domingo, 28 de agosto de 2011

FRANCISCA CLOTILDE. OBJETO DE ESTUDOS DA PROFA. GILDÊNIA MOURA II

  "Francisca Clotilde nasceu em Tauá, Ceará aos 19 de outubro de 1862. Filha de João Correia Lima e Ana Maria Castelo Branco. Do sertão dos Inhamuns a família se mudou para a Serra do Baturité e de lá, a menina passou a estudar em Fortaleza, capital da Província, no Colégio Imaculada Conceição, de onde saiu apta para o magistério. Ávida por liberdade, engajou-se no Movimento Abolicionista; já então se notabilizava pela vocação poética. Em 1884, por concurso público foi nomeada com o título de professora para a Escola Normal de Fortaleza. Concomitantemente ao trabalho de educadora, colaborou na imprensa em verso e em prosa: Cearense, Gazeta do Norte, Pedro II, O Libertador, A Quinzena, A República, Almanaque do Ceará, no Ceará; também na imprensa de outros estados brasileiros, como por exemplo, Almanaque das Senhoras Alagoanas; O Lyrio, de Recife; A Família, de São Paulo e Rio de Janeiro etc.

   Ao ser demitida da Escola Normal (sua pena incomodava os poderosos), fundou externato próprio que funcionou em Fortaleza, depois em Baturité, de onde continuou colaborando na Imprensa.


   Além de poetisa, foi também contista, cronista, jornalista, dramaturga e romancista. Em 1902 veio a público o romance A Divorciada. Pelo tema, há de se imaginar o abalo na sociedade e o preço que a romancista pagou pela 'ousadia'.


   Em 1908 transferiu-se com a família, o externato e a revista A Estrella para a cidade de Aracati, onde passou 27 anos de sua vida dedicados à educação da Zona Jaguaribana.

   Seus filhos Antonieta, Aristóteles e Angelita seguiram o exemplo da mãe – todos percorreram o árduo caminho de educar.

   Faleceu em Aracati aos 08 de dezembro de 1935. (...)."


  FONTE: http://www.sonetos.com.br/biografia.php?a=74 

FRANCISCA CLOTILDE. OBJETO DE ESTUDOS DA PROFA. GILDÊNIA MOURA

A FOTO HISTÓRICA DE JANGO


Autor: Erno Schneider

FORÇAS OCULTAS CONSPIRAM E...

 ... Tem uma greve cuja base está sendo cavada, por forças ocultas (e devidamente conhecidas), que defendem os interesses do governo, o mesmo que desrespeita, vilipendia, maltrata e engana! Quem quiser que vá nessa! Nós, não!

A falta que o respeito nos faz

  Por Leonardo Boff, em 23/08/11

 "A cultura moderna, desde os seus albores no século XVI, está assentada sobre uma brutal falta de respeito. Primeiro, para com a natureza, tratada como um torturador trata a sua vítima com o propósito de arrancar-lhe todos os segredos (Bacon). Depois, para com as populações originárias da América Latina. Em sua 'Brevíssima Relação da Destruição das Índias'(1562) conta Bartolomé de las Casas, como testemunho ocular, que os espanhóis 'em apenas 48 anos ocuparam uma extensão maior que o comprimento e a largura de toda a Europa, e uma parte da Ásia, roubando e usurpando tudo com crueldade, injustiça e tirania, havendo sido mortas e destruídas vinte milhões de almas de um país que tínhamos visto cheio de gente e de gente tão humana' (Décima Réplica). Em seguida, escravizou milhões de africanos trazidos para as Américas e negociados como 'peças' no mercado e consumidos como carvão na produção.
  Seria longa a ladainha dos desrespeitos de nossa cultura, culminando nos campos de extermínio nazista de milhões de judeus, de ciganos e de outros considerados inferiores.
  Sabemos que uma sociedade só se constrói e dá um salto para relações minimamente humanas quando instaura o respeito de uns para com os outros. O respeito, como o mostrou bem Winnicott, nasce no seio da família, especialmente da figura do pai, responsável pela passagem do mundo do eu para o mundo dos outros que emergem como o primeiro limite a ser respeitado. Um dos critérios de uma cultura é o grau de respeito e de autolimitação que seus membros se impõem e observam. Surge, então, a justa medida, sinônimo de justiça. Rompidos os limites, vigora o desrespeito e a imposição sobre os demais. Respeito supõe reconhecer o outro como outro e seu valor intrínseco seja pessoas ou qualquer outro ser. (...)."

