A Lei de Licitações e a corrupção
As notícias de corrupção que assola o Brasil trazem, na maioria das vezes, uma relação promíscua entre os agentes públicos, principalmente políticos, e empresários envolvidos em processos fraudulentos de licitações.
Isso significa que a Lei 8.666/93 (Lei das Licitações) é frágil, fácil de ser burlada.
Percebe-se que os vencedores dos certames licitatórios são empresas ligadas a políticos, como um jogo de cartas marcadas e, para não gerar insatisfação dos participantes perdedores, há uma espécie de rodízio, de alternância entre eles. Essas empresas são as mesmas que financiaram os “queridinhos políticos” durante a campanha eleitoral, na base da “lei do retorno”.
Resultado: os serviços prestados e os bens vendidos pelas empresas são de péssima qualidade, e os entes fiscalizadores (Ministério Público, CGU, TCM, TCE, TCU, entre outros) ficam desarmados para coibir tais práticas, pois os contratos seguem um rito em tese normal, dentro das formalidades (papéis, documentos, etc.), no entanto, há uma imoralidade subjacente, estarrecedora.
Ainda por cima existem empresas e grupos políticos que não seguem com presteza tais formalidades, posto que “mal assessorados”, momento em que são flagranteados, gerando fantásticas reportagens e prisões midiáticas.
No frigir dos ovos, tudo dá “em pizza”, e só ficam na cadeia “os peixinhos”.
Infelizmente, tem muita gente rica, transitoriamente, à custa do nosso dinheiro, do dinheiro do povo, porque dinheiro ganho de forma desonesta, acaba não servindo para nada, nem para ninguém.
Roubar uma pessoa do povo é uma coisa, mas roubar o próprio povo, é um passaporte para o inferno ... em vida!
Pense nisso: “Água deu, água levou”.
FERNANDO MACHADO ALBUQUERQUE
Professor
Coreaú
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