21 de jun. de 2012

LI NO COREAUSIARÁ

   "'NO TEMPO DAS GUABIRABAS

  No início do inverno do sertão do passado turmas e turmas de meninos, mulheres, brochotes e meninotas se largavam de casa com cuia, panelas, bolsas, sacos, alguidares, etc, em busca de guabiraba na chapada e nos pés-de-serra. A conversa, a algazarra e o furdunço eram grandes! No meio disso, namoricos e descobertas. Eram passeios sociológicos, geográficos, psicológicos,... Gente conhecida ou que ali se conhecia. Na cata dos frutos, a distribuição socializada: metade pra lá, metade pra cá, e um bom punhado pras comadres que não puderam ir. Uma espécie de comunismo sem ranço livresco. O comunismo de quem sabe muito... E nem sempre é visto assim. Principalmente, pelo pedantismo acadêmico abobalhado.'
 
  Pois bem: Olhe, seu minino...

  Pois bem 2:
Agora vosmicê mexeu com minhas recônditas memórias...

   Pois bem 3:
É que...
  Pois bem 4:
Tinha uma tia de criação, como diz o matuto, pixota danada, daquelas de endoidar qualquer cabrito. A piveta com os homônios da puberdade 'afulorando' como dizia 'rorró', a philósofa matuta, ia sempre com a gente rumo às guabirabas. Um magote de mininos em igual situação, e ela com a maior desenvoltura. Era a maior de todas e a mais sapeca. E porque um dia estava de calcinhas nova, danou-se de subir de saia no pé de guabiraba, como se a querer nos mostrar a nova aquisição. E nóis grelemos os zói. Quando uma das colegas que tinha ficado embaixo nos denuciou eis a resposta da danada.

   Pois bem 5:
Deixa os bichim. Vão ver com os zói e comer com a mão...

   Tenho dito... E sempre!!!'"

  (Manuel de Jesus) 

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