4 de ago. de 2011

"NESTE NORDESTE CABLOCO DE MÃE PRETA E PAI JOÃO"

Meu Ceará dos forrós/ Do cabra bom de sanfona/ Onde a campina é dona/ Do canto dos rouxinóis/ Sonata que a todos nós/ Traz grande admiração/ Qual tinido do baião/ Na tristeza dando soco/ Neste nordeste caboco/ De mãe preta e pai João.// Meu Ceará das pelejas/ Dos poetas cantadores/Aonde os emboladores/ Cantam as noites setanejas/ E o dinheiro das bandejas/ Faz parte da diversão/ Tem cantiga de montão/ E o povo inda acha poco/ Neste nordeste caboco/ De mãe preta e pai João//Ceará das tardes mansas/ Banhadas todas de sol/ Quando é noite o arrebol / Mostra que as esperanças/ Espalhadas na amplidão/ E em plena escuridão/ Caboré foge do toco/ Neste nordeste caboco/ De mãe preta e pai João/ Ceará da seca braba/ Que traz dor e sofrimento/ Mas quando chega o momento/ Toda tristeza se acaba/ A chuva logo desaba/ Não tem mais desolação/ Não se vê mais precisão/ Não existe mais sufoco/ Neste nordeste caboco/ De mãe preta e pai João (...)

 (Carneiro Portela)

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