UM ESPAÇO PARA LIVROS, CULTURA NORDESTINA E FÓRUM DA ZONA NORTE (CE). (85) 985863910
22 de jul. de 2011
UMA COLCHA DE RETALHOS!
O brasileiro titubeia na hora de falar de sua própria etnia. A História mostra: somos um povo caldeado, miscigenado, mestiço. Darcy Ribeiro chega a falar em "povo novo", fruto dessa mistura. Prefiro ficar com a afirmação bem presente nas favelas e comunidades populares: tamo junto e misturado!
RUI BARBOSA - SINTO VERGONHA DE MIM!
"Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás
e mudar o futuro.
UM POEMA DE RUI
"(...)
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino
E jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!
'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'.
(Rui Barbosa)
(PROF. DJACYR enviou)
ORGANIZADAS?
Uma pergunta que a Polícia e a Justiça já deveriam ter feito, há muito tempo: as torcidas são organizadas. Em que sentido?
MORTE ANUNCIADA!
Mais um líder de torcida organizada foi eliminado em Fortaleza. Todo mundo sabe que as tais torcidas organizadas (?), não podem dar noutra coisa! O banditismo dá as cartas no meio delas!
VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO
Podem aplaudir as indicações políticas para todos os escalões dos governos! Respeito cada posicionamento. No entanto, continuo, na minha ignorância, achando que a valorização dos quadros técnicos e da carreira do servidor, deve ser posta em destaque. Um dia esse País AINDA vai aplaudir o mérito!
OS MODERNOS REACIONÁRIOS
"Se você não entendeu a piada de Rafinha Bastos afirmando que para a mulher feia o estupro é uma benção, tranquilize-se.
O teólogo Luiz Felipe Pondé acaba de fornecer uma explicação recheada da mais alta filosofia: a mulher enruga como um pêssego seco se não encontra a tempo um homem capaz de tratá-la como objeto.
Se você também considerou a deputada-missionária-ex-atriz Myriam Rios obscurantista ao ouvi-la falando sobre homossexualidade e pedofilia, o que dizer do ilustrado João Pereira Coutinho que comparou a amamentação em público com o ato de defecar ou masturbar-se à vista de todos?
Nas bancas ou nas melhores casas do ramo, neo-machistas intelectuais estão aí para nos advertir que os direitos humanos nada mais são do que o triunfo do obtuso, a igualdade é uma balela do enfadonho politicamente correto e não há futuro digno fora da liberdade de cada um de expressar a seu modo, o mais profundo desrespeito ao próximo.
O moderno reacionário é um subproduto do alargamento da cidadania. São quixotes sem utopias, denunciando a patrulha de quem se atreve a contestar seu suposto direito líquido e certo a propagar um bom e velho preconceito.
Pondé já havia expressado a angústia de uma classe média ressentida, ao afirmar o asco pelos aeroportos-rodoviárias, repletos de gente diferenciada. Também dera razão em suas tortuosas linhas à xenofobia europeia.
De modo que dizer que as mulheres - e só elas - precisam se sentir objeto, para não se tornarem lésbicas, nem devia chamar nossa atenção.
Mas chamar a atenção é justamente o mote dos ditos vanguardistas. Detonar o humanismo sem meias palavras e mandar a conta do atraso para aqueles que ainda não os alcançaram. No eufemismo de seus entusiasmados editores, enfim, tirar o leitor da zona de conforto. É o que de melhor fazem, por exemplo, os colunistas do insulto, que recheiam as páginas das revistas de variedades, com competições semanais de ofensas.
O presidente é uma anta, passeatas são antros de maconheiros e vagabundos, criminosos defensores de ideais esquerdizóides anacrônicos e outros tantos palavrões de ordem que fariam os retrógrados do Tea Party corarem de constrangimento.
Não é à toa que uma obscura figura política como Jair Bolsonaro foi trazida agora de volta à tona, estimulando racismo e homofobia como direitos naturais da tradicional família brasileira.
E na mesma toada, políticos de conhecida reputação republicana sucumbiram à instrumentalização do debate religioso, mandando às favas o estado laico e abrindo a caixa de Pandora da intolerância, que vem se espalhando como um rastilho de pólvora. A Idade Média, revisitada, agradece.
