Numa cidade da Região Metropolitana de Fortaleza, o presidente do Sindicato dos Servidores foi parar numa chefia do Instituto de Previdência do Município. O vice-presidente é o encarregado pelas viagens das ambulâncias do hospital, rumo ao IJF. Um outro membro serve cafezinho na sala do diretor do hospital. Na Assembleia Legislativa, um alto membro de outro sindicato é assessor de um deputado governista. Os sindicatos são comandos sob os gritos do chefe de gabinete dos donos do poder. Os meninos fazem seu papel: inflitram-se, "matam" a entidade e fazem a festa, com a verba vinda daquele dia que todo trabalhador é obrigado a trabalhar, para sustentar o peleguismo oficial. Quando são obrigados a fazer uma assembleia, arregimentam meis dúzia de chegados, escrevem uma Ata com palavreado empolado e pronto. Os associados são ludibriados com descontos em farmácias, açougues, pousadas ou coisas do gênero... As assembleias são controladas como se controla um curral. Só entram os bois preferidos! É o sindicalismo governista e de resultado (bom pra eles). Os insatisfeitos são defenestrados. Os mais politizados, convidados a se retirar. Deve ser isso que, hoje, chamam de democracia! Os contrários à prática dessas capitanias são chamados de "fascistas" (nem ao menos se apegam à sinonímia historiográfica). Para justificar sua prática velhaca e palaciana, subestimam a inteligência dos outros e engasgam-se com os muitos bolinhos servidos com o cafezinho das ante-salas governistas... Vergonha!
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