UM ESPAÇO PARA LIVROS, CULTURA NORDESTINA E FÓRUM DA ZONA NORTE (CE). (85) 985863910
3 de jul. de 2012
VIOLÊNCIA SEM FIM!
A EMEIF Maria Bezerra Quevedo, sede do Confraria de Leitura, foi invadida por bandidos agora à noite. O vigilante, sr. Alencar, foi atingido por três balaços e está muito mal. Os bandidos, é o que parece, queriam sua arma. E levaram! Nossa torcida em favor da vida do velho colega!
FALTA ATITUDE!
Ti.bi.e.za
Sf. (tíbio+eza) - 1. Qualidade de tíbio; 2. Fraqueza, frouxidão; 3. Falta de ardor. (Michaelis)
Atitude. Eis o que falta de montão, na nossa Educação!
Conselho Nacional de Educação dá posse a nove membros
"Nove conselheiros tomaram posse hoje (3) no CNE (Conselho Nacional de Educação). O colegiado, composto por 24 membros, é um órgão de Estado com funções normativas e consultivas e tem por missão auxiliar na formulação de políticas públicas e diretrizes nacionais para organização dos sistemas de ensino.
A maior mudança se deu na CES (Câmara de Educação Superior). Seis membros terminaram o mandato, que tem duração de quatro anos, e serão substituídos por Benno Sander, Erasto Fortes Mendonça, José Eustáquio Romão, Luiz Fernandes Dourado, Luiz Roberto Curi e Sérgio Kieling Franco.Na CEB (Câmara de Educação Básica), três membros terminaram seus mandatos, mas foram reconduzidos aos cargos: José Fernandes de Lima, Raimundo Moacir Feitosa e Francisco Aparecido Cordão. Chegaram ao grupo três conselheiros: Antonio Ibañez, José Francisco Soares e Luiz Roberto Alves.
Durante a cerimônia de posse, o ministro da Educação Aloizio Mercadante destacou temas que as próximas gestões deverão se debruçar como a construção de um sistema nacional de avaliação da educação básica, nos moldes do que existe no ensino superior. Também pediu ao CNE uma revisão das diretrizes para os cursos de licenciatura que são responsáveis pela formação de professores da educação básica." (UOL)
CORDÉIS PAULISTAS
Um Blogue sobre cordéis feitos no interior de São Paulo:
ENQUANTO SE LÊ TÃO POUCO POR AQUI...
Índia e Chile também fornecem o livro a preço inferior; gráfica já demitiu e ameaça mais 40.
- Depois do livro didático, as gráficas brasileiras enfrentam agora forte concorrência das importações de bíblias. A Palavra de Deus está sendo impressa em português em gráficas na China, na Índia e no Chile, entre outros países, a custos considerados imbatíveis pela indústria.
Para driblar o chamado o 'Custo Brasil" e ainda obter alguma vantagem
com o câmbio, editoras de publicações católicas e evangélicas aceleraram
as encomendas no exterior. A vantagem comparativa em relação ao
impresso nacional chega a superar 50%.
'É um negócio estranho', queixa-se Jair Franco, vice-presidente da
Gráfica Imprensa da Fé, uma das grandes do setor, que trabalha com
livros religiosos e didáticos. 'Para fazer a Bíblia aqui, temos de
comprar o papel de fora, a capa especial de fora e a cola de fora, e
tudo isso vem com imposto. Aí, o editor vai lá e faz a Bíblia completa e
vende aqui dentro sem pagar imposto nenhum. Como é que pode?',
questiona o executivo. De acordo com a Constituição Federal, as
importações de livros, jornais, revistas e outras publicações são imunes
e não pagam imposto.
O avanço das importações de bíblias e livros didáticos não aparece
nas estatísticas oficiais porque não existe posições aduaneiras
específicas para as publicações. Mas os efeitos são sentidos. (...)."
