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7 de mar. de 2012
MULHER: A SENHORA SILÊNCIO
Como eu queria abraçar amanhã uma cidadã que conheci no interior. Essa fortaleza com quem tive o prazer de conviver perdeu quatro filhos e o marido. O rapaz foi o último dos filhos a morrer. De tétano. As moças, já refeitas, de um mal desconhecido até hoje. O marido, quando se foi, lhe deixou abatida, como todos os outros, claro! Foram muitas dores! No atacado! Mas ela se sustentou no corpo raquítico de quarenta e poucos quilos... Uma marca registrada sua era o silêncio. Profundo! Como ela tinha uma ideia exata do tempo pra agir! Até pra sorrir, o fazia comedidamente. Era incapaz de ferir alguém. Sempre morou no mato, na zona rural onde, dizem, moram os cascas grossas, rudes e corudos. Mas ela era afável, carinhosa, sorriso leve, maneiro. Só dizia palavras doces... Uma professora desletrata (sem livros e enciclopédias). Mas sábia. Passada na casca do alho. Sabia guardar a dor até dos filhos e parentes mais próximos. Sofria sua dor mais profunda nos cantos surdos da casa ou no fundo da redinha branca. Nunca reclamou do pranto. Era muito pra si. Pra não causar a dor... nos outros... Vivia partida por dentro, com seu sofrer infinito, duro, cruel,... Mas sofria calada, qual ovelha escolhida pelo pastor da mansidão... Como eu queria beber de sua sabedoria, senhora silêncio! Talvez assim, eu podasse um pouco meu açodamento irmão-gêmeo do aperreio... Senhora silêncio. Eis uma mulher de fibra!
PROF. PINHEIRO, O HISTORIADOR
"Uma parte ainda inédita da História colonial do Ceará passa a integrar os autos de nossa literatura, retirada de documentos oficiais manuscritos dos acervos do extinto Conselho Ultramarino português, órgão responsável pela administração das colônias, e de nosso Arquivo Público. Eles estão reunidos no livro 'Documentos para a História Colonial, especialmente a indígena no Ceará (1690-1825)', do historiador e atual secretário da Cultura do Estado Francisco Pinheiro. O livro será lançado, às 19 horas, nos jardins da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC).
São relatos de jesuítas, representações de Câmaras municipais, vigários, povos indígenas e outros documentos oficiais. O foco da pesquisa é a História dos povos nativos. Pinheiro já havia publicado sobre o tema artigos, como 'Mundos em confronto: povos nativos e europeus na disputa pelo território', editado no livro 'Uma Nova História do Ceará', de Simone Souza. (DN e RM no Foco)
DESTE BLOGUE: O Prof. Pinheiro é um exímio historiador, do tipo que exige de si o rigor da pesquisa científica, sempre alicerçada em farta documentação oficial ou não, sem esquecer o viés critico-analítico.
MULHER III
Midiã: nada é mais gostoso que teu sorriso-café-da-manhã! Sou teu fã!
A Fernanda é fagueira, alegre, jovial. Por onde ela anda?
Socorro: sempre esperta, festiva, bonachã! Embora trabalhe, suba em morro!
A Elisa tem o melhor "bom dia". Sua boca, às vezes, nem fala! E nem precisa!
Lídia: baixinha, moleca, gênio foorte! Parece Iracema, fazendo sofrer um certo Martim. Assim é a Lídia. Que não combina em nada com perfídia!
Josélia é alta como um coqueiro. Mas meiga como cafuné de vovó! Josélia (nada de Amelia!), menina-bromélia...
Lucy: valente, parece um siri! Mas quando se acalma, derrete-se toda num sorriso aberto e franco. Lucy, todos são loucos por ti!
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