domingo, 11 de dezembro de 2011

AÇUDAGEM


 

  "'Há um fato interessante e instrutivo que aqui se observa nas crianças: a sua predileção pela açudagem. Quando chove e pelas estradas correm pequenos regatos, elas fazem barragens, pequenos açudes.
  A natureza deu ao cearense o instinto de açudagem, elemento único que o pode salvar, que o pode valer durante as secas.
Rodolfo Teófilo in Scenas e Typos (1919).

'Ao ler o texto 'A Imprevidência do Cearense' no livro Scenas e Typos de Rodolfo Teófilo, no qual este escritor cearense de coração disserta sobre a não previdência do cearense, o não guardar para o amanhã, o não pensar nos anos sem fartura, o tão conhecido adágio 'anos das vacas gordas e das vacas magras'. Enfim, continuando com a leitura, deparei-me com o pensamento acima de Rodolfo Teófilo sobre a água no imaginário coletivo. Sobre a importância deste produto para o nordestino que já sofreu, e algumas localidades ainda sofre, apesar de toda a tecnologia existente. Para nós cearenses a água é muito marcante e isto está no inconsciente coletivo, confirmando assim o pensamento do escritor baiano por nascimento: o instinto de açudagem para o cearense.
Então me veio à memória a cena de um final de semana na praia de Barra Nova, em Cascavel, no meu querido Ceará. Fomos a um passeio em família: eu, marido, duas filhas, genro e neta. Ao olhar aquele mar, com águas limpas, as ondas calmas, e grandes formações de piscinas naturais, corremos a nos banhar. E instintivamente, sentamos eu e meu marido e começamos a fazer barragem, criar uma piscina para a neta. O instinto de açudagem está incorporado em nossas vidas, mesmo morando em cidade desenvolvida. Nossas raízes são profundas, as marcas ficam. Quando nos deparamos com a cena estava toda a família fazendo uma açudagem.
Depois me veio também a cena de quando eu era criança e gostava de correr nas ruas da minha querida Maracanaú ao chover. Tomava banho de chuva, pulava nas poças d’água e fazia minha açudagem. Corria na Rua Antônio de Alencar, de uma ponta a outra, da Paróquia São José ao número 275, a casa do mestre de Linha da RFFSA. A queda d’água de nossa casa não era muito boa, maravilhosa era a da igreja, e eu menina moça, de short e camiseta corria pra lá, tomava tanto banho que voltava pra casa com os dedos engelhados.
A açudagem fica tão marcante em nossa vida que fazemos ações que não percebemos que está muito relacionada com nossas raízes, com nossa história e memórias.
Lembro-me também outra situação, na qual já era aluna universitária, do curso de Letras da UFC, morando em casa de estudante na Travessa Nogueira Acióli, bairro da Piedade, em Fortaleza. Estava eu varrendo nossa residência estudantil, não era pública, um grupo de estudante dividia o aluguel. Enfim, estava eu limpando a casa quando começou a chover. A água batendo no telhado, chuva forte, eu parei de varrer e fui para a área, fiquei olhando a água caindo, descendo a rua, fazendo poças ao lado da calçada, cheiro de terra molhada, cheiro de interior, cheiro da Rua Antônio de Alencar... o portão de grade me separava do mundo que eu queria participar e não apenas ver. Então, não resisti. Joguei vassoura de lado, busquei a chave, cadê a chave? Aff, a chuva passa e eu não saio daqui, cidade grande... prisão. Chave encontrada, cadeado aberto, portão escancarado, liberdade. Fui para a rua, tomar banho de chuva. Os vizinhos olhando, claro, pensando: é doida esta moça. Mas a cena é para se pensar isso mesmo. Eu, de vestido, tomando banho de chuva, pulando na rua, corria para cada queda d’água que tivesse mais força. A cena era hilária, eu cantava, dançava, pulava. Ou para os vizinhos era uma cena de louca, uma jovem, aos vinte anos, universitária, correr na rua, em Fortaleza, tomando banho de chuva, em pleno 1982, realmente é uma doidice.
Obrigada, Rodolfo Teófilo, por me fazer viajar no tempo.
Ah! Uma chuva agora, aos meus quarenta e sete anos, professora e doutoranda. Com certeza, faria uma açudagem."

