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23 de mai. de 2017
ANALFA
O sujeito aqui na paralela chamando Ricardo Boechat de "comunista dos infernos". Será que é tão vergonhoso estudar?
EH, BRASIL!
Do Greenpeace Brasil: "Em votação relâmpago, Senado aprova MPs 756 e 758, permitindo aumentar a destruição da Amazônia. Mais um absurdo ruralista!"
JÁ VAI TARDE!
Reinaldo Azevedo da Veja foi gravado em conversa com Andréa Neves e pediu demissão da revista e da Rádio Jovem Pan. Pra golpista todo castigo é pouco!
NA MOSCA!
"Os sindicatos hoje estão nas mãos de burocratas, com sinecuras e salários que, julgo, altíssimos!"
Mino Carta
Mino Carta
CRACOLÂNDIA
Em Sampa Doria quer praticar seu higienismo social. Com atitudes intempestivas e fascistas. Problema antigo se resolve com calma, diálogo, sabedoria...
O PAÍS LOBATO
Socorro Acioli, no O Povo de hoje
Foto: Grupo Companhia das Letras
Foto: Grupo Companhia das Letras
"Na dúvida, recorra ao mestre. É o que faço sempre. Nos momentos de incerteza, decisões a tomar, pergunto a quem entende do assunto, por experiência ou estudo. Foi assim quando comecei a escrever literatura infantil. Achei que era algo sério demais para tentar às cegas e decidi fazer um mestrado sobre o tema. O projeto de pesquisa era uma análise aprofundada sobre a obra de Monteiro Lobato e seu projeto de formação de leitores, sua maravilhosa enciclopédia literária. Percorri todos os livros da obra infantil lobatiana procurando os modos de ler, as leituras que despertavam a aventura, o envolvimento dos leitores ficcionais com as obras, a presença dos clássicos. É no mínimo impressionante o que esse gênio conseguiu fazer em vinte e quatro anos dedicado à escrita para crianças.
Lobato acreditava no poder da leitura como formadora de mentalidades. Partia da própria experiência de leitor, de suas memórias de leitura para analisar as suas escolhas e tornar-se mais consciente do seu trabalho.
Dentre todas as atitudes pioneiras de Monteiro Lobato em diversos setores de sua atuação, a mais inovadora foi inserir a imaginação nas histórias para crianças. Parece paradoxal: a infância é o tempo do imaginar, mas quem lida com meninas e meninos muitas vezes esquece disso.
Lobato nunca esqueceu a leitura de Robinson Crusoé. Isso significava, para ele, que os livros da infância deveriam ser bons o suficiente para merecerem a presença na memória de um leitor por toda a sua vida, como formadores de consciência, sobretudo.
Se um autor de literatura infantil enxerga de forma clara as memórias da sua infância, se durante o processo de criação ele evoca a criança que foi, certamente conseguirá emprestar à sua escrita uma voz infantil sincera, facilmente reconhecida por seus leitores em formação.
Para Antonio Candido 'O nosso amor pelos contos infantis, depois de adultos, é uma espécie de procura (...) duma posição inefável de simplicidade, em que as alegrias mais simples não fossem desperdiçadas pelo mal de pensar e de viver. Uma saudade não se sabe bem de que, procurada em vão.'
As preocupações de Lobato não ficaram restritas aos conteúdos transmitidos, mas sim a uma postura do leitor frente aos textos. Como seria essa forma ideal de leitura? E como Lobato resolveu o problema de ensinar às crianças como se deve ler? As práticas de leitura de Lobato certamente foram para ele o parâmetro do que seria uma forma ideal de ler: vivenciando os textos.
Ele permitia que os textos modificassem sua vida e consciência. As leituras não estavam presentes somente na escritura de Lobato, como uma influência por vezes identificável. Ele praticava o exercício de dialogar sobre os textos lidos, através das cartas com amigos e outros escritores, convertendo leitura em escrita, como um caminho natural.
Se todo autor deve ser um grande leitor, antes de tudo, no caso da criação de livros infantis a exigência deve ser redobrada. Além disso, quem pretende escrever para crianças precisa estar certo de que ainda lembra da própria infância e se ainda tem o dom de imaginar. Já existem muitos livros chatos no mundo.