UMA CORREÇÃO
Segundo o jornal O Povo, o reajuste dos vereadores de Fortaleza foi de 28%. Debaixo de pressão, eles procuraram uma saída honrosa. Nossas críticas estão mantidas! Essa Câmara envergonha a cidade!
ENCONTRÕES
Duas velhas homônimas têm se encontrado muito, muito, nos últimos dias: a Política e a política... Tem sido desalentador!
Ô, TREM BÃO!
Está no Eliomar: "Nelson (Martins), Camilo (Santana) e (Prof.) Pinheiro só aguardam a nomeação do governador Cid Gomes"
Os petistas querem voltar as suas secretarias de Estado... É isso que chamam por aí, gostosamente, de fidelidade partidária!?
NÃO TEVE JEITO!
Debaixo de muitas críticas os vereadores de Fortaleza aprovaram pra si próprios um aumento de mais de 60%. No momento da votação, diante de manifestantes nas galerias, o petista e presidente da Casa, Acrísio Sena, reagiu:
“Vocês podem rasgar as goelas, mas nós vamos votar hoje! Vamos votar hoje!"
Quem fala assim, não é ga-gago!
“Vocês podem rasgar as goelas, mas nós vamos votar hoje! Vamos votar hoje!"
Quem fala assim, não é ga-gago!
SOBRE LULA E MALUF
Por Gilvan Rocha
“O PESCOÇO DA MÃE”
Há anos passados, o metalúrgico Lula da Silva, dando vazão aos seus arroubos, disse que Brizola estaria disposto a pisar no pescoço da própria mãe para chegar à Presidência da República. Tratava-se de uma reprovação do sindicalista à obsessão de Brizola em conquistar a Presidência. Felizmente, a mãe do sr. Lula, a brava batalhadora, sra. Lindu, já é falecida e, assim, foi poupada do profundo desgosto que teria em ver o seu filho, agora, disposto a pisar no seu pescoço, para eleger-se, ou eleger alguns dos seus candidatos, como exemplos, a eleição presidencial de 2002, e como vem sendo a eleição municipal de São Paulo.
Na disputa paulistana, Lula tirou do colete o nome de Fernando Haddad e impôs esse nome como candidato do PT à prefeitura, atropelando todo e qualquer princípio democrático.
Obstinado no propósito de fazer vitorioso o seu candidato, não teve o menor escrúpulo de praticar um ato que corresponde a pisar no pescoço da própria mãe, quando se dispôs a ir até à mansão do sr. Paulo Maluf, e, nos jardins dessa mansão, fazer-se fotografar apertando a mão e dispensando outros mimos àquele político que, “filhote da ditadura”, simboliza a corrupção praticada deslavadamente por políticos fisiológicos.
Diante de tão indecorosa postura, perguntado por algum jornalista, se não considerava um ato vergonhoso, atropelar todo o seu passado e negar os seus discursos de outrora, para firmar uma aliança tão espúria, ele sem nenhum pejo respondeu: “O vergonhoso é perder”.
Veja-se a que nível de degradação moral e política, chegou o antigo metalúrgico, quando navegando em enorme onda de popularidade, passou a incorporar à sua conduta gestos explícitos de prepotência e arrogância, cometendo condenáveis e sucessivos atos, próprios da indignidade, quando entre outros malfeitos, procurou influir no encaminhamento do processo do mensalão, abordando ministros de forma direta ou indireta. Dessa forma, o Lula arrasta-se para o esgoto e leva consigo toda esperança que foi um dia a criação do PT. O capitalismo festeja!
* O autor é esposo da vereadora Toinha Rocha, do Psol, que ocupa na Câmara Municipal de Fortaleza a vaga deixada por João Alfredo Telles
Há anos passados, o metalúrgico Lula da Silva, dando vazão aos seus arroubos, disse que Brizola estaria disposto a pisar no pescoço da própria mãe para chegar à Presidência da República. Tratava-se de uma reprovação do sindicalista à obsessão de Brizola em conquistar a Presidência. Felizmente, a mãe do sr. Lula, a brava batalhadora, sra. Lindu, já é falecida e, assim, foi poupada do profundo desgosto que teria em ver o seu filho, agora, disposto a pisar no seu pescoço, para eleger-se, ou eleger alguns dos seus candidatos, como exemplos, a eleição presidencial de 2002, e como vem sendo a eleição municipal de São Paulo.
