sábado, 12 de novembro de 2011

OCUPAÇÃO DA USP: O QUE DIZEM OS PESQUISADORES

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  Ao contrário do que tem sido propagandeado pela grande mídia, a crise da USP, que culminou com essa brutal ocupação militar, não tem relação direta com a defesa ou proibição do uso de drogas no campus. Na verdade, o que está em jogo é a incapacidade das autoritárias estruturas de poder da universidade de admitir conflitos e permitir a efetiva participação da comunidade acadêmica nas decisões fundamentais da instituição. Essas estruturas revelam a permanência na USP de dispositivos de poder forjados pela ditadura militar, entre os quais: a inexistência de eleições representativas para reitor, a ingerência do governo estadual nesse processo de escolha e a não revogação do anacrônico regimento disciplinar de 1972.
   Valendo-se desta estrutura, o atual reitor, não por acaso laureado pela ditadura militar, João Grandino Rodas, nos diversos cargos que ocupou, tem adotado medidas violentas: processos administrativos contra estudantes e funcionários, revistas policiais infundadas e recorrentes nos corredores das unidades e centros acadêmicos, vigilância sobre participantes de manifestações e intimidação generalizada.

   Este problema não é um privilégio da USP. Tirando proveito do sentimento geral de insegurança, cuidadosamente manipulado, o governo do estado cerceia direitos civis fundamentais de toda sociedade. Para tanto, vale-se da Polícia Militar, ela própria uma instituição incompatível com o Estado Democrático de Direito, como instrumento de repressão a movimentos sociais, aos moradores da periferia, às ocupações de moradias, aos trabalhadores informais, entre outros. Por tudo isso, nós, pesquisadores da Universidade de São Paulo, alunos de pós-graduação, mestres e doutores, repudiamos o fato de que a Polícia Militar ocupe, ou melhor, invada os espaços da política, na Universidade e na sociedade como um todo."
  http://limpinhocheiroso.blogspot.com/2011/11/invasao-da-usp-nota-de-repudio-dos.html?spref=tw

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