"(...) Restaram a China, com seu capitalismo de estado e
um punhado de ditaduras carcomidas e empobrecidas, como é o caso de Cuba
e a Coreia do Norte. A morte de uma papa ou uma renúncia como
a de Bento XVI sempre faz florescer as teses mais extravagantes e as
teorias conspiratórias. Fala-se em um papa progressista. E o que seria
um papa 'progressista'?
Ora, a Igreja é alicerçada sobre
dogmas que se contrapõem ao que o senso comum considera 'progressista'.
Então, para aceitar, por exemplo, o casamento entre pessoas do mesmo
sexo seria preciso que a Igreja abrisse mão de um dogma. Coisa que a
Igreja não fará.
Um homem com a formação de Bento XVI sugere
que sua renúncia foi um ato pensado estrategicamente. Vivo, são maiores
as chances de prolongar no comando da Igreja o mesmo pensamento que o
tinha como eminência parda nos 27 anos de papado de seu antecessor e
como líder máximo nos seus oito anos como Papa. Fala-se da
possibilidade de um papa de fora da Europa. Do continente americano,
talvez. Da África, quem sabe. Como a origem geográfica não é uma
categoria teológica ou de pensamento, o que menos importa é a origem natal
do escolhido. Anotem: independentemente de sua origem
geográfica, virá um papa menos ou mais conservador como foram todos os
papas desde a fundação da Igreja Católica Apostólica Romana."
(Fábio Campos, no O Povo)
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