Eu, que morri muitas vezes E cruzei tantos umbrais, Por contas desses revezes, Abri e fechei portais! Eu, que vivi tantas vidas, Entre prédios e currais, Busco as vidas não vividas Nos desertos glaciais. Eu, que guardo cicatrizes De lutas descomunais, Ouço a voz dos infelizes, Amontoados no cais! Eu, que sempre mergulhei Nas plagas celestiais, Em mim mesmo me encontrei E não saio de mim mais!
Num mundo cada vez mais fantasioso, de relações fugazes, sem afeto, sem poesia... e de (mais) melancolia. Não à toa a depressão avança e infelicita meio mundo de gente. Infelizmente!