  Gildênia Moura
  25.08.2010

HISTÓRIA: JUAREZ LEITÃO E O BODE IOIÔ. Na audiência, Lustosa da Costa...

RECADO DADO!

  "Há no resultado do plebiscito no Pará um recado aos políticos. É bom que prestem atenção..."

  (Lúcio Alcântara, ex-governador do Ceará, que deve saber muito bem do que está falando...)

PARÁ: AINDA TERIA UM NÓ!

   "Mesmo que a divisão fosse aprovada, ainda precisaria ser submetida ao crivo do Congresso, por meio de uma lei complementar, conforme rege a Constituição."

  (BLOGUE DO ELIOMAR)

LEI. QUE LEI?

   "Membro da elite paraense ameaçou de agressão o jornalista Lúcio Flávio Pinto, no Dia do Não, pra mostrar que a lei é potoca no Estado."
  (Palmério Dória, jornalista)

NÚMEROS DO PLEBISCITO PARAENSE

   51,36% das urnas apuradas. Tapajós perde por 68,88% a 31,12%. Carajás perde por 69,49% a 30,51%.”
   
  ATUALIZAÇÃO DAS 19: 12 h.: "Paraenses rejeitam divisão. Com 66,52% urnas apuradas: 69,68% disseram não à criação de Carajás; 70,2%% não à criação de Tapajós.” (Twitter)

PAGO PRA VER!

   Hoje, o candidato a prefeito da Loura em Fortaleza seria seu braço-direito, Valdemir Catanho, um homem trabalhador e de bastidores, que tem problemas de identidade ideológica, como a maioria da companheirada, nesses tempos bicudos. Agora, o grande problema é o poder neo-coronelístico do Ceará, aboletado no Palácio da Abolição, engolir um homem de origem negra e, por cima, petista, como candidato da coligação "entre tapas e beijos". Quero ver isso acontecer!

SEGUNDO A TURMA DO TWITTER...

  ... No Pará deve dar "Não"! Que a população se organize e exija respeito e qualidade de vida por lá!

NO NONATO ALBUQUERQUE POETA. ELE É FILHO DE ACOPIARA

Poesia no sábado
Anos passarão
E o mundo nunca guardará
A imagem de um Mozart envelhecido;
Ele nunca foi assim visto.
Poucos saberão
Do rosto verdadeiro do Cristo
Embora pintores tenham o retratado
E o dignificado em gravuras.
Quantas páginas
Beethoven rasgou para finalizar
A sua Quinta, já quase ensurdecido
E sem poder ouvi-la?
Nem as lágrimas
Das viúvas de Valentino lavarão
A saudade dele que ainda é enorme
E nunca acabará.
O mundo é imenso,
Mas o Tempo insiste em brincar
Sempre de esconde-esconde e ocultar
Personagens muitos.
Quem poderá dizer
Com certeza, o que serei eu amanhã
Se a visibilidade do que sou agora
Vier a esvanecer-se hoje...

A PROVA DO CRIME. DESRESPEITO! II

A PROVA DO CRIME. DESRESPEITO!

ESTÁTUAS DE PADRE CÍCERO E MONS. MURILO DE SÁ BARRETO ABANDONADAS EM MARACANAÚ

A FIAÇÃO EXAGERADA NO MIOLO DO DISTRITO INDUSTRIAL DE MARACANAÚ. POLUIÇÃO E MUITA SUJEIRA!

 A fiação poderia ser toda subterrânea. A tecnologia não chegou à Pajuçara!

TENTATIVA DE ANULAÇÃO

   Documentos da Província do Ceará, datados em meados do século 19 (1850/60) "extinguiram" por decreto os índios do Ceará. Os motivos eram os mais escaborosos! A terra, a Canaã dos nativos, era a mais cobiçada... O jornalismo superficial vai renegar a História!? Os nativos (ou seus remanescentes) estão aí até hoje, dando tabefes na teoria de negação!