A falta que o respeito nos faz

   "(...) - Parte II

  Dentre as muitas crises atuais, a falta generalizada de respeito é seguramente uma das mais graves. O desrespeito campeia em todas as instâncias da vida individual, familiar, social e internacional. Por esta razão, o pensador búlgaro-francês Tzvetan Todorov em seu recente livro 'O medo dos bárbaros' (Vozes 2010) adverte que se não superarmos o medo e o ressentimento e não assumirmos a responsabilidade coletiva e o respeito universal não teremos como proteger nosso frágil planeta e a vida na Terra já ameaçada.
  O tema do respeito nos remete a Albert Schweitzer (1875-1965), prêmio Nobel da Paz de 1952. Da Alsácia, era um dos mais eminentes teólogos de seu tempo. Seu livro 'A história da pesquisa sobre a vida de Jesus' é um clássico por mostrar que não se pode escrever cientificamente uma biografia de Jesus. Os evangelhos contém história mas não são livros históricos. São teologias que usam fatos históricos e narrativas com o objetivo de mostrar a significação de Jesus para a salvação do mundo. Por isso, sabemos pouco do real Jesus de Nazaré. Schweitzer comprendeu: histórico mesmo é o Sermão da Montanha e importa vivê-lo. Abandonou a cátedra de teologia, deixou de dar concertos de Bach (era um de seus melhores intérpretes) e se inscreveu na faculdade de medicina. Formado, foi a Lambarene no Gabão, na África, para fundar um hospital e servir a hansenianos. E aí trabalhou, dentro das maiores limitações, por todo o resto de sua vida.
  Confessa explicitamente: 'o que precisamos não é enviar para lá missionários que queiram converter os africanos, mas pessoas que se disponham a fazer para os pobres o que deve ser feito, caso o Sermão da Montanha e as palavras de Jesus possuam algum sentido. O que importa mesmo é, tornar-se um simples ser humano que, no espírito de Jesus, faz alguma coisa, por pequena que seja'.
  No meio de seus afazeres de médico, encontrou tempo para escrever. Seu principal livro é: 'Respeito diante da vida' que ele colocou como o eixo articulador de toda ética. 'O bem', diz ele, 'consiste em respeitar, conservar e elevar a vida até o seu máximo valor; o mal, em desrespeitar, destruir e impedir a vida de se desenvolver'. E conclui: 'quando o ser humano aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante; a grande tragédia da vida é o que morre dentro do homem enquanto ele vive'.
  Como é urgente ouvir e viver esta mensagem nos dias sombrios que a humanidade está atravessando."

  O autor, Leonardo Boff, é autor de "Convivência, Respeito, Tolerância”, Vozes 2006.

TRISTEZA NO FUTEBOL

 "Ricardo Gomes sofre AVC hemorrágico e está em estado grave."

  (ESTADÃO)
 

FORÇAÇÃO DE BARRA

 De Tarcísio Pequeno, Professor da UFC
 

TWUITTADAS: OLHAR DE FORA!

  De Emir Sader
 

"Sofre Inusitada Hipertrofia o Executivo Estadual do Ceará.

  "Alimentado por uma ASSEMBLEIA LEGISLATIVA COMPLACENTE, o governo do Ceará pretende criar uma bolha com que livrar Cid Gomes de qualquer assédio que não os dos seus assessores, secretários, convidados e deputados amestrados. Quase um papamóvel. Ou um toque de recolher nos burgos medievais enquanto passava a caravana do rei.

 Mas de que foge Cid Gomes? Teme ouvir de um cidadão de Ipu ou Pindoretama ou Cascavel que a Secretaria das Cidades não lhe construiu o banheiro de casa mesmo se o convênio era de milhões de reais? E que gritassem ao Governador que a 'Casa é asilo inviolável'?

  Parece a Assembleia Legislativa aprovará fácil, fácil mais este projetinho do Governador.

  Viu-se no Caso dos Banheiros que os deputados cearenses são antes assessores especiais do Executivo que Parlamentares fiscalizadores dos atos do Executivo.

  Em 1964, domesticar o Poder Legislativo exigiu a força de baionetas.

  Em 2011, no Ceará, cooptar a Assembleia Legislativa requer apenas uma mensagem do Executivo do Ceará, lida por Antônio Carlos, na tribuna.

  É o mesmo Estado onde uma prefeita toma para o seu benefício particular mais de dezena da Guarda Municipal.

  No Oriente, vão caindo as tiranias; no Ceará, elas dão-se escudos agora."

A herança mal dita de Lula

  Para a mídia da oposição, só existe uma herança deixada por Lula – a herança que ela mesma escreve. E ela, claro, só sabe falar mal.