Na disputa paulistana, Lula tirou do colete o nome de Fernando Haddad e impôs esse nome como candidato do PT à prefeitura, atropelando todo e qualquer princípio democrático.
Obstinado no propósito de fazer vitorioso o seu candidato, não teve o menor escrúpulo de praticar um ato que corresponde a pisar no pescoço da própria mãe, quando se dispôs a ir até à mansão do sr. Paulo Maluf, e, nos jardins dessa mansão, fazer-se fotografar apertando a mão e dispensando outros mimos àquele político que, “filhote da ditadura”, simboliza a corrupção praticada deslavadamente por políticos fisiológicos.
Diante de tão indecorosa postura, perguntado por algum jornalista, se não considerava um ato vergonhoso, atropelar todo o seu passado e negar os seus discursos de outrora, para firmar uma aliança tão espúria, ele sem nenhum pejo respondeu: “O vergonhoso é perder”.
Veja-se a que nível de degradação moral e política, chegou o antigo metalúrgico, quando navegando em enorme onda de popularidade, passou a incorporar à sua conduta gestos explícitos de prepotência e arrogância, cometendo condenáveis e sucessivos atos, próprios da indignidade, quando entre outros malfeitos, procurou influir no encaminhamento do processo do mensalão, abordando ministros de forma direta ou indireta. Dessa forma, o Lula arrasta-se para o esgoto e leva consigo toda esperança que foi um dia a criação do PT. O capitalismo festeja!
A POLÍTICA DESAVERGONHADA
O retorno do Professor Francisco Pinheiro à Secretaria de Cultura deve ser anunciado pelo Governo do Estado. Será a terceira vez que isso ocorre!
ZÉ IRINEU, POR GALBA GOMES
"O nosso Zé Irineu parte
deixando um legado de muita saudade. Meu 'fígaro' (barbeiro) na
meninice. Sabia muito sobre as pessoas de Coreaú, pois os salões de
barbearia fazem fluir informações as mais diversas: do padre ao mais
simples cidadão. O Zé Irineu apesar de jocoso, era lacônico e discreto
(ético), exigência de sua atividade. Tínhamos uma amizade fraterna.
Quando menino, ele sempre dava-me uma moeda para alugar um tempo para
umas voltas nas bicicletas de aluguel, salvo engano na bodega do Tota.
Saudade, Zé Irineu, filho do Seu Irineu, o sacristão da paroquia de N.S.
da Piedade. Lamento não poder comparecer ao último adeus a este querido
personagem, que continuará na minha lembrança, de forma indelével. Nos
queríamos muito bem. A Socorro falou-me que em seus últimos momentos
chamou pelo meu nome. Saudade... um abraço solidário na sua companheira
Socorro, nos filhos, Jaqueline, Juscelino e nos demais..."
(Do Facebook do Prof. palmense Romildo Moura)
(Do Facebook do Prof. palmense Romildo Moura)
Tributo a Raimundo da Barra
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo,
seria uma rima,
não seria uma solução.
Mundo mundo vasto
mais vasto é o meu coração.
Drummond
A Palma já não é a mesma sem ti, meu avô. O barulho do chocalho do gado cessou. A brisa agora varre nostálgica a carnaubeira. Nenhum vaqueiro abóia mais. Venderam o seu gado, as terras, as criações e o cavalo cocho. Venderam até as casas da "Rua de Baixo". E o apurado ainda não deu pra muita coisa. Era muito filho, "vô". E ao vaqueiro ainda coube um quinhão... Afinal, ele era vaqueiro, veterinário, conselheiro e confidente. O gado na mão dele não prosperou, mas sempre havia algum leite para a venda e para uns queijos aqui e acolá.
