quinta-feira, 7 de abril de 2016

POETISAS

 Imagem da Feira do Cordel, via Facebook

FOTO-HOMENAGEM

 Bráulio Bessa com o filho (Geraldo) do Patativa, na casa onde nasceu o poeta. Foto do Bráulio

MANOEL DE BARROS


Por viver muitos anos dentro do mato
moda ave
O menino pegou um olhar de pássaro —
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas
por igual
Como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
Pedra não era ainda a palavra pedra.
E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
Podiam ficar em qualquer posição.
Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.

A de muito que na Corruptela onde a gente
vivia
Não passava ninguém
Nem mascate muleiro
Nem anta batizada
Nem cachorro de bugre.
O dia demorava de uma lesma.
Até uma lacraia ondeante atravessava o dia
por primeiro do que o sol.
E essa lacraia ainda fazia uma estação de
recreio no circo das crianças
a fim de pular corda.
Lembrava a tartaruga de Creonte
que quando chegava na outra margem do rio
as águas já tinham até criado cabelo.
Por isso a gente pensava sempre que o dia
de hoje ainda era ontem.
A gente se acostumou de enxergar antigamentes.

  (...)

DA COLUNA PAINEL DA FOLHA DE SP

  "Voz do povo - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem na manga um projeto de eleições gerais. Aliados articulam a aprovação de um plebiscito já para a corrida municipal de outubro. A ideia seria consultar a população sobre dois pontos: a antecipação da escolha de presidente da República, governadores e congressistas, com realização de sufrágio em seis meses e a alteração no sistema de governo. O Senado costura silenciosamente essa proposta."

EM POLÍTICA (HOJE EM DIA)...

  As coisas estão confusas. E tentar explicar é uma grande bobagem!

HÁ UMA INFLAÇÃO...

  De Joaquins Silvério do Reis no Brasil de hoje. Oh, praga de cigana velha!

PARTIDA

  Fico sabendo pelos informes do conterrâneo Manchão que encerrou a fase terrena da vida o cidadão Otelino Pinto. Grande contador de histórias de cunho popular; mais um homem do povo que se vai e nos deixa tristes e sem suas boas narrativas. Que o velho servidor do DAER (hoje DER) esteja em paz no plano superior.

EU ME AMARRO É NO NÍVEL DE COGNIÇÃO