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4 de nov. de 2012
O BRIZOLISMO QUE SUMIU!
No Ceará existe seguidores de Brizola. No discurso. O trabalhismo brizolista tinha a Educação como marca maior, que o diga Cristovam Buarque. Mas por aqui pouca gente segue esse rumo. Boa parte dos brizolistas de microfone aplaude quem detrata a Educação... na maior desfarçatez! É mais fácil fazer o jogo... fácil!
FALTA AULA!
"Durante a última campanha eleitoral falou-se muito da educação
escolar pública, mas nem sempre de uma maneira adequada. O que importa é
um diagnóstico preciso dos reais entraves da qualidade da aprendizagem
para poder-se aplicar políticas eficazes e eficientes. De norte a sul do
Brasil, passando por Fortaleza, os candidatos tiraram da cartola uma
solução única (panaceia?): a escola de tempo integral. Não serei eu quem
irá falar mal da escola de tempo escolar, já que, há 20 anos, aponto-a,
neste espaço, como possível solução. Mas anteriormente à sua
implantação é preciso convencer-se que, como escreveu Gustavo Ioschpe na
revista Veja de 10 de outubro passado: 'Quantidade não é qualidade. O
problema maior de nossas escolas não é que a jornada regulamentar não
seja longa o suficiente e sim que ela não seja cumprida'. O autor cita
uma pesquisa que mostrou que 22% das aulas eram canceladas (o que
significa a perda de um dia por semana) e que algo entre 29% e 39% do
tempo de aula é desperdiçado com atividades que não têm relação com o
ensino.
O problema não é novo e há tempo foi detectado; escrevi muitos artigos sobre o assunto, pregando no deserto. Certa vez, um técnico da Secretária de Educação do Estado gritou, exasperado: 'Seria uma revolução na educação pública se as escolas ensinassem (sim, ensinassem) quatro horas por dia, 200 dias por ano!'. Observar a Lei causaria uma revolução! Numa reunião com 56 diretoras de escolas municipais de um município da Grande Fortaleza foi afirmado que nas escolas do município não havia duas horas de ensino efetivo por dia. Esse é a causa número um da baixa aprendizagem na escola pública. A essa se juntam outras causas conhecidas e a falta de profissionalismo na gestão das escolas, as festas, os atrasos, as faltas e os baixíssimos salários dos professores constam entre as causas do tempo escolar perdido. Mas é preciso aceitar o óbvio: na escola pública aprende-se pouco porque se ensina pouco. Constato isso recorrentemente e agora Gustavo Ioschpe confirma o fato em escala nacional por meio de sólidas pesquisas. O autor esclarece: 'Antes de ampliarem a jornada, portanto, nossos gestores deveriam se empenhar para que o longo calendário atual seja cumprido'.
Nada, portanto, que o tempo integral não possa melhorar, mas tem que se assegurar que o tempo integral ajudará a cumprir pelo menos quatro horas 'de ensino das competências nas áreas de matemática, português e ciência, que possibilitarão ao aluno pobre ter um futuro melhor'. O tempo integral é benéfico para permitir aos pais e, sobretudo, às mães de famílias trabalharem. É benéfico também para permitir uma formação integral, introduzindo esportes e artes no dia-a-dia escolar. Mas se não possibilitar um ensino de quatro hora/dia, 200 dias/ano será um gasto de dinheiro e de energia de pouca valia. Felizmente, o Ceará tem escolas profissionalizantes e de ensino fundamental (por exemplo, escolas do município do Eusébio) de tempo integral que, avaliadas, podem orientar uma vitoriosa implantação do tempo integral.
André Haguette
haguette@superig.com.br
Sociólogo, no O Povo de hoje
O problema não é novo e há tempo foi detectado; escrevi muitos artigos sobre o assunto, pregando no deserto. Certa vez, um técnico da Secretária de Educação do Estado gritou, exasperado: 'Seria uma revolução na educação pública se as escolas ensinassem (sim, ensinassem) quatro horas por dia, 200 dias por ano!'. Observar a Lei causaria uma revolução! Numa reunião com 56 diretoras de escolas municipais de um município da Grande Fortaleza foi afirmado que nas escolas do município não havia duas horas de ensino efetivo por dia. Esse é a causa número um da baixa aprendizagem na escola pública. A essa se juntam outras causas conhecidas e a falta de profissionalismo na gestão das escolas, as festas, os atrasos, as faltas e os baixíssimos salários dos professores constam entre as causas do tempo escolar perdido. Mas é preciso aceitar o óbvio: na escola pública aprende-se pouco porque se ensina pouco. Constato isso recorrentemente e agora Gustavo Ioschpe confirma o fato em escala nacional por meio de sólidas pesquisas. O autor esclarece: 'Antes de ampliarem a jornada, portanto, nossos gestores deveriam se empenhar para que o longo calendário atual seja cumprido'.
