"'A CALIGRAFIA DOS MÉDICOS
A Medicina é uma das mais antigas e belas
ciências da humanidade, cuja aplicação se dá com as profissões médicas. E o
profissional da Medicina exerce, sem dúvida, um nobre mister, quase divinizado,
porquanto lida com vidas.
No entanto, queria discorrer sobre uma
prática que, aos olhos do bom senso, não deveria ser concebida por médico
nenhum. Trata-se do hábito deplorável que ainda persiste, em certos
consultórios médicos, de se passar
receitas aos pacientes de forma manuscrita e totalmente ilegível,
constituindo, assim, responsabilidade profissional, consoante o Código de Ética
Médica, que entrou em vigor aqui no Brasil em 13 de abril de 2010, depois de
ser revisto, atualizado e ampliado a partir da Resolução do Conselho Federal de
Medicina nº 1.931, de 17 de setembro de 2009.
Veja-se o que preconiza, 'in verbis', o art.
11, do Capítulo III, que fala da responsabilidade profissional dos médicos: 'É
vedado aos médicos: [...] art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma
secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no
Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco
folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos
médicos.[...].'
Constata-se, então, que seria de bom alvitre,
não só por uma questão de ética, mas de respeito ao paciente, que aqueles
doutores da Medicina que ainda teimam em receitar com 'garranchos', mudassem de
postura e escrevessem de forma clara e legível suas prescrições, ou quando não,
fizessem-no munidos de um computador e impressora.'
FERNANDO MACHADO ALBUQUERQUE
Professor
Coreaú-CE.
'Pois bem: Sobre isso eu teria um monte de Pois bens para escrever mas como estou um tanto cansado vou apenas copiar e colar este texto da Revista Superinteressante:
Super 197, fevereiro - 2004
'Medicina faz mal à saúde
O médico Vernon Coleman diz que os hospitais mais matam do que curam e que é preciso ser muito saudável para sobreviver a um deles.
Por Sérgio Gwercman
FONTE: http://super.abril.com.br/ciencia/medicina-faz-mal-saude-444338.shtml#.T4DmwY6NbPE.blogger'Pois bem: Sobre isso eu teria um monte de Pois bens para escrever mas como estou um tanto cansado vou apenas copiar e colar este texto da Revista Superinteressante:
Super 197, fevereiro - 2004
'Medicina faz mal à saúde
O médico Vernon Coleman diz que os hospitais mais matam do que curam e que é preciso ser muito saudável para sobreviver a um deles.
Por Sérgio Gwercman
Um selo colado na testa advertindo sobre os perigos que podem causar à saúde. Se dependesse do inglês Vernon Coleman, esse seria o uniforme ideal dos médicos. Dono de um diploma em medicina
e um doutorado em ciências, Coleman abandonou a carreira após dez anos
de trabalho para ganhar a vida escrevendo livros com títulos sugestivos
do tipo Como Impedir o seu Médico de o Matar.
Autor de 95 livros, o inglês é um auto-intitulado defensor dos
direitos dos pacientes. Em seus textos, publicados nos principais
jornais do Reino Unido, costuma atacar a indústria farmacêutica – para
ele, a grande financiadora da decadência – e, principalmente, os médicos
que recusam tratamentos que excluam a utilização de remédios e
cirurgias. Dono de opiniões polêmicas, Coleman ainda afirma que 90% das
doenças poderiam ser curadas sem a ajuda de qualquer droga e que quanto
mais a tecnologia se desenvolve, pior fica a qualidade dos diagnósticos.
Como um médico deve se comportar para oferecer o melhor tratamento possível a seu paciente?
Os médicos deveriam ver seus pacientes como membros da família.
Infelizmente, isso não acontece. Eles olham os pacientes e pensam o quão
rápido podem se livrar deles, ou como fazer mais dinheiro com aquele
caso. Prescrevem remédios desnecessários e fazem cirurgias dispensáveis.
Ao lado do câncer e dos problemas de coração, os médicos estão entre os
três maiores causadores de mortes atualmente. Os pacientes deveriam
aprender a ser céticos com essa profissão. E os governos, obrigá-los a
usar um selo na testa dizendo 'Atenção: este médico pode fazer mal para sua saúde'.
Qual a instrução que pacientes recebem sobre os riscos dos tratamentos?
A maior parte das pessoas desconhece a existência de efeitos
colaterais. E grande parte dos médicos não conhece os problemas que os
remédios podem causar. Desde os anos 70 eu venho defendendo a introdução
de um sistema internacional de monitoramento de medicamentos, para que
os médicos sejam informados quando seus companheiros de outros países
detectarem problemas. Espantosamente, esse sistema não existe. Se você
imagina que, quando uma droga é retirada do mercado em um país, outros
tomam ações parecidas, está errado. Um remédio que foi proibido nos
Estados Unidos e na França demorou mais de cinco anos para sair de
circulação no Reino Unido. Somente quando os pacientes souberem do lado
ruim dos remédios é que poderão tomar decisões racionais sobre
utilizá-los ou não em seus tratamentos.
