Nota de Solidariedade à Professora Êmy Virgínia
O Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) expressa sua profunda solidariedade à Professora Êmy Virgínia Oliveira da Costa, primeira docente trans do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), que foi exonerada de forma arbitrária e irregular em 8 de janeiro.
É com indignação que observamos a utilização de motivos injustos para justificar sua exoneração, quando, na verdade, a docente estava ausente do país para cumprir suas atividades acadêmicas no programa de doutorado na Universidad de la República (Uruguai). Cabe ressaltar que todas as suas aulas foram antecipadamente ajustadas, conforme autorizado pela Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) do IFCE e pelo colegiado de curso, de modo a garantir a continuidade de suas atividades sem prejuízos.
A atitude arbitrária adotada pela instituição não apenas fere o princípio da isonomia que rege os órgãos públicos, mas também compromete o direito à qualificação docente, evidenciando a transfobia estrutural que infelizmente persiste em expulsar pessoas trans de instituições de ensino. Repudiamos veementemente tal discriminação.
O Sindiute se junta à onda de apoio e solidariedade à Professora Êmy Virgínia Oliveira da Costa, mas também cobra que o IFCE reconsidere essa decisão prejudicial não apenas à docente em questão, mas também ao princípio da diversidade e inclusão nas instituições de ensino.
Ao destacar que janeiro é o mês da visibilidade trans, é imperativo refletir sobre as barreiras enfrentadas por travestis, transexuais e pessoas transgêneras em nossa sociedade, bem como nas universidades, institutos federais e centros federais de educação tecnológica.
O Sindiute reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos humanos, da diversidade e da igualdade, repudiando toda forma de discriminação. Exigimos justiça para a Professora Êmy Virgínia Oliveira da Costa e instamos o IFCE a reverter imediatamente essa decisão discriminatória.
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