LI NO BLOGUE COREAUSIARÁ

  "'JORNALISMO FÁCIL!
  Um figurão do jornalismo cearense resolveu falar da escravidão no Estado. E saiu-se com essa: 'Para realizar a abolição da escravatura por aqui, mandaram buscar uns três negros na Bahia!' A aula que o dito-cujo perdeu: houve, sim, escravidão no Ceará. Em menor escala (ainda bem), se comparada a de Minas, Bahia e Pernambuco. Mas houve... Ser jornalista assim é jogo fácil!'
  'Pois bem: Desinformado o tal jornalista, não? Pois bem 2: Até eu jornalista genérico, com diploma escrito a carvão vegetal e impresso em papelão reciclável, graças às benças do Supremo Tribunal, que me deu direito de exercer tal ofício, sei que houve, sim escravidão em terras alencarinas... Pois bem 3: E tem mais: A escravidão pode até ter sido abolida de direito, já de fato, tenho cá minhas dúvidas... Pois bem 4: Está vivinha da silva nas cabeças de alguns coronélicos e seus asseclas. Pois bem 5: Basta ver como minorias desfavorecidas são tratadas e espezinhadas... Pois bem 6: E não estou aqui me referindo a eleitores, não... Estes são em sua maioria a semente e a causa de quem os explora... Pois bem 7: E sim às pequenas minorias que pensam e criticam este sistema... Pois bem 8: Muitas vezes mais perseguidos e caçados que os negros pelo capitão do mato...
  (...)
  Pois bem 13: Estes, sim. Viraram mucamas e mucamos...
  (...)
  Pois bem 50: Só a ZEBRA é a solução.... Tenho dito... E sempre!!!" (MANUEL DE JESUS)

FÓRUM ZONA NORTE

  "A IX edição da Jornada Municipalista acontece nesta segunda-feira (12) na Assembleia Legislativa do Ceará. Desta vez, 25 municípios que celebram a data de sua emancipação em novembro serão homenageados. O encontro será realizado a partir das 9 h, no Plenário 13 de Maio. Serão homenageados os municípios de Abaiara, Aurora, Barro, Boa Viagem, Capistrano, Chaval, Granja, Ibiapina, Itatira, Jaguaribe, Jati, Maranguape, Marco, Meruoca, Mombaça, Monsenhor Tabosa, Moraújo, Nova Russas, Paracuru, Santana do Acaraú, Santana do Cariri, São Benedito, São Gonçalo do Amarante, São Luis do Curu e Trairi. (...)."

CIRCO SEM CULTURA...

   A Prefeitura de Fortaleza alardeia a participação da baiana Ivete Sangalo em seu reveillon. E Fagner, Amelinha, Calé Alencar, Kátia Freitas, Mona Gadelha, Davi Duarte, Fausto Nilo, Belchior, Ednardo, Paulo Façanha, Lupi, Pingo de Fortaleza, Marta Aurélia,... Por que não cantamos nossa aldeia?

A Privataria Tucana do Jornalista Amaury Ribeiro Jr.

    PRIVATARIA TUCANA: LIVRO-DENÚNCIA TRAZ BASTIDORES ESPANTOSOS DE UMA ERA DE ESCÂNDALOS E CORRUPÇÃO.