Você considera que os médicos são bem informados a respeito dos remédios que receitam a seus pacientes?
A maior parte das informações que eles recebem vem da companhia que
vende o produto, que obviamente está interessada em promover virtudes e
esconder defeitos. Como resultado dessa ignorância, quatro de cada dez
pacientes que recebem uma receita sofrem efeitos colaterais sensíveis,
severos ou até letais. Creio que uma das principais razões para a
epidemia internacional de doenças induzidas por remédios é a ganância
das grandes empresas farmacêuticas. Elas fazem fortunas fabricando e
vendendo remédios, com margens de lucro que deixam a indústria bélica
internacional parecendo caridade de igreja.
E o que os pacientes deveriam fazer? Enfrentar doenças sem tomar remédios?
É perfeitamente possível vencer problemas de saúde
sem utilizar remédios. Cerca de 90% das doenças melhoram sem
tratamento, apenas por meio do processo natural de autocura do corpo.
Problemas no coração podem ser tratados (não apenas prevenidos) com uma
combinação de dieta, exercícios e controle do estresse. São técnicas que
precisam do acompanhamento de um médico. Mas não de remédios.
Receber remédios não é o que os pacientes querem quando vão ao médico?
É verdade que muitos pacientes esperam receber medicamentos. Isso
acontece porque eles têm falsas idéias sobre a eficiência e a segurança
das drogas. É muito mais fácil terminar uma consulta entregando uma
receita, mas isso não quer dizer que é a coisa certa a ser feita. Os
médicos deveriam educar os pacientes e prescrever medicamentos apenas
quando eles são essenciais, úteis e capazes de fazer mais bem do que
mal.
Que problemas os remédios causam?
Sonolência, enjôos, dores de cabeça, problemas de pele, indigestão,
confusão, alucinações, tremores, desmaios, depressão, chiados no ouvido e
disfunções sexuais como frigidez e impotência.
Em um artigo, você cita três greves de
médicos (em Israel, em 1973, e na Colômbia e em Los Angeles, em 1976) e
diz que elas causaram redução na taxa de mortalidade.
Como a ausência de médicos pode diminuir o risco à vida?
Como a ausência de médicos pode diminuir o risco à vida?
Hospitais não são bons lugares para os pacientes. É preciso estar
muito saudável para sobreviver a um deles. Se os médicos não matarem o
doente com remédios e cirurgias desnecessárias, uma infecção o fará.
Sempre que os médicos entram em greve as taxas de mortalidade caem. Isso
diz tudo.
Muitas pessoas optam por terapias alternativas. Esse é um bom caminho?
Em diversas partes do mundo, cada vez mais gente procura práticas
alternativas em vez de médicos ortodoxos. De certa maneira, isso quer
dizer que a medicina
alternativa está se tornando a nova ortodoxia. O problema é que, por
causa da recusa das autoridades em cooperar com essas técnicas, muitas
vezes é possível trabalhar como terapeuta complementar sem ter o
treinamento adequado. Medicina alternativa não é necessariamente melhor ou pior que a medicina ortodoxa. O melhor remédio é aquele que funciona para o paciente.
Em um de seus livros, você afirma que a
tecnologia piorou a qualidade dos diagnósticos. A lógica não diz que
deveria ter acontecido o contrário?
Testes são freqüentemente incorretos, mas os médicos aprenderam a
acreditar nas máquinas. Quando eu era um jovem doutor, na década de 70,
os médicos mais velhos apostavam na própria intuição. Conheci alguns que
não sabiam nada sobre exames laboratoriais ou aparelhos de raio X e
mesmo assim faziam diagnósticos perfeitos. Hoje, os médicos se baseiam
em máquinas e testes sofisticados e cometem muito mais erros que
antigamente.
Você faz ferrenha oposição aos testes
médicos realizados com animais em laboratórios. De que outra maneira
novas drogas poderiam ser desenvolvidas?
Faz muito mais sentido testar novas drogas em pedaços de tecidos
humanos que num rato. Os resultados são mais confiáveis. Mas a indústria
não gosta desses testes porque muitos medicamentos potencialmente
perigosos para o homem seriam jogados fora e nunca poderiam ser
comercializados. Qual o sentido de testar em animais? Existe uma lista
de produtos que causam câncer nos bichos, mas são vendidos normalmente
para o uso humano. Só as empresas farmacêuticas ganham com um sistema
como esse.
O que você faz para cuidar da saúde?
Eu raramente tomo remédios. Para me manter saudável, evito comer
carne, não fumo, tento não ficar acima do peso e faço exercícios físicos
leves. Para proteger minha pressão, desligo a televisão quando médicos
aparecem na tela apresentando uma nova e maravilhosa droga contra
depressão, câncer ou artrite que tem cura garantida, é absolutamente
segura e não tem efeitos colaterais.
Vernon Coleman
• Tem 57 anos
• Gosta de escrever livros de ficção e já publicou 12 romances
• Divide seu tempo entre o interior da Inglaterra e uma cobertura no centro de Paris
• Sofre de “cotovelo de tenista” nos dois braços por causa da má-postura ao digitar.
(MANUEL DE JESUS)