"Aff! Depois de duas semanas em uma, começo este final de semana esgotado, física e psicologicamente falando: Explicar-lhos-ei a razão: O feed back e o reboliço, por causa dos meus últimos comentários nesta demosucupirana tribuna, foi estarrecedor. De todos os lados e por todos os meios eles vieram. Dos mais sensatos e moderados aos mais acalorados e ameaçadores. De onde menos se esperava, veio o quase fogo amigo. Pois bem. Um parente, que apesar de aletrado e também diplomado, mas que gosta de faturar em época de eleição falou: - Oh, abestado, deixa de escrever besteiras! Se não tem coragem de vender o voto e se não tem dinheiro para comprar, se cala... Pois bem 2: Um amigo, pelo menos eu pensava que era amigo, que não vende o voto mas o troca por alguns favores pessoais, falou: - Oh, abestado? Tu tá querendo aparecer é? Pois bem 3: Um inimigo... Como nem Jesus agradou a todos... Veja bem: Eu também os possuo, falou: - Oh, abestado? Tuas palavras são um pouco sensatas...
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Pois bem 13: Um 'companheiro', este sim, chegou firme, me olhou de cima a baixo e, num tom de reprovação, falou: - Oh, abestado... Tô notando que andas cuspindo no prato que comeste... Tenho notado suas mensagens subliminares... Todos os pois bens de número 13, tem sido ataques contundentes a nossa agremiação... Não estás satisfeitos, devolva sua carteirinha, com nossa estrela vermelha... Você se acha o certinho... Está nos igualando aos demais... A história não é bem assim... Não somos infiéis... Não nos prostituímos... Mas você tem batido insistentemente e sem dó nem piedade, em quase todos os componentes de nossa estrela. Depois de tanto ouvir reclamações, eu não aguentei e comecei ensaiar uma resposta, ao que fui interrompido... - Não terminei, companheiro... Como ousa nos dirigir predicados? Impropérios? Você não tem cacife para tal... Há tempos não congrega em nossas reuniões oficiais... - Então...? Ele não me deixou terminar e desceu a bronca... - Ainda não terminei... Baixando a cabeça ensimesmado, fiquei a ouvi-lo por mais de dez minutos... - Blá! Blá! Blá! Blá! Blá! Blá! Blá! Blá! Blá! Blá!... - Pois bem 14: Aí veio o amado, estimado, idolatrado e tantos outros ados leitor destas mal traçadas linhas e falou: - Oh, abestado? Eu quero é ver o circo pegar fogo...
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Pois bem 49: Pensou que eu ía direto ao cinquenta não é mesmo... Pois se enganou. Aí chegou a turma do 'pizol' e falou: - Oh, sabidão? Temos notado que seus pois bens estão indo direto ao ponto... E isso é bom... Mas... Vejam bem... E precisa nos chamar de zebra? Aí, eu fui dormir um tanto enjoado. Tinha passado a tarde toda com um mal, está explicado, pois só li aquele e-mail falando do peixe panga depois que tinha saboreado (eca!) um almoço regado ao filé do tal animal... Foi de lascar... Mas como nem tudo está perdido e devido ao desgaste, me desdobrei com facilidade e fui ter com Lima Barreto. Este me chamou assim de lado e convidou a sentar em um banco de praça. Reconheci na hora. Estávamos no centro de Jambom. Acomodamos-nos e ele falou: '- Esquenta com isso não, Mané? Vão te proibir de escrever sobre Política. Podes esperar. Por que não experimenta escrever sobre culinária? Ou sobre etiqueta social? - Que qui é isso, Lima... Tá me estranhando? Acha mesmo que cabra macho, parido no pé da Penaduba, vai passar o tempo escrevendo sobre estas frescuragens? So escrevo sobre Política ou sobre o cangaço... Nem uma palavrinha sequer sobre qualquer assunto que fuja deste tema... - Pois espere só... Em todo caso você só tem duas escolhas... - E qual é a outra, já que a primeira está descartada? Indaguei esperançoso de voltar a dedilhar sobre temas tão importantes para o melhoramento da democracia... - Se mude para Jambom! Aqui estamos em campanha para a presidência do conselho principal do reino e o discurso é livre. De 'a favores' 'a contrários', todos podem opinar... - Mas não foi assim sempre? Indaguei... - É bem verdade. Mas a Associação dos Jornalistas sem diploma pressionou.... pressionou... pressionou até que escreveram a lei de liberdade da palavra... Agora tudo pode ser falado e escrito. Desde xingamento da mãe do juiz, até a mãe do jogador que dá cotovelada e chuta a canela do adversário... Diante de tamanha situação, me animei com a proposta. Aqui é o meu lugar... Vou soltar o verbo... Me aguarde... Se a alguém interessar é só ler a 'Trombeta de Jambom'. Acho que vou ser o responsável pelo editorial... Mas ficarei satisfeito se me derem pelos menos um pequeno espaço na coluna de Política... - Vaaaai, carniça... Dirá o amado, estimado idolatrado e tantos outros ados leitor destas mal traçadas linhas, que apesar de rir não coaduna com os meus ideais... - Já vai tarde... - Eu vou mas volto.... Tenho dito... E sempre!!!" (Manuel de Jesus)
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