  Para essa mídia, não existe a herança de opção pelos pobres, que tirou 40 milhões de brasileiros da faixa da pobreza para elevá-los à classe média. Não existe o fortalecimento do mercado interno, cada vez mais invejado (e cobiçado) por outros países. Não existe o maior PIB da história brasileira pós-ditadura. Não existe o presidente que soube enfrentar a “tsunami” financeira mundial, transformando-a em “marolinha”. Não existe o nosso maior líder no cenário internacional, que deu altivez à nossa política externa e deu contribuição consistente para a formação do G-20. Não existe o reequilíbrio das regiões brasileiras, com um novo Norte-Nordeste em condições de oferecer vida digna a seus filhos e podendo até trazer de volta os que, anos antes, tiveram que sair em busca do “Sul maravilha”. Não existe um Centro Oeste explodindo de riqueza, com sua produção rural alimentando meio mundo. Não existe a defesa intransigente do pré-sal nem o engrandecimento da Petrobras. Não existe a grande transformação da nossa educação, começando a se preparar para maiores desafios econômicos e sociais. Não existe a Copa 2014 nem a Rio 2016, que já estão garantindo fluxo intenso de investimentos e dando nova cara à nossa infraestrutura (sugiro um passeio pela Zona Oeste do Rio para ver de perto o que isso começa a significar). Não existe o Bolsa Família, nem o PAC, nem a nova política habitacional, nem uma economia muito bem conduzida, não existem os 8 anos que fizeram o Novo Brasil. A única herança de Lula, para a mídia de oposição, são as alianças que fez, para garantir governabilidade, com partidos tachados como “fisiológicos” – mais uma injustiça, já que Lula herdou essa prática de todos os seus antecessores. Aliás, infelizmente, isso é uma “herança” da própria democracia representativa.

  Apesar de toda a campanha contra, Lula conseguiu eleger Dilma para sucedê-lo. Inicialmente, ela era tratada como marionete, burocrata, politicamente despreparada para o cargo. Ninguém foi capaz de dar valor a seu trabalho na Casa Civil, e pré-anunciavam uma administração fracassada. Espertamente, Dilma tratou de passar a mão na cabeça da classe média mal amada – e deu certo. Deu certo até demais. Tanto que os eternos “revoltosos” estão utilizando o lado “ético” do discurso de Dilma para montar uma armadilha – seja para ela mesma, seja para Lula e todo o PT. O ideal oposicionista seria usar a “faxina ética” para provocar o rompimento entre Dilma e Lula (puro delírio dos desesperados). Como isso é impossível, os lacerdistas de plantão esticam ao máximo o discurso “ético”, procurando tornar Dilma refém desse discurso. Como fizeram, por exemplo, Pedro Simon e Cristovam Buarque, que ao mesmo tempo em que pegavam carona no prestígio de Dilma tentaram colar na sua testa a ética como sua grande bandeira. Já dissemos aqui: ser ético não pode ser bandeira política, porque é obrigação de todo cidadão. Quem usa esse artifício quer imobilizar a política. Em 92, quando o PT, navegando na campanha anti-Collor, inventou o slogan “Honestidade tem Cara”, fui contra. Queriam usar esse conceito para a campanha de Benedita, mas preferi o conceito de “cara do Rio” (“Benedita – Prefeita pro Rio” era o slogan). Essa história de herança maldita deixada por Lula é pura jogada política. E por falar em jogada, há quem ache que a grande herança maldita que Dilma recebeu foi o Mano Menezes na seleção..."
 

MANIFESTAÇÃO CONTRA O BULLYING

   "Cerca de mil pessoas, segundo os organizadores, realizaram neste sábado (27) em Fortaleza uma passeata para chamar atenção para o problema do bullying. O termo, de origem inglesa, refere-se a atos violentos entre crianças e adolescentes. Chamada de 'Quebrando o Silêncio', a manifestação foi realizada em todas as capitais do Brasil e em oito países da América do Sul.
   Em Fortaleza, estudantes, pais e professores percorreram as principais ruas do centro da cidade com faixas e cartazes, pedindo o fim do bullying. (...)." (G1/CE)

A desmoralização social da carreira docente. Um artigo em três tempos!

   Parte I

  Valerio Arcary, é professor do IF/SP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e doutor em História pela USP.


  "Mais valem lágrimas de derrota do que a vergonha de não ter lutado."