Das propriedades, não sobrou nada, "vô". Cada herdeiro, antes de receber seu quinhão, já o havia negociado. Setenta anos de trabalho árduo e economia rigorosa foram desfeitos em algumas horas de maquinação e balbúrdia.
Ninguém
mais contemplará aquelas terras com o mesmo amor. Ninguém mais sonhará
todas as noites com centenas de reses confinadas nos currais. O sonho
acabou, meu avô. O senhor foi definhando, definhando, até não resistir
mais e permitir que se apossassem do que era seu.
A Barra, o Ramalhete, o Pé-do-morro, tudo está triste. Não há nenhum chocalho. Nenhuma cabeça de gado pra quebrar a monotonia do fim de tarde. Há apenas um redemoinho arrastando umas folhas secas. Uma nuvem branca imóvel e uma longa estrada vazia, em cujas margens se erguem uns mameleiros retorquidos. Da casa do Evaristo não se ouve eco algum. O pobre velho também já faleceu. A mulher e os cachorros foram morar na rua. O sol parece dar uma trégua para o que restou do açude-do-meio. Mas logo que o sol esfria vem o vento forte que lambe sempre o que restou de água. Os urubus espreitam a carcaça de uma bezerra moribunda e uns dois campinas retardatários procuram debalde uma poça d’água no regato.
Tenho saudade, meu velho. Saudade do seu cheiro de mato. Do seu olhar vazio. Da sua palavra firme e até da sua avareza jocosa. Temos todos saudade. Não há mais couro de cabra no cabide, cangalha espalhada pelos cantos, um fardo de milho no chão. A casa grande d’outrora minguou. Abandonaram-na. No corredor, sua rede parece inda armada. Sua tosse seca parece ainda ecoar. No quarto do meu meio o tio ‘Di’ planeja dominar o mundo, mas a diabetes é que o está dominando, insaciável. Na cozinha sem vida a vovó parece dar ordem à empregada. É preciso mexer o doce, guardar o soro pra coalhada da noite, ir atrás do Valdemir.
A Barra, o Ramalhete, o Pé-do-morro, tudo está triste. Não há nenhum chocalho. Nenhuma cabeça de gado pra quebrar a monotonia do fim de tarde. Há apenas um redemoinho arrastando umas folhas secas. Uma nuvem branca imóvel e uma longa estrada vazia, em cujas margens se erguem uns mameleiros retorquidos. Da casa do Evaristo não se ouve eco algum. O pobre velho também já faleceu. A mulher e os cachorros foram morar na rua. O sol parece dar uma trégua para o que restou do açude-do-meio. Mas logo que o sol esfria vem o vento forte que lambe sempre o que restou de água. Os urubus espreitam a carcaça de uma bezerra moribunda e uns dois campinas retardatários procuram debalde uma poça d’água no regato.
Tenho saudade, meu velho. Saudade do seu cheiro de mato. Do seu olhar vazio. Da sua palavra firme e até da sua avareza jocosa. Temos todos saudade. Não há mais couro de cabra no cabide, cangalha espalhada pelos cantos, um fardo de milho no chão. A casa grande d’outrora minguou. Abandonaram-na. No corredor, sua rede parece inda armada. Sua tosse seca parece ainda ecoar. No quarto do meu meio o tio ‘Di’ planeja dominar o mundo, mas a diabetes é que o está dominando, insaciável. Na cozinha sem vida a vovó parece dar ordem à empregada. É preciso mexer o doce, guardar o soro pra coalhada da noite, ir atrás do Valdemir.
Um cabrito
berra no quintal. Não, não berra, é mera impressão. Olho a despensa
vazia. Tenho a sensação de estar sendo seguido. Ouço o arrastar de um
chinelo de couro. Não me assombro, sigo adiante taciturno.