Cada vez mais, as crianças precisam de livros para sonhar e despertar novos caminhos. Isso é só um pouco do que Lobato ensinou. Sua frase 'Um país se faz com homens e livros' foi copiada, pintada nos muros, repetida, decorada, mas ainda não aconteceu. A esperança está na infância."
Lobato acreditava no poder da leitura como formadora de mentalidades. Partia da própria experiência de leitor, de suas memórias de leitura para analisar as suas escolhas e tornar-se mais consciente do seu trabalho.
Dentre todas as atitudes pioneiras de Monteiro Lobato em diversos setores de sua atuação, a mais inovadora foi inserir a imaginação nas histórias para crianças. Parece paradoxal: a infância é o tempo do imaginar, mas quem lida com meninas e meninos muitas vezes esquece disso.
Lobato nunca esqueceu a leitura de Robinson Crusoé. Isso significava, para ele, que os livros da infância deveriam ser bons o suficiente para merecerem a presença na memória de um leitor por toda a sua vida, como formadores de consciência, sobretudo.
Se um autor de literatura infantil enxerga de forma clara as memórias da sua infância, se durante o processo de criação ele evoca a criança que foi, certamente conseguirá emprestar à sua escrita uma voz infantil sincera, facilmente reconhecida por seus leitores em formação.
Para Antonio Candido 'O nosso amor pelos contos infantis, depois de adultos, é uma espécie de procura (...) duma posição inefável de simplicidade, em que as alegrias mais simples não fossem desperdiçadas pelo mal de pensar e de viver. Uma saudade não se sabe bem de que, procurada em vão.'
As preocupações de Lobato não ficaram restritas aos conteúdos transmitidos, mas sim a uma postura do leitor frente aos textos. Como seria essa forma ideal de leitura? E como Lobato resolveu o problema de ensinar às crianças como se deve ler? As práticas de leitura de Lobato certamente foram para ele o parâmetro do que seria uma forma ideal de ler: vivenciando os textos.
Ele permitia que os textos modificassem sua vida e consciência. As leituras não estavam presentes somente na escritura de Lobato, como uma influência por vezes identificável. Ele praticava o exercício de dialogar sobre os textos lidos, através das cartas com amigos e outros escritores, convertendo leitura em escrita, como um caminho natural.
Se todo autor deve ser um grande leitor, antes de tudo, no caso da criação de livros infantis a exigência deve ser redobrada. Além disso, quem pretende escrever para crianças precisa estar certo de que ainda lembra da própria infância e se ainda tem o dom de imaginar. Já existem muitos livros chatos no mundo.
Cada vez mais, as crianças precisam de livros para sonhar e despertar novos caminhos. Isso é só um pouco do que Lobato ensinou. Sua frase 'Um país se faz com homens e livros' foi copiada, pintada nos muros, repetida, decorada, mas ainda não aconteceu. A esperança está na infância."
PLEITOS VICIADOS NO CEARÁ
Inclusive o de Roberto Cláudio. Na época falou-se muito em derramamento de dinheiro!
ENSANDECIDO
O endiabrado Estado Islâmico fala em "vingança da religião de Deus", pra justificar o ato terrorista ocorrido no Reino Unido. Que horror!
PARECE DESESPERO!
A FM Jangadeiro tomou o primeiro lugar!
Engraçado. Qualidade não é preocupação.
Imagem: FM 93
Engraçado. Qualidade não é preocupação.
Imagem: FM 93
CRÍTICA GEOGRÁFICA
Dentre as críticas mais ácidas direcionadas aos irmãos Batista (da JBS, cevados pelo generoso Estado) está a de que são "caipiras". Esse povo que atira palavreado pra todo lado desconhece a força do agronegócio e do latifúndio no Congresso? Num País em que todo mundo é palpiteiro político... Vale tudo!
JÁ DE HOJE
"Rocha Loures entrega mala com R$ 500 mil na sede da PF em São Paulo" Folha de SP
"Lava Jato: PF prende ex-governadores Agnelo Queiroz, José Roberto Arruda e operador de Temer" O Povo
"Áudio sugere que Aécio tinha as chaves de aeroporto em MG" Estadão
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