Quando cheguei em Coreaú em 1979 - com 15 anos - a barragem (em cheia do rio) era a grande atração; o Rabo da Gata um charme, com sua padaria de pão cheiroso e suas meninas faceiras. No rio o borburinho era grande, com gente indo e voltando. De muitos ouvíamos a explicação para a meninada que tinha que ficar do lado da cidade: - Vou lá fora. É perigoso. Você fica!
Nas águas, a pesca, o banho, as braçadas dos mais afoitos ou a combuca à frente do matuto mais precavido. Nos bares a cachaça providencial pra matar o frio, diminuir as angústias da vida ou dar coragem pra atravessar águas e balseiros. Na cidade a vida normal de todo dia. Exceto, dia de feira. No domingo o movimento era maior. A missa aumentava a freguesia do comércio. É que aqui se incluíam as diligentes donas-de-casa da zona rural, que queriam víveres pra levar pra casa. Foi nesse ambiente que um sonhador estudante, com cara de sofrimento (e muito assustado) começou a dar os primeiros passos na "cidade grande". É a vida!
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