Com a agressividade típica de quem é dono da liberdade absoluta, e o descompromisso com valores éticos que consagra o 'intelectual sem amarras', o cântico dos novos conservadores pode parecer sedutor.
Um bad-boy destemido, um lacerdista animador de polêmicas, um livre-destruidor do senso comum. Nós já sabemos onde isto vai dar.
O rebaixamento do debate, a política virulenta que se espelha no aniquilamento do outro, a banalização da violência e a criação de párias expelidos da tutela da dignidade humana.
O reacionário moderno é apenas o ovo da serpente de um fascismo pra lá de ultrapassado.
(Marcelo Semer, Juiz de Direito)
Nas bancas ou nas melhores casas do ramo, neo-machistas intelectuais estão aí para nos advertir que os direitos humanos nada mais são do que o triunfo do obtuso, a igualdade é uma balela do enfadonho politicamente correto e não há futuro digno fora da liberdade de cada um de expressar a seu modo, o mais profundo desrespeito ao próximo.
O moderno reacionário é um subproduto do alargamento da cidadania. São quixotes sem utopias, denunciando a patrulha de quem se atreve a contestar seu suposto direito líquido e certo a propagar um bom e velho preconceito.
Pondé já havia expressado a angústia de uma classe média ressentida, ao afirmar o asco pelos aeroportos-rodoviárias, repletos de gente diferenciada. Também dera razão em suas tortuosas linhas à xenofobia europeia.
De modo que dizer que as mulheres - e só elas - precisam se sentir objeto, para não se tornarem lésbicas, nem devia chamar nossa atenção.
Mas chamar a atenção é justamente o mote dos ditos vanguardistas. Detonar o humanismo sem meias palavras e mandar a conta do atraso para aqueles que ainda não os alcançaram. No eufemismo de seus entusiasmados editores, enfim, tirar o leitor da zona de conforto. É o que de melhor fazem, por exemplo, os colunistas do insulto, que recheiam as páginas das revistas de variedades, com competições semanais de ofensas.
O presidente é uma anta, passeatas são antros de maconheiros e vagabundos, criminosos defensores de ideais esquerdizóides anacrônicos e outros tantos palavrões de ordem que fariam os retrógrados do Tea Party corarem de constrangimento.
Não é à toa que uma obscura figura política como Jair Bolsonaro foi trazida agora de volta à tona, estimulando racismo e homofobia como direitos naturais da tradicional família brasileira.
E na mesma toada, políticos de conhecida reputação republicana sucumbiram à instrumentalização do debate religioso, mandando às favas o estado laico e abrindo a caixa de Pandora da intolerância, que vem se espalhando como um rastilho de pólvora. A Idade Média, revisitada, agradece.
Com a agressividade típica de quem é dono da liberdade absoluta, e o descompromisso com valores éticos que consagra o 'intelectual sem amarras', o cântico dos novos conservadores pode parecer sedutor.
Um bad-boy destemido, um lacerdista animador de polêmicas, um livre-destruidor do senso comum. Nós já sabemos onde isto vai dar.
O rebaixamento do debate, a política virulenta que se espelha no aniquilamento do outro, a banalização da violência e a criação de párias expelidos da tutela da dignidade humana.
O reacionário moderno é apenas o ovo da serpente de um fascismo pra lá de ultrapassado.
(Marcelo Semer, Juiz de Direito)
PAUTA: ELITON MENESES
DO BLOGUE: Um texto pra guardar e ler para todos os seres do mundo, sedentos por um aprendizado respeitoso e aprazível. Excelente!
E O LULA CONTINUA PAUTANDO A IMPRENSA UDENISTA!
Norton Lima Jr., eleitor de Serra e sempre citado aqui:
"Lula sempre foi uma besta albergada na ingenuidade dos ideológicos; estúpido, homem oco, cabeça de palha, nada transcendental!"
DO BLOGUE: Pra que esse caboclo foi dar certo!? Deveria ter morrido nos cueiros! Pô!
FOI PARAR NO ESTADÃO!
