terra de banheiros fantasmas, o que fazer quando dá aquela vontade? Chama o TCE!

EMOCIONANTE!

  A filha de um cidadão coreauense, recentemente falecido, relata que, quando as dores apertavam, próximo a hora da partida, desatava ele a cantarolar... Era uma forma de amenizar a canseira. Velho sábio!

  
 "Esta é para lembrar com Coreaú já foi importante!"


  (Daniel Taboza)

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