  (Sabedoria popular brasileira)


  Qualquer avaliação honesta da situação das redes de ensino público estadual e municipal revela que a educação contemporânea no Brasil, infelizmente, não é satisfatória. Mesmo procurando encarar a situação dramática com a máxima sobriedade, é incontornável verificar que o quadro é desolador. A escolaridade média da população com 15 anos ou mais permanece inferior a oito anos, e é de quatro entre os 20% mais pobres, porém, é superior a dez entre os 20% mais ricos.1
  São muitos, felizmente, os indicadores disponíveis para aferir a realidade educacional. Reconhecer as dificuldades tais como elas são é um primeiro passo para poder ter um diagnóstico aproximativo. A Unesco, por exemplo, realiza uma pesquisa que enfoca as habilidades dominadas pelos alunos de 15 anos, o que corresponde aos oitos anos do ensino fundamental. É verdade que o Brasil em 1980 era um país ainda em estágio cultural que só pode ser qualificado como primitivo que recém completava a transição histórica de uma sociedade rural para a urbanização. Mas, ainda assim, em trinta anos avançamos apenas três anos na escolaridade média.
  Os dados sobre desigualdades sociais em educação mostram, por exemplo, que, enquanto os 20% mais ricos da população estudam em média 10,3 anos, os 20% mais pobres tem média de 4,7 anos, com diferença superior a cinco anos e meio de estudo entre ricos e pobres. Os dados indicam que os avanços têm sido ínfimos. Por exemplo, a média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais de idade se elevou apenas de 7,0 anos em 2005 para 7,1 anos em 2006. Wegrzynovski, Ricardo Ainda vítima das iniqüidades in O Pisa (Programa Internacional de avaliação de Estudantes) é um projeto de avaliação comparada. As informações são oficiais porque são os governos que devem oferecer os dados. A pesquisa considera os países membros da OCDE além da Argentina, Colômbia e Uruguai, entre outros, somando 57 países.

  As razões identificadas para esta crise são variadas. É verdade que problemas complexos têm muitas determinações. Entre os muitos processos que explicam a decadência do ensino público, um dos mais significativos, senão o mais devastador, foi a queda do salário médio docente a partir, sobretudo, dos anos oitenta. Tão grande foi a queda do salário dos professores que, em 2008, como medida de emergência, foi criado um piso nacional. Os professores das escolas públicas passaram a ter a garantia de não ganhar abaixo de R$ 950,00, somados aí o vencimento básico (salário) e as gratificações e vantagens. Se considerarmos como referência o rendimento médio real dos trabalhadores, apurado em dezembro de 2010 o valor foi de R$ 1.515,10. No caso de Ciências, o Brasil teve mais de 40% dos estudantes situados no nível mais baixo de desempenho. Em Matemática, a posição do Brasil foi muito desfavorável, equiparando-se à da Colômbia e sendo melhor apenas que a da Tunísia ou Quirguistão. Em leitura, 40% dos estudantes avaliados no Brasil, assim como na Indonésia, México e Tailândia, mostram níveis de letramento equivalentes aos alunos que se encontram no meio da educação primária nos países da OCDE. Ficamos entre os dez países com pior desempenho. O Brasil adulto é semiletrado, ou seja, pelo menos a metade da população não atribui sentido à palavra escrita.
As razões identificadas para esta crise são variadas. É verdade que problemas complexos têm muitas determinações. Entre os muitos processos que explicam a decadência do ensino público, um dos mais significativos, senão o mais devastador, foi a queda do salário médio docente a partir, sobretudo, dos anos oitenta. Tão grande foi a queda do salário dos professores que, em 2008, como medida de emergência, foi criado um piso nacional. Os professores das escolas públicas passaram a ter a garantia de não ganhar abaixo de R$ 950,00, somados aí o vencimento básico (salário) e as gratificações
e vantagens. (...)."


  FONTE: http://www.ilaese.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=31&catid=1

A desmoralização social da carreira docente. Um artigo em três tempos!

  "(...) - Parte II

  Se considerarmos como referência o rendimento médio real dos trabalhadores, apurado em dezembro de 2010 o valor foi de R$ 1.515,10. 4 Em outras palavras, o piso nacional é inferior ao salário médio das grandes regiões metropolitanas, apesar da exigência de uma escolaridade mínima que precisa ser o dobro da escolaridade média nacional. Nesse marco é possível compreender porque a carreira docente é tão pouco atrativa para os melhores alunos.
  Já o salário médio nacional dos professores iniciantes na carreira com licenciatura plena e jornada de 40 horas semanais, incluindo as gratificações, antes dos descontos, foi R$1.777,66 nas redes estaduais de ensino no início de 2010, segundo o Ministério da Educação. Importante considerar que o ensino primário foi municipalizado e incontáveis prefeituras remuneram muito menos. O melhor salário foi o do Distrito Federal, R$3.227,87. O do Rio Grande do Sul foi o quinto pior, R$1.269,56. Pior que o Rio Grande do Sul estão somente a Paraíba com R$ 1.243,09, o Rio Grande do Norte com R$ 1.157,33, Goiás com R$ 1.084,00, e o lanterninha Pernambuco com R$ 1016,00. A pior média salarial do país corresponde, surpreendentemente, à região sul: R$ 1.477,28. No Nordeste era de R$ 1.560,73. No centro-oeste de R$ 2.235,59. No norte de R$ 2.109,68. No sudeste de R$ 1.697,41.