  "Com 200 páginas e 16 capítulos que jamais deixam cair seu contundente interesse, PRIVATARIA TUCANA é o resultado final de anos de investigações do repórter Amaury Ribeiro Jr. na senda da chamada Era das Privatizações, promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso, por intermédio de seu ministro do Planejamento, ex-governador de São Paulo, José Serra. A expressão 'privataria', cunhada pelo jornalista Elio Gaspari e utilizada por Ribeiro Jr., faz um resumo feliz e engenhoso do que foi a verdadeira pirataria praticada com o dinheiro público em benefício de fortunas privadas, por meio das chamadas 'offshores', empresas de fachada do Caribe, região tradicional e historicamente dominada pela pirataria.
  Essa 'privataria' toda foi descoberta num vasto novelo cujo fio inicial foi puxado pelo repórter quando ele esteve a serviço de uma reportagem investigativa, encomendada pelo jornal 'Estado de Minas', sobre uma rede de espionagem estimulada pelo ex-governador paulista José Serra, para levantar um dossiê contra o ex-governador mineiro Aécio Neves, que estaria tendo romances discretos no Rio de Janeiro. O dossiê teria a finalidade de desacreditar o ex-governador mineiro na disputa interna do PSDB pela indicação ao candidato à Presidência da República, e levou Ribeiro Jr. a uma série de investigações muito mais amplas, envolvendo Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro das campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, o próprio Serra e três de seus parentes: Verônica Serra, sua filha, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marín Preciado. Serra e seu clã são o assunto central do livro, mas as ramificações e consequências sociais e políticas das práticas que eles adotam são vastas e fazem com que o leitor comum fique, no mínimo, estupefato.
  Sem dúvida, o brasileiro padrão, mediano, que paga seus impostos, trabalha dignamente e luta pela vida com dificuldades imensas estará longe de compreender o complexo mundo de aparências e essências, fachadas e bastidores da corrupção política e empresarial, e toda a sofisticação desses crimes públicos que passam por 'lavanderias' no Caribe, e, neste caso, o estilo objetivo e jornalístico de Amaury Ribeiro Jr. é de grande ajuda para que as ações pareçam inteligíveis para qualquer pessoa mais instruída.
  Um dos principais méritos do livro é descrever toda a trajetória que o dinheiro ilícito faz, das 'offshores' a empresas de fachadas no Brasil, e da subsequente 'internação' desse dinheiro nas fortunas pessoais dos envolvidos. Neste ponto, o livro de Ribeiro Jr., embora não tenha nada de fictício, segue a trilha de livros policiais e thrillers sobre corrupção e bastidores da política, já que o leitor pode acompanhar o emaranhado e sentir-se recompensado pelo entendimento. O livro, aliás, tem um início que de cara convida o leitor a uma grande jornada de leitura informativa e empolgante, revelando como Ribeiro Jr., ao fazer uma reportagem sobre o narcotráfico na periferia de Brasília, a serviço do “Correio Braziliense”, sofreu um atentado que quase o matou e, descansando desse atentado, voltou tempos depois a um jornal do mesmo grupo, 'O Estado de Minas', para ser incumbido de investigar a rede de espionagem estimulada por Serra, mencionada no início. É o ponto de partida para tudo.
  O que este PRIVATARIA TUCANA nos traz é uma visão contundente e realista como poucas dos bastidores do Brasil político/empresarial. O desencanto popular com a classe política, nas últimas décadas, acentua-se dia após dia, e um livro como este só faz reforçá-lo. Para isso, oferece todo um manancial de informações e revelações para que o leitor perceba onde foi iludido e onde pode ainda crer na humanidade, pois, se a classe política sai muito mal, respingando lama, dessas páginas, ao menos o jornalismo investigativo, honesto e necessário, prova que os crimes de homens públicos e notórios não ficam para sempre convenientemente obscurecidos. Há quem os desvende. E quem tenha coragem de revelá-los."
  
  A privataria tucana   Autor: Amaury Ribeiro Jr.   Formato: 16 x 23 cm.   Páginas: 344   Categoria: Reportagem-denúncia   Preço: R$ 34,90.

  ORIGEM: http://bloggeracaoeditorial.com

"PROFESSOR, A GENTE NÃO É BICHO, NÃO!"

   "Quem tem um mínimo de sensibilidade e procura fazer Educação um ritmo diferente, naturalmente se comoveria ao ouvir essas palavras de uma jovem aluna da Escola Pública, que sempre estudou na mesma escola e tem por ela um amor, já comprovado por sua participação (nas aulas), pelo prazer de realizar as tarefas de sala e pelo fato de gostar de estudar e (ainda) por ter um comportamento exemplar. Essa afirmação foi feita pela aluna no momento em que discutíamos sobre indisciplina na sala de aula e sobre a possibilidade de saída de Professores da escola onde a jovem estudava, em função de problemas disciplinares ocorridos na Unidade Escolar. (...)."

 (Conforme narrado pelo Prof. Mestre Djacyr de Souza, de Fortaleza)

JORNALISMO FÁCIL!


    Um figurão do jornalismo cearense resolveu falar da escravidão no Estado. E saiu-se com essa: "Para realizar a abolição da escravatura por aqui, mandaram buscar uns três negros na Bahia!" A aula que o dito-cujo perdeu: houve, sim, escravidão no Ceará. Em menor escala (ainda bem), se comparada a de Minas, Bahia e Pernambuco. Mas houve... Ser jornalista assim é jogo fácil!

O PÉSSIMO EXEMPLO DA ACADEMIA!

   "Reitores de 16 universidades federais, em 13 Estados do Brasil, são investigados por fraudes. Tem roubo no meio. De acordo com o Plantão Globo eles desviam dinheiro, empregam parentes e fraudam licitações..."

  (Do Twitter do jornalista Cláudio Teeran)

POR AQUI, UMA MANHÃ PRA FICAR NO EDREDOM