Nada, portanto, que o tempo integral não possa melhorar, mas tem que se assegurar que o tempo integral ajudará a cumprir pelo menos quatro horas 'de ensino das competências nas áreas de matemática, português e ciência, que possibilitarão ao aluno pobre ter um futuro melhor'. O tempo integral é benéfico para permitir aos pais e, sobretudo, às mães de famílias trabalharem. É benéfico também para permitir uma formação integral, introduzindo esportes e artes no dia-a-dia escolar. Mas se não possibilitar um ensino de quatro hora/dia, 200 dias/ano será um gasto de dinheiro e de energia de pouca valia. Felizmente, o Ceará tem escolas profissionalizantes e de ensino fundamental (por exemplo, escolas do município do Eusébio) de tempo integral que, avaliadas, podem orientar uma vitoriosa implantação do tempo integral.
André Haguette
haguette@superig.com.br
Sociólogo, no O Povo de hoje
ROUXINOL DE LIVRO NOVO!
Recebo do colega Rouxinol do Rinaré: "Quero convidá-lo, com antecedência, para o lançamento de meu livro 'ABC do Ceará', dia 13/11, pela manhã, na Bienal do Livro. Vai ser no auditório Moacir Jurema (Antonio Sales), Centro de Eventos."
DO BLOGUE: Obrigado! Vou divulgar também nas escolas!
DOLORIDA ESPERA...
"A cidade espera muito que a Secretaria de Cultura do Estado comece a funcionar nesses dois últimos anos de seu governo."
(Glória Diógenes, Professora da UFC, num recado a Cid)
O SUJO QUE FALA DO MAL LAVADO!
Os que comemoram a derrota do bloco petista na capital, na maioria das análises do último pleito, reportam-se sempre à arrogância de Luizianne Lins, que existiu e ainda existe. Mas sempre esquecem que, no outro lado, ela está nos armazéns do atacado, no setor de pronta-entrega. Na verdade a mediocridade é gritante! Falta gente nova, falta oxigenação e sobra truculência e ruindade!
BARROS ALVES ENCARNA O LAMPIÃO...
A MORTE
"Abaixo, soneto de Augusto dos Anjos, uma homenagem ao grande artista cearense Bruno Pedrosa, cabra da peste da Lavras da Mangabeira, que pontifica na Itália, entre os maiores nomes da pintura internacional."
A MEU PAI MORTO
Madrugada de treze de janeiro.
Rezo, sonhando, o ofício da agonia.
Meu Pai nessa hora junto a mim morria
Sem um gemido, assim como um cordeiro!
E eu nem lhe ouvi o alento derradeiro!
Quando acordei, cuidei que ele dormia,
E disse à minha Mãe que me dizia:
“Acorda-o”! deixa-o, Mãe, dormir primeiro!
E saí para ver a Natureza!
Em tudo o mesmo abismo de beleza,
Nem uma névoa no estrelado véu…
Mas pareceu-me, entre as estrelas flóreas,
Como Elias, num carro azul de glórias,
Ver a alma de meu Pai subindo ao Céu!
(Texto primeiro da lavra de Barros Alves)
A MEU PAI MORTO
Madrugada de treze de janeiro.
Rezo, sonhando, o ofício da agonia.
Meu Pai nessa hora junto a mim morria
Sem um gemido, assim como um cordeiro!
E eu nem lhe ouvi o alento derradeiro!
Quando acordei, cuidei que ele dormia,
E disse à minha Mãe que me dizia:
“Acorda-o”! deixa-o, Mãe, dormir primeiro!
E saí para ver a Natureza!
Em tudo o mesmo abismo de beleza,
Nem uma névoa no estrelado véu…
Mas pareceu-me, entre as estrelas flóreas,
Como Elias, num carro azul de glórias,
Ver a alma de meu Pai subindo ao Céu!
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