"(...) A Proclamação é fruto de outro brio ferido: o de um chefe militar que
se sentira humilhado com a nomeação de um desafeto para o governo.
Claro, era a gota d’água da insatisfação corporativa do Exército, que se
ressentia de voltar ao segundo plano, depois do destaque alcançado
durante a Guerra do Paraguai e da convivência da tropa com colegas
vizinhos que mandavam e desmandavam em seus países, sem ter de prestar
contas aos 'casacas' (civis).
O levante não era nem mesmo
contra a monarquia, mas para depor o primeiro-ministro. O sistema era
parlamentarista monárquico. Por falta de habilidade do governo, a
deposição estendeu-se ao imperador e ao regime, graças à manobra
maquiavélica de um diminuto grupo de militares republicanos encarregado
de instigar ainda mais o brio ferido do velho marechal monarquista. 'O
povo assistiu àquilo bestializado', segundo uma testemunha. Supunha ser
apenas uma parada militar fora de época.
De lá para cá, o
conceito de republicanismo ainda não conseguiu introjetar-se de todo nos
costumes políticos brasileiros. Mas, nunca é tarde."
(O Povo)
O BLOGUE DO PROJETO CONFRARIA DE LEITURA - O CLUBE DO LIVRO. AQUI A LEITURA E A CULTURA NORDESTINA TEM DESTAQUE ESPECIAL! *** ZAP: (85) 985863910
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
"Ontem eu via a imagem de um homem forte, mas triste, num embate com uma juíza e um promotor soberbos… Ontem eu vi a justiça agir d...
-
Tem escola liberando Professor para o comício do candidato petista, que ocorre amanhã. O que dizer da escola que desmoraliza-se a esse pon...
Nenhum comentário:
Postar um comentário