"A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a morte de uma aposentada de 75 anos que morreu após ter recebido glicerina em vez de soro no Hospital Geral de Missão Velha, no Ceará, na manhã da última quarta-feira. Depois de passar mal, a paciente, que sofria de insuficiência respiratória aguda, foi levada para o Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha, cidade vizinha. A equipe médica que atendeu a idosa em Barbalha percebeu o erro e trocou a medicação, mas a mulher morreu horas depois. Funcionários do hospital de Missão Velha serão ouvidos. A polícia quer descobrir se alguém confundiu a bolsa de soro com a de glicerina. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontará a causa da morte. O resultado deve sair em cerca de 20 dias."
(Jornal O Estado de São Paulo)
SOCIALISMO E DITADURAS SANGUINÁRIAS...
"(Bertold) Brecht foi outro dos tantos talentos que saudaram o advento do socialismo real, no século passado, como a grande redenção da humanidade e aperfeiçoamento do Estado.
Depois a realidade daquelas experiências haviam de mostrar, não raro, ditaduras cruéis, conduzidas por uma elite arrogante, longe do povo e do ideário revolucionário, democrático.
Jaz agora, quase por toda a parte, só o neoliberalismo, meio cego, sempre manco, incapaz de sustentar-se a si mesmo sem as bases sólidas do Estado.
Como paga, mantém para com este, o projeto do Estado mínimo, para que se maximize a exploração, o lucro, e a apropriação particular, indiferente ao homem, à sociedade mesma em que se forma.
Institui que não há senão indivíduos, famílias, recursos, que podem ser tomados como agentes da produção. Ou nada.
Assim quer dispor as coisas.
Assim estão agora as instituições quase por toda a parte.
Aqui jaz um mistério.
Não era antes de esperar que fosse sempre o interesse comum e o da maioria que prevalecesse?
Habitantes, trabalhadores, soldados, navegantes, oficiais, empregados, homens, mulheres, jovens, velhos, não são estes os que realizam todas as empresas, conduzem todas as tarefas?
Eis os que celebra Brecht em seu poema, espantado de que não sejam eles todos, também, as figuras principais que considerar em toda a parte.
Virá um dia este tempo?
Por ora, vemos apenas uns líderes vagos a mandar fazer, com o dinheiro e as mãos e os projetos de muitos, para depois apresentar a obra como coisa sua, feito seu."
(Célio Ferreira Facó, Fortaleza)
Depois a realidade daquelas experiências haviam de mostrar, não raro, ditaduras cruéis, conduzidas por uma elite arrogante, longe do povo e do ideário revolucionário, democrático.
Jaz agora, quase por toda a parte, só o neoliberalismo, meio cego, sempre manco, incapaz de sustentar-se a si mesmo sem as bases sólidas do Estado.
Como paga, mantém para com este, o projeto do Estado mínimo, para que se maximize a exploração, o lucro, e a apropriação particular, indiferente ao homem, à sociedade mesma em que se forma.
Institui que não há senão indivíduos, famílias, recursos, que podem ser tomados como agentes da produção. Ou nada.
Assim quer dispor as coisas.
Assim estão agora as instituições quase por toda a parte.
Aqui jaz um mistério.
Não era antes de esperar que fosse sempre o interesse comum e o da maioria que prevalecesse?
Habitantes, trabalhadores, soldados, navegantes, oficiais, empregados, homens, mulheres, jovens, velhos, não são estes os que realizam todas as empresas, conduzem todas as tarefas?
Eis os que celebra Brecht em seu poema, espantado de que não sejam eles todos, também, as figuras principais que considerar em toda a parte.
Virá um dia este tempo?
Por ora, vemos apenas uns líderes vagos a mandar fazer, com o dinheiro e as mãos e os projetos de muitos, para depois apresentar a obra como coisa sua, feito seu."
(Célio Ferreira Facó, Fortaleza)
DO BLOGUE: Embora a obra não seja celebrada com a presença do trabalhador, em seu solo estará seu suor, como marca indelével! Queiram ou não os donos do poder! Citem ou não seu nome no parlatório... Triste a escola que apedreja seus Professores ou desconhece o valor de sua bendita faina!
O ESTADO REAL!
