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12 de ago. de 2015
DE NOVO?!
Dilma conversou hoje com Kennedy Alencar, no SBT. Tinha gente pedindo panelaço. O que será que esse povo tem contra a criatividade? Vira o disco, menino!
NO VOTO!
Dilma fala em "respeito ao voto" e à "soberania popular". Tá certa. Quem quer o trono, vá às ruas e lute por ele.
O QUE VEM POR AÍ
Já se fala na manha que há por trás da diminuição da artilharia de parte da mídia, com relação ao Governo Federal e a Lula. O Instituto Lula conclama os aliados do petista para a Vigília Contra o Golpe (dia 16).
NINGUENIZAÇÃO
Quando na Unimed (Parangaba) desejei boa tarde pra senhora dos serviços gerais, ela calada ficou. Insisti na abordagem. Ela permaneceu muda. Toquei-lhe no ombro. Ela sorriu e perguntou se eu tinha falado com ela. Depois do meu sim, ele relatou: - É que ninguém comigo!
Algumas categorias profissionais são vítimas da terrível invisibilidade, tão presente no mundo de hoje. Os que dissertam sobre o assunto, falam da tal selva de pedra. Mas o que me incomoda mesmo é a selva humana!
Algumas categorias profissionais são vítimas da terrível invisibilidade, tão presente no mundo de hoje. Os que dissertam sobre o assunto, falam da tal selva de pedra. Mas o que me incomoda mesmo é a selva humana!
SÓ AGORA?!
A Câmara Municipal de Fortaleza chama a população para debater o Pacto por Fortaleza, uma revisão do Pacto em Ação (de 2010). Lá vem ela com sua velha simpatia (pré-eleitoral)!
DEIXANDO CLARO
É caixa e não gerente o funcionário do Banco do Brasil (de São Gonçalo do Amarante) , acusado de ser envolvido em quadrilha de assalto a banco.
A REBELDIA EM DRUMMOND
EU, ETIQUETA
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar, ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comparo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares, festas, praias, pérgulas, piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas, que no rosto se espelhavam
e cada gesto, cada olhar
cada vinco da roupa
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar, ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comparo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares, festas, praias, pérgulas, piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas, que no rosto se espelhavam
e cada gesto, cada olhar
cada vinco da roupa
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
MENOS, GENTE!
Cada obra da cidade tem que ser acompanhada pelo cidadão, com seu olhar crítico. Um detalhe muito interessante: observar a conexão dessa obra com a vida da cidade. No mais é saber se aquela obra vai trazer pro cidadão mais qualidade de vida. Postar fotos das realizações nas redes sociais, forçando a barra e mostrando o prefeito como se fosse o melhor do globo, qualquer um faz. Basta desprezar seu lado de cidadão/contribuinte e surfar na chaleirice!
CHEGA DE BAJULAÇÃO
Izolda Cela no governo, factoide. Lula num ministério? Factóide. O Brasil precisa é de trabalho!
FRACASSAMOS ENQUANTO PROFESSORES DE HISTÓRIA?
Uma resposta:
“Não acho bem assim, mas creio que podemos
pensar mais a História, a partir também de uma leitura de nossa própria
história pessoal. E de grupos muito perto de nós, no tempo e espaço. Quando
penso no que vivi no tempo da ditadura, com pai meu, Edgar Linhares, perseguido
toda sua juventude e quase todo o tempo de nossa infância e juventude também...
E nós éramos oito filhos dele, quando lembro do Ato Institucional Número 5 (AI5)
e de tanto que se teve de fazer para se reconstituir os mínimos sonhos de
esperança, fico estarrecida com a leviandade com que se fala em golpe. E que
não se desatrela de uma visão pequena da historia e do que seriam as tarefas que
nós temos de exercer, com relação à democracia e toda a superação dos
escravismos e colonialismos...
Acho sempre que quem acender as auroras com as mãos no trabalho da transformação; mais de perto se consegue fazer da utopia de todo dia um jeito de caminhar.”
Acho sempre que quem acender as auroras com as mãos no trabalho da transformação; mais de perto se consegue fazer da utopia de todo dia um jeito de caminhar.”
Ângela
Linhares, professora
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