"A crítica define o livro Estorvo como uma 'alegoria do vazio', ou seja, uma representação simbólica da total falta de perspectiva do homem contemporâneo, inserido numa sociedade hipócrita, cujos valores se encontram em decadência. 'Narrado em primeira pessoa, Estorvo se mantém constantemente no limite entre o sonho e a vigília, projeções de um desespero subjetivo e crônica do cotidiano” (contracapa da 1a. edição). Desprovido de qualquer liame com os valores da sociedade, o protagonista mostra-se desajustado às regras sociais: não se adequa a nenhum emprego, aceita ser sustentado pela mulher, depois pela irmã, não é capaz de administrar os bens da família após a morte do pai. Não valoriza nenhum bem material: perde a mala com suas roupas, tem seu dinheiro roubado, seu sítio invadido, as jóias roubadas são pagas com uma droga da qual ele só pensa em se livrar (não em vender) e, entretanto, ele não reage. (...)".
Fonte: http://litebrasil.blogspot.com/2007/10/uma-leitura-de-estorvo-livro-de-chico.html
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