segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ESPECIALISTAS COBRAM POLÍTICAS DIRECIONADAS À JUVENTUDE!

  "Apreensões e assassinatos de jovens crescem no Ceará. Em um ano, a apreensão de adolescentes de 12 a 17 anos no Ceará aumentou 52,96%. Saltou de 3.557 registros em 2011 para 5.441 no ano passado, segundo estudo da Secretaria Estadual da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) feito por solicitação formal do O POVO.
  Detenções com reflexo direto no inchaço dos atos infracionais cometidos por eles. Os apreendidos acusados de estupro de vulnerável, por exemplo, cresceram 1.300% de um ano pro outro. Os que roubaram veículos, 102%. Os que mataram alguém, 89%. A única modalidade que recuou foi o roubo com restrição de liberdade da vítima. Caiu 8%. Mas os adolescentes também são vítimas da violência. E quase na mesma variação proporcional de percentagem em quem são autores dos crimes. Em 2011, foram 284 assassinatos de quem tinha entre 12 e 17 anos no Ceará. No ano seguinte, 437. Um pulo de 53,87% nos homicídios dolosos.
  Para a coordenadora do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca/Ceará), Nádja Furtado, a desigualdade social e a fragilidade da política de segurança pública levam ao recrudescimento da violência, seja ela praticada por jovens ou adultos. No tocante aos mais novos, entretanto, ela argumenta: 'a falta de perspectiva é determinante para se cometer um ato (infracional). O adolescente não enxerga na escola um instrumento de mudança porque ela, muitas vezes, não oferece isso. Ele busca essa perspectiva noutras linguagens. Vai para a arte, a dança...'.
  A advogada defende reforço na política assistencial à família do jovem infrator, muitas vezes também fragilizada ou exposta ao perigo, e a garantia de aceso a serviços básicos (e constitucionais) para o adolescente não ser apreendido.  'A gente não acredita que a política certa é a de ocupar o tempo dele. Deve haver uma política de afirmação de direitos. Ele precisa de educação, saúde,...'.
  'Parece-me que existe um esforço em prender e criminalizar os jovens, como se eles fossem o grande problema. Mas não vejo esforço de investigação pesada e criminalizar as grandes redes de tráfico de drogas e armas do Ceará', acrescenta a assistente social e pesquisadora do Laboratório das Juventudes (Lajus/UFC), Mara Carneiro.
  O POVO procurou o secretário da segurança, Francisco Bezerra, para uma análise do cenário da violência no âmbito da juventude. O POVO foi informado pela assessoria da SSPDS de que ele não se pronunciaria. A assessoria sugeriu à reportagem que procurasse a titular da DCA, delegada Iolanda Fonseca.
   O POVO também não conseguiu falar com ela até o fechamento da matéria."

  JORNAL O POVO, 25/03/2013.

   "Realmente é um quadro preocupante! Com isso constatamos a urgência, necessidade e importância de se priorizar e investir na Proteção Social Básica, sem esquecer, logicamente, da Primeira Infância.
    A família, mais do que nunca tem que ser trabalhada, para que seja fortalecida nas suas competências. A Educação, tem que ser restaurada, iniciando na família.
  As gestões tem que ser comprometidas, transparentes, preocupadas com estas questões.
A sociedade civil e conselhos, também tem um papel primordial, para que todos em conjunto encontrem soluções.
  Cada um deve desempenhar seu papel com ética, compromisso e desejo de transformar uma realidade cruel gerada, criada, em virtude de todo um contexto desigual, injusto, excludente, enfim."

   (Sandra Luna)  

METROSSÓ!

   Os equipamentos do caro metrô de Fortaleza continuam sendo apedrejados e, claro, quebrados. Uma boa campanha nas escolas, igrejas, entidades outras e residências da região beneficiada não vai ocorrer. A blingadem de janelas vai resolver? Não! A vaca será coberta com um toldo. Mas os carrapatos continuarão em todo o seu corpo!

UMA ABERRAÇÃO OFICIAL!

  O calendário escolar "draconiano" de Fortaleza continua gerando debate e espanto por aqui. Até programas federais o (aligeirado) acordão fere! Neófitos, acordai!

DUAS EM UMA

1. Revelações: preconceito, misoginia, xenofobia, ódio... e vem mais por aí. Nessas eleições, esgoto vai ser fichinha!; 2. Como já falei aqu...