  A média nacional estabelece o salário docente das redes estaduais em três salários mínimos e meio para contrato de 40 horas. Trinta anos atrás, ainda era possível ingressar na carreira em alguns Estados com salário equivalente a dez salários mínimos. Se fizermos comparações com os salários docentes de países em estágio de desenvolvimento equivalente ao brasileiro as conclusões serão igualmente escandalosas. Quando examinados os salários dos professores do ensino médio, em estudo da Unesco, sobre 31 países, há somente sete que pagam salários mais baixos do que o Brasil, em um total de 38. Não deveria, portanto, surpreender ninguém que os professores se vejam obrigados a cumprir jornadas de trabalho esmagadoras, e que a overdose de trabalho comprometa o ensino e destrua a sua saúde.
  O que é a degradação social de uma categoria? Na história do capitalismo, várias categorias passaram em diferentes momentos por elevação do seu estatuto profissional ou por destruição. Houve uma época no Brasil em que os 'reis' da classe operária eram os ferramenteiros: nada tinha maior dignidade, porque eram aqueles que dominavam plenamente o trabalho no metal, conseguiam manipular as ferramentas mais complexas e consertar as máquinas. Séculos antes, na Europa, foram os marceneiros, os tapeceiros e na maioria das sociedades os mineiros foram bem pagos. Houve períodos históricos na Inglaterra – porque a aristocracia era pomposa - em que os alfaiates foram excepcionalmente bem remunerados. Na França, segundo alguns historiadores, os cozinheiros. Houve fases do capitalismo em que o estatuto do trabalho manual, associada a certas profissões, foi maior ou menor.
  A carreira docente mergulhou nos últimos vinte e cinco anos numa profunda ruína. Há, com razão, um ressentimento social mais do que justo entre os professores. A escola pública entrou em decadência e a profissão foi, economicamente, desmoralizada, e socialmente desqualificada, inclusive, diante dos estudantes. (...)."

  FONTE: http://www.ilaese.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=31&catid=1

A desmoralização social da carreira docente. Um artigo em três tempos!

   "(...) - PARTE III

  Os professores foram desqualificados diante da sociedade. O sindicalismo dos professores, uma das categorias mais organizadas e combativas, foi construído como resistência a essa destruição das condições materiais de vida. Reduzidos às condições de penúria, os professores se sentem vexados. Este processo foi uma das expressões da crise crônica do capitalismo. Depois do esgotamento da ditadura, simultaneamente à construção do regime democrático liberal, o capitalismo brasileiro parou de crescer, mergulhou numa longa estagnação. O Estado passou a ser, em primeiríssimo lugar, um instrumento para a acumulação de capital rentista. Isso significa que os serviços públicos foram completamente desqualificados.

   Dentro dos serviços públicos, contudo, há diferenças de grau. As proporções têm importância: a segurança pública está ameaçada e a justiça continua muito lenta e inacessível, mas o Estado não deixou de construir mais e mais presídios, nem os salários do judiciário se desvalorizaram como os da educação; a saúde pública está em crise, mas isso não impediu que programas importantes, e relativamente caros, como variadas campanhas de vacinação, ou até a distribuição do coquetel para os soropositivos de HIV, fossem preservados. Entre todos os serviços, o mais vulnerável foi a educação, porque a sua privatização foi devastadora. Isso levou os professores a procurarem mecanismos de luta individual e coletiva para sobreviverem.

Há formas mais organizadas de resistência, como as greves, e formas mais atomizadas, como a abstenção ao trabalho. Não é um exagero dizer que o movimento sindical dos professores ensaiou quase todos os tipos de greves possíveis. Greves com e sem reposição de aulas. Greves de um dia e greves de duas, dez, quatorze, até vinte semanas. Greves com ocupação de prédios públicos. Greves com marchas.

Conhecemos, também, muitas e variadas formas de resistência individual: a migração das capitais dos Estados para o interior onde a vida é mais barata; os cursos de administração escolar para concursos de diretor e supervisor; transferências para outras funções, como cargos em delegacias de ensino e bibliotecas. E, também, a ausência. Tivemos taxas de absenteísmo, de falta ao trabalho, em alguns anos, inverossímeis.

  Não obstante as desmoralizações individuais, o mais impressionante, se considerarmos futuro da educação brasileira, é valente resistência dos professores com suas lutas coletivas. Foram e permanecem uma inspiração para o povo brasileiro."

  FONTE: http://www.ilaese.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=31&catid=1

NEOLIBERALISMO RENITENTE!