Quem diz é o jornal Folha de São Paulo: O aeroporto Pinto Martins encabeça a lista dos mais caóticos do País. Opera 170% acima de sua capacidade instalada.
O ESTADO REAL! COMO PRODUZIR?
"Denúncia da CNA: deixamos de produzir 3 milhões de toneladas de soja e milho na safra passada, por falta de portos." (Norton Lima Jr., jornalista)
CNA = Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil
JUAZEIRO
Juazeiro do Norte encanta, embevece! Juazeiro dos amores (às vezes, marcados a sangue e bala), acalantos, cantorias, versos, canções e arranca-rabos do sertão. Juazeiro dos riscos, cortes e artes. Da xilogravura... Viva Juazeiro do Norte!
NO TWITTER...
... Falam em democratização do capitalismo. Democratizar a dor, o sangue derramado, a guerra pela guerra, a pilhagem de riquezas e países, o aniquilamento de seres inocentes, a matança desvairada... ? Quando se iniciará a democratização do BEM?
O SUMIÇO DE ANÍSIO TEIXEIRA
"Depois da última visita ao lexicógrafo Aurélio Buarque, Anísio desapareceu. Preocupada, a família investigou seu paradeiro, sendo informada pelos militares, de que ele havia sido detido. (...) seu corpo foi finalmente encontrado no fosso do elevador do prédio do imortal Aurélio, na Praia de Botafogo, no Rio (...). A versão oficial foi 'acidente'".
(Wikipédia)
DO BLOGUE: E assim, como tantas outras, a história foi encerrada. E a família chorou e chorou... Era o tempo da tal Ditadura Militar, dos Anos de Chumbo! Os mesmos que hoje, com o tempo distante (e como a dor é alheia), chamam de "ditabranda"!
DO BLOGUE: E assim, como tantas outras, a história foi encerrada. E a família chorou e chorou... Era o tempo da tal Ditadura Militar, dos Anos de Chumbo! Os mesmos que hoje, com o tempo distante (e como a dor é alheia), chamam de "ditabranda"!
MEDALHAS. PRA QUEM?
À cerca de uma década já ouvia de um velho professor militar da UECE a frase: "Esse povo que recebe medalha por aí!". Quando perguntado sobre os nomes, saia-se, com o esquivamento bem aprendido na caserna: - Deixa os homens morrer primeiro! Quem recebe medalhas neste Estado? O mérito ou os amigos dos órgãos e entidades? Por que pouco vejo cientistas, médicos, enfermeiros, bombeiros, policiais e gente no povo nessas farras oficiais ou oficializadas? Por que os governantes de plantão sempre encabeçam as listas? Enquanto isso, muitos estudiosos tiram do próprio bolso, o ralo dinheirinho de que precisam, para tocar seus projetos... E tem sido assim!
O CONSERVADORISMO
- O outro é pior!
- Não vai mudar nada!
- É tudo igual!
- Vai roubar também!
FESTA NO CRAJUBAR!
Juazeiro do Norte vive os festejos alusivos ao centenário de fundação do município. A "Terra do Padim Ciço" será um dos destaques do programa Mais Você, na Rede Globo de Televisão.
ANUÁRIO DO CEARÁ 2011
“O Anuário do Ceará 2011/2012, cujo lançamento ocorreu ontem, no La Maison Dunas, foi destacado em todos os discursos como importante instrumento para pesquisa. O governador Cid Ferreira Gomes referiu-se à publicação como 'enciclopédia', repositório de informações essenciais sobre o Ceará.
Na festa, que contou com a presença do governador do Estado, da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, e das principais lideranças empresariais e políticas do Ceará, a jornalista e presidente do Grupo de Comunicação O POVO, responsável pela publicação do Anuário desde 1990, Luciana Dummar, diz ter orgulho de continuar mantendo em circulação uma publicação iniciada há 150 anos. (...)"
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No Araquém dos meus tempos de calças curtas residia o senhor Meton Cardoso. Caladão, trabalhador, monossilábico. Passava os dias nas suas ...
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"A medicina nos USA é muito cara. São centenas e centenas que norte-americanos que vão se tratar em Cuba.Tenho 3 sobrinhos médicos que...