Fecho o velho portão. De longe, o ‘Rabo-da-gata’ deserto, já nem lembra os velhos tempos. Apenas uma miragem sua. Miragem. Tudo aqui e o senhor tão distante. Num cemitério monótono de uma terra que não lhe agrada. Após um velório apressado, cercado de alguma lamentação e uns inevitáveis planos de partilha, deixaram-no em paz. Numa planície aguada duma manhã de verão. No céu, uma barra acenava com um inverno promissor. Toda a terra iria florir, a vazante seria inundada, a rês leiteira... Mas você não estará aqui. Já terá findado o último capítulo. Fecharam o seu livro e o devolveram à biblioteca da memória.
- Adeus, meu avô!
Etim, Coreaú, julho de 2004
(Do Blogue Diário de um Navegante)
Fecho o velho portão. De longe, o ‘Rabo-da-gata’ deserto, já nem lembra os velhos tempos. Apenas uma miragem sua. Miragem. Tudo aqui e o senhor tão distante. Num cemitério monótono de uma terra que não lhe agrada. Após um velório apressado, cercado de alguma lamentação e uns inevitáveis planos de partilha, deixaram-no em paz. Numa planície aguada duma manhã de verão. No céu, uma barra acenava com um inverno promissor. Toda a terra iria florir, a vazante seria inundada, a rês leiteira... Mas você não estará aqui. Já terá findado o último capítulo. Fecharam o seu livro e o devolveram à biblioteca da memória.
- Adeus, meu avô!
Etim, Coreaú, julho de 2004
(Do Blogue Diário de um Navegante)
O CONFRARIA NA TV
NÃO DÁ!
Uma militante chamada Renata Posso convida-me para pedir votos pro seu candidato a prefeito. Renata, NÃOPOSSO. Ele é do partido que já me passou a perna. Vou mais não!
A DO MOMENTO...
Nas escolas tem palavrinha nova: devolutiva (retorno). A maioria das Unidades de Ensino está precisando é de evolutiva!
O SANGRENTO ESTADO REAL!
"Pelo menos 13 pessoas são assassinadas no Ceará nas últimas 24 horas"
(Jangadeiro Online)
A FORÇA ESTUPENDA DA EDUCAÇÃO!
"Retrato da produção do conhecimento no
Brasil. Somente Campinas responde por 1% do PIB e 15% da produção do
conhecimento nacional."
Economista e Professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp.
CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA
Por: Benevides Machado de Carvalho
Para o Brasil, donativo
Foi o advento do baião
Um musical aditivo
Com obras de Gonzagão
Mil novecentos e doze
Dia treze de dezembro
Em Exu, nasceu Gonzaga
Do cancioneiro foi membro
Infância desconfortável
Na lide cotidiana
Trabalhou de sol-a-sol
No corte da canarana
As raízes musicais
De Januário, herdou
Tornou-se bom sanfoneiro
Do baião, foi impulsor
Saindo de Pernambuco
O seu estado natal
Buscando em outras plagas
O progresso pessoal
Foi no Rio de Janeiro
Que encontrou sua trilha
Cantou nos altos e baixos
Onde aprendeu a cartilha
De Exu a Juazeiro
Rumou para Fortaleza
No 23 BC, corneteiro
Um soldado sem braveza
De Minas pra Mato Grosso
Incumbência militar
Deu baixa, pelo sobrosso
No Rio foi habitar
Uma sanfona comprou
Seu ego, satisfazendo
Zonas de mangues, tocou
Suas idéias, crescendo
Em programas de calouros
Seu momento fez surgir
Indumentárias em couros
Pra ouvintes da Tupi
Sua fama foi subindo
Das cidades ao sertão
Cantando, todos sorrindo
Dançando xote e baião
Fim de semana, lotadas
As planejadas festinhas
Fosse salão ou latadas
Enfeites de bandeirinhas
O chitão, festa esperada
No nordeste é tradição
São Pedro, data marcada
Na capital e sertão
E tudo então, faz lembrar
Os idos com emoção
Festas até o sol raiar
Cantadas por Gonzagão
Nosso forró pé-de-serra
Arrasta-pé verdadeiro
Gonzagão de nossa terra
Charmou o Brasil inteiro
Cantou seca e fartura
Bons invernos, festejou
Versejando com candura
E a São João, exaltou
Mazurca, xote e xaxado
Toada, marcha e baião
Valsa e bom rasqueado
Bosquejos de Gonzagão
Um hospital em Recife
Santa Joana, chamado
Acolheu nosso cherife
Forrozeiro afamado
O incansável cantador
Não suportou o agravo
Foi grande a sua dor
Nos deixou, o grande bravo
No dia dois de agosto
Do ano oitenta e nove
Seu físico no oposto
A morte, sim, o demove
Deixando vasta lacuna
O cancioneiro gigante
Gonzagão, nossa graúna
Da terra se fez distante
Tua sanfona, forte agita
Pelo sertão, ecoante
Nos bons forrós, faz visita
O belo baião triunfante
São tantas imitações
Querendo tocar baião
Não passam de pretensões
Jamais, a ti, chegarão
Nas mentes, enraizadas
O teu musical tem vaga
Das canções aqui deixadas
Parabéns, velho Gonzaga.