  Um leitor do Eliomar de Lima prega a avaliação e o "sistema de mérito", para Professores. Ideia fabril e neoliberal, que teima em não ir embora, já que foi importada pelo tucanato. O Professor é avaliado todos os dias, em sua prática diária! E avaliação é um processo, é algo cotidiano. No final de cada ano, o resultado de cada sala de aula é uma avalição para o Professor, que já faz isso consigo mesmo, diariamente! Agora querer transformar isso em caça às bruxas... Sem contar que o Professor já passou pela maior das provas: o concurso público!

PAOLA OLIVEIRA É UMA LINDA PROFESSORINHA...



  Baseado na Obra de Ziraldo:

 "UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA, O FILME - Trailer Oficial" (Youtube)

NUNCA ESQUEÇA: ELA EXISTIU! II. "Diário de Uma Busca" - Trailer Oficial/ 2011

NUNCA ESQUEÇA: ELA EXISTIU!

  "Outubro, 1984. Celso Castro, jornalista com uma longa história de militância de esquerda, é encontrado morto no apartamento de um ex-oficial nazista, onde entrou a força. A polícia sustenta que se trata de um suicídio. O episódio, digno de um filme de suspense, é o ponto de partida de Flavia, filha de Celso e diretora do filme que decide reconstruir a história da vida e da morte do homem singular que foi o seu pai.
   É uma viagem no tempo e na geografia: a diretora volta a Porto Alegre, Santiago, Buenos Aires, Caracas e Paris, cenários do exílio familiar, da ilusão e do fracasso de um projeto político. O resultado é um documentário poderoso e comovente que combina magistralmente a intriga policial, os testemunhos de familiares e companheiros e o relato na primeira pessoa de uma infância vivida entre o exílio e a luta armada.
   As vozes imbricadas de Celso (de suas cartas) e de sua filha constroem um retrato íntimo de uma relação marcada pela história e pela ausência."



 Divulgação: Vilemar F. Costa, do Grupo Escritores Associados, que se "encontra" pelo Yahoo e do qual fazemos parte). 

FIM DAS GREVES

  O fim das greves não é algo inatingível. Um bom estudo e uma respeitosa escala de reajustes anuais, de mãos dadas com uma alinhada atenção e manutenção das carreiras (PCCs), diminuiria ou talvez até acabariam com os movimentos paredistas. Em resumo: falta respeito ao servidor, falta preparação dos donos do poder e prevalece o desrespeito às pessoas, a suas famílias e a sua qualidade de vida! E quem está sendo golpeado? O serviço público (essencial)!

CRETINICE!

  Frei Betto é apresentado pelo imprensão, como "o amigo de Lula e Fidel". E o que ele faz e pensa não interessa? Interessa apenas o patrulhamento ideológico? E as madres dos partidos chegados, são imaculadas?

AIRTON DE FARIAS CONVIDA!

  ATENÇÃO, PROFESSORES! - AMANHÃ, Assembleia no GINÁSIO AÉCIO DE BORBA, 15h. Todos presentes p/ decidir os rumos da greve!"

NOSSA OPOSIÇÃO

  Sei que a oposição à Dilma inexiste, mas o pessoal poderia pelo menos teatralizar alguma coisa! Dá pena ver a revista Veja chamando e a negrada fazendo ouvido de mercador! Pô!

RESUMO DE NOTÍCIAS

   28 de agosto de 2011

  O Globo


 "Manchete: Falta de cadastro permite até 27 identidades por habitante.
  Sem dados integrados, Brasil não sabe sequer quantos são foragidos da Justiça.

   Quem sofre com a violência nas ruas não imagina, mas um dos maiores entraves da política de segurança no Brasil é a informação -, ou melhor, a falta dela. O país não tem hoje um banco de dados confiável e nacionalmente integrado, com registros sobre criminosos e seus crimes. Não sabe quantas pessoas estão foragidas da Justiça e quantas estão desaparecidas. Não tem nem mesmo um cadastro nacional de informações digitais, e essa falha permite que um cidadão faça uma carteira de identidade em cada um dos 27 estados brasileiros. O mapa de ocorrências criminais do Ministério da Justiça, usado para planejar políticas públicas, tem por base dados de três anos atrás. O resultado desse apagão de informações é que apenas entre 7% e 8% dos homicídios são esclarecidos. (Págs. 1, 3 e 4).


  Do sonho americano à luta líbia.
  Formado em sociologia e psicologia, jovem de 22 anos é um dos que esperam um novo país.(Pág. 1).


  ‘Maior vingança é ver Kadafi se esconder’
  O poeta líbio Giuma Bukleb, preso por dez anos apenas porque participaria de um festival literário proibido, diz a Fernando Duarte que 'é hora de olhar para a frente'. (Págs. 1 e 43).


  Agora, até açougue dá empréstimo.

