26 de jul. de 2021

METRÔ DE FORTALEZA, NO BAIRRO VILA MANOEL SÁTIRO (RUMO AO CENTRO)

 

AINDA BEM!

 O padre Lino Allegri voltou, ontem de manhã, a sua Igreja da Paz (Meireles), para sua costumeira missa. Ele está sendo vítima de perseguição, por parte de politiqueiros desocupados, da horda Bozó!

Imagem do religioso:



SEGUNDA DOSE, NO CAPRICHO!

















Astrazeneca/Fiocruz - 2a. dose - devidamente tomada, agradeço a Deus, ao SUS e ao pessoal da saúde. Vida que segue. Desejo o mesmo para todos os brasileiros.

A GROSSO MODO...

 As cidades são ocas de saberes, porque as cabeças que as conduzem também são; falta a famigerada "vontade política" pra realizar, construir, edificar... "Vontade Política", essa insuportável "senhora" que nunca foi vista, nem se sabe onde mora...; em resumo, as cidades são feitas de silêncios. No atacado!

SOBRE A FALSA POLÊMICA BORBANARO/BORBACHATO

"Nenhum monumento é neutro ou por acaso.

Monumentos expressam relações de poder em determinada época, de modo como uma sociedade constrói seu passado, enxerga o presente e deseja ser vista no futuro.

Erguer a estátua  do tal Borba Gato significa eternizar em bronze uma visão sobre o presente e o passado.

Para além da concepção historiográfica que exaltava os bandeirantes (hoje repudiada), a estátua adequa-se ao mito que uma elite paulista endossa, do paulista desbravador (hoje, diriam, 'empreendedor'), de uma terra paulista que alargou as fronteiras do Brasil. Um São Paulo que conduz o resto do Brasil, tal um trem e seus vagões vazios.

Vários documentos mostram que os tais bandeirantes eram gente da pior espécie. Assassinavam, escravizavam, roubavam. Eram temidos não apenas por indígenas e negros fugitivos, mas pelos demais colonizadores.

Gente barra pesada, longe da idealização da historiografia.

Os espaços públicos são locais de disputas.

Derrubar uma estátua também é História e mostra como determinados setores da sociedade questionam, no presente, concepções do passado e suas representações.

Está justificando a derrubada das estátuas?

Confesso que não tenho opinião formada e estou apenas trazendo algumas ideias soltas, que possam ajudar no debate. Ou podem confundir ainda mais. Sei lá.

Muitos defendem que queimar estátuas não vai fazer mudar as concepções dominantes ou tradicionais de história. Que são bens públicos, patrimônios que, ainda que com uma função de heroicização, podem, se bem usados, apontar outras abordagens historiográficas. 

Mas até que ponto a estátua, por si, apenas, em um espaço público, não ajuda a normalizar uma história de opressão e violência contra indígenas e negros?

Onde estão os monumentos dos perdedores?

Onde estão os museus e os monumentos dos outros, daqueles que estão na chamada História vista de baixo?

Ironicamente, talvez, manter os restos da estátua queimada, em praça pública, ajude bem mais acerca das reflexões sobre contradições e violência de nosso passado que a restaurar. 

E claro, há as questões políticas do hoje, de um governo negacionista, que tem nas  ciências, em particular no ensino da História, um de seus alvos.

E que deseja pretextos para repressão e fundamentos para a reeleição ano que vem.

Não por acaso, os ataques que vem sendo feitos aos professores e historiadores após a queima da estátua.

'Terroristas, vândalos e baderneiros'. 

Mais do que explicar o passado, a história atende ao presente.'"

Airton de Farias, prof., escritor e historiador
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