"Ribão, churrasqueiro macho das brenhas do Nordeste, resolveu correr meio mundo e ganhar a vida no ofício que a vida lhe ensinou: fazendo e assando churasco. Passou alguns anos fatiando a mais macia carne no Rio Grande e depois resolver correr mundo novamente. Pediu as contas ao patrão e se mandou sem destino certo.
Passado alguns anos o patrão de férias no Rio de Janeiro, resolveu parar em uma churrascaria carioca. Sentou na mesa todo pedante, chamou o garçom e gritou: - Me traz a faca que eu quero cheirar. Pois conheço a qualidade da carne apenas pelo cheiro da peixeira, tchê!
O garçon foi lá dentro mandou cortar uma costela magra e trouxe a faca. O gaucho aproximou das narinas, correu a lâmina de ponta ao cabo e disse:
- Costela Magra!
O garçom admirado foi lá dentro pediu para o churasqueiro cortar uma maminha macia e levou novamente a faça ao cliente que repetiu o mesmo gesto anterior e disse:
- Maminha! E das macias.
- O garçom foi lá dentro e mais admirado ainda resolveu pregar uma peça com o freguês entendido. Pediu para o churrasqueiro esfregar a faca nos cunhões, mas esfregar bastante até impregnar todo o odor daquele saco suado e levou a faça novamente ao cabra macho.
Ao cheirar a faca, o cliente levantou da mesma com aquela cara de admirado e gritou:
- Puta que pariu, tchê!!! Mas que mundo pequeno este. Ribão trabalha aqui."
(Colaboração: Manuel de Jesus)
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