Com a explosão do crédito, o número de lotéricas, correios, açougues e supermercados que fazem operações de bancos cresceu 64% em cinco anos, para 151 mil. Eles já dão metade dos empréstimos: R$ 394 bilhões. (Págs. 1 e 35).


  Propina no Turismo era de até 60%.
  Nos bastidores do escândalo no Ministério do Turismo, empresários, ex-funcionários de ONGs e da pasta contam detalhes do esquema de corrupção. Segundo eles, a propina cobrada para liberar verba da pasta chegava a 60% - a taxa mais alta de Brasília. (Págs. 1 e 9).


  De jatinho, pelo lado cinzento da ética.
  Caronas em jatinhos particulares e doações de empresas a políticos são alguns dos temas em que legalidade e promiscuidade estão próximas. (Págs. 1, 10 e 11).


  Frei Betto

  Após 40 anos de militância político-religiosa, um romance histórico é a 54ª obra do frade amigo de Lula e Fidel. (Págs. 1 e 14).

  
Folha de S. Paulo


  Manchete: Embaixada do Brasil nos EUA foi grampeada.

  Telegramas que estavam sob sigilo mostram também a violação de malas diplomáticas.

   Papéis mantidos em sigilo por dez anos pelo Itamaraty, obtidos pela Folha, revelam que telefones da Embaixada do Brasil foram grampeados em 2001, antes de visita de FHC a Bush.
   Os telegramas narram violações em alfândegas de malas diplomáticas do Consulado em Miami e da Embaixada em Havana.
   Entre 1992 e 1993, lacres metálicos foram rompidos e as autoridades alfandegárias tentaram submeter as malas a análises de raios X.
   O Brasil exigiu apuração, mas não obteve resposta.
A divulgação dessas mensagens faz parte da nova etapa do projeto 'Folha Transparência' (transparencia.folha.com.br), que visa dar publicidade a documentos públicos que não têm acesso livre. (Págs. 1 e A22)

  Economia do Nordeste cresce mais do que a média nacional. 

  Impulsionada por investimentos federais e de empresas privadas, a economia do Nordeste cresce em ritmo acelerado, descolada do resto do país e sem sentir os efeitos das medidas para esfriar a atividade econômica e combater a inflação.
   Segundo o Banco Central, o país cresceu 1,1% no primeiro trimestre e 0,7% no segundo, enquanto o Nordeste avançou 1,6% nos dois períodos. (Págs. 1 e A4)


  Vinicius Torres Freire.

  Tucanos querem privatização ampla, geral e irrestrita. (Págs. 1 e B4)


 Editoriais.
  Leia 'Tempo perdido', sobre pesquisa que revela desigualdade entre escolas públicas e privadas, e 'Inovação ameaçada', acerca do etanol. (Págs. 1 e A2)

 
O Estado de S. Paulo

  Manchete: Rebeldes avançam para tomar cidade natal de Kadafi.
  Depois de consolidar o domínio sobre Trípoli, insurgentes líbios atacam Sirte, reduto do ditador

  As forças rebeldes declararam ontem ter assumido o controle total sobre Trípoli, depois de rechaçar as tropas de Muamar Kadafi no sul da capital. Agora, os insurgentes se concentram na caçada a Kadafi e na tomada de Sirte, cidade natal e reduto do ditador, principal base de operações das forças leais a Kadafi. Ontem, o Estado testemunhou novos indícios de massacres e crimes de guerra. Corpos de mais de 150 dissidentes do regime líbio, a maioria carbonizados, foram achados na periferia de Trípoli. (Págs. 1, A18 a A21)

  Esportes: Blatter quer abertura da Copa no Maracanã.
  Para o presidente da Fifa, Joseph Blatter, 'o futebol brasileiro é o Rio', o que faz a cidade ser o local mais atraente para abrir a Copa de 2014. Em entrevista exclusiva ao correspondente Jamil Chade, Blatter disse que brigas políticas podem atrapalhar a organização do mundial. E afirmou: 'Era mais fácil para a CBF trabalhar com Lula do que é com Dilma'. (Págs. 1 e E5).

 PT discute meios de captar mais recursos
Seis anos depois do mensalão, que alvejou o governo Lula e dizimou a cúpula do PT, os petistas tentam encontrar um modelo próprio de sustentação financeira. A questão será discutida na reforma do estatuto do partido, durante o congresso da legenda, em setembro.
Uma proposta estabelece uma taxa semestral para filiados sem cargo. Mas divergências na corrente majoritária do PT ameaçam deixar tudo como está. (Págs. 1 e A4).



  Oposição não reage.
  A concentração de denúncias colocou a corrupção na ordem do dia, mas a oposição, que teve 44 milhões de votos em 2010, não aparece. 'Os eleitores oposicionistas estão órfãos', diz o historiador Marco Antonio Villa. (Págs. 1 e A8).