* Texto originalmente publicado no Jornal do Leitor, do O Povo
Para o Brasil, donativo
Foi o advento do baião
Um musical aditivo
Com obras de Gonzagão
Mil novecentos e doze
Dia treze de dezembro
Em Exu, nasceu Gonzaga
Do cancioneiro foi membro
Infância desconfortável
Na lide cotidiana
Trabalhou de sol-a-sol
No corte da canarana
As raízes musicais
De Januário, herdou
Tornou-se bom sanfoneiro
Do baião, foi impulsor
Saindo de Pernambuco
O seu estado natal
Buscando em outras plagas
O progresso pessoal
Foi no Rio de Janeiro
Que encontrou sua trilha
Cantou nos altos e baixos
Onde aprendeu a cartilha
De Exu a Juazeiro
Rumou para Fortaleza
No 23 BC, corneteiro
Um soldado sem braveza
De Minas pra Mato Grosso
Incumbência militar
Deu baixa, pelo sobrosso
No Rio foi habitar
Uma sanfona comprou
Seu ego, satisfazendo
Zonas de mangues, tocou
Suas idéias, crescendo
Em programas de calouros
Seu momento fez surgir
Indumentárias em couros
Pra ouvintes da Tupi
Sua fama foi subindo
Das cidades ao sertão
Cantando, todos sorrindo
Dançando xote e baião
Fim de semana, lotadas
As planejadas festinhas
Fosse salão ou latadas
Enfeites de bandeirinhas
O chitão, festa esperada
No nordeste é tradição
São Pedro, data marcada
Na capital e sertão
E tudo então, faz lembrar
Os idos com emoção
Festas até o sol raiar
Cantadas por Gonzagão
Nosso forró pé-de-serra
Arrasta-pé verdadeiro
Gonzagão de nossa terra
Charmou o Brasil inteiro
Cantou seca e fartura
Bons invernos, festejou
Versejando com candura
E a São João, exaltou
Mazurca, xote e xaxado
Toada, marcha e baião
Valsa e bom rasqueado
Bosquejos de Gonzagão
Um hospital em Recife
Santa Joana, chamado
Acolheu nosso cherife
Forrozeiro afamado
O incansável cantador
Não suportou o agravo
Foi grande a sua dor
Nos deixou, o grande bravo
No dia dois de agosto
Do ano oitenta e nove
Seu físico no oposto
A morte, sim, o demove
Deixando vasta lacuna
O cancioneiro gigante
Gonzagão, nossa graúna
Da terra se fez distante
Tua sanfona, forte agita
Pelo sertão, ecoante
Nos bons forrós, faz visita
O belo baião triunfante
São tantas imitações
Querendo tocar baião
Não passam de pretensões
Jamais, a ti, chegarão
Nas mentes, enraizadas
O teu musical tem vaga
Das canções aqui deixadas
Parabéns, velho Gonzaga.
* Texto originalmente publicado no Jornal do Leitor, do O Povo
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