  Projeto quer tirar da União terrenos à beira-mar
Propostas em tramitação no Senado transferem a propriedade de terrenos litorâneos do governo federal para Estados e municípios. Com isso, moradores do litoral têm chance de serem donos das propriedades e se livrar da briga judicial para pagar menos taxas. (Págs. 1 e C7).


  País ganhará mais nove montadoras
  Nove montadoras vão construir fábricas no Brasil, um dos países preferidos para investimentos do setor automotivo. O aporte será de quase US$ 5 bilhões até 2014. (Págs. 1 e B1).


  Tutty Vasques: Carona de jatinho.
  Basta desembarcar com mandato em Brasília para já não lembrar direito como chegou lá. Na Roma Antiga, salvo engano, a turma chegava de biga. (Págs. 1 e J2).


  Notas & Informações: Uma lei que deu certo.
  Os resultados da Lei de Recuperação de Empresas surpreendem até seus defensores. (Págs. 1 e A3).

Subsídios à economia valem 8 Bolsas-Família (Págs. 1 e B5). (...)."

MÚSICA DE QUALIDADE

 Até 12 horas tem o programa "Brasileirinho", na Universitária FM com . Choro e música de qualidade!

DESRESPEITO!

  "O prefeito de Maracanaú mostra mais uma vez o seu desrespeito pela Educação, educandos e educadores, fazendo a 'inclusão' a toque de caixa. Fechou uma escola que funcionava há mais de 20 anos, transferiu todos os alunos para o ensino regular, sem nenhuma preparação dos Professores e sem assegurar estrutura nas escolas. Os pais se revoltaram e fizeram uma manifestação. Eles foram recebidos pelo vice-prefeito, Firmo Camurça, mas não houve acordo. Estamos acompanhando e prestando nossa solidariedade a todos." 


  (VILANI SOUSA, do Sindicato dos Professores Municipais)

 DO BLOGUE: Se acalme, dona Vilani, eles não respeitam nem os considerados "normais". Tem muito brutamonte cuidando de coisa que exige sonho, utopia, sensibilidade e poesia. Fazer o quê? 

O ENSINO COXO

  Não me anima ver municípios do interior destacando-se na Educação, num Estado que menospreza o setor e seus trabalhadores! As tais estatísticas, quando deveriam mostrar avanços, demonstram a falência do setor, que premia as melhores, dentre as piores! A "força do interior" seria aplaudida de pé, se não deixasse escarada a desídia do poder central e o abandono da Educação, também, na metrópole. Triste constatação!  

UMA CAMPANHA TOMA DE CONTA DO PAIS! VOCÊ A APÓIA?

DE QUEM SÃO AS CALÇADAS?

 Em todo canto é do mesmo jeito: as calçadas, que deveriam estar à disposição dos passantes, dos transeuntes, estão ocupadas pelas cadeiras do bar do bacana, pela banquinha do folgado, pelas mesadas do chegado. As prefeituras fazem vistas grossas e o tempo vai passando! Crianças e idosos são obrigados a descer as rampas, para seguir en frente! As donas prefeituras precisam se ocupar mais da "ocupação do espaço urbano". Isso é respeito à população, que passa por uma boa aula de Geografia.

CEARENSES DE VALOR

 
  "O cearense Fernando Catatau, líder da banda Cidadão Instigado, é guitarrista, compositor, cantor e produtor. Em seu currículo, parcerias com Otto, Vanessa da Mata, Arnaldo Antunes e Zeca Baleiro. 'Só toco com quem acho massa', ressalta.
   Você pode até não notar, mas em encartes de afamados intérpretes nacionais, como Chico Buarque, Arnaldo Antunes ou Maria Bethânia, alguns nomes se repetem frequentemente nas fichas técnicas. Estão ali, com trabalhos de guitarra, de baixo ou bateria; compondo uma música, um arranjo ou mesmo produzindo o álbum. O Caderno 3 desse domingo visita a vida e a carreira de alguns dos cearenses que se destacaram no cenário
nacional através de parcerias. Que domaram a selva de pedra chamada Sampa ou o calor do mercado carioca e transformaram seus nomes em certificados de qualidade." (DN)

O QUE É ISSO?

   Quando eu pensei que sabia alguma coisa de sindicalismo, eis que descubro: pouco ou nada sei! Estou vendo de tudo! O "sindicalismo" está moderno! Pois sim!

DUAS EM UMA

1. Revelações: preconceito, misoginia, xenofobia, ódio... e vem mais por aí. Nessas eleições, esgoto vai ser fichinha!; 2. Como já falei aqu...