domingo, 4 de dezembro de 2011

PARA A HISTÓRIA...

  OS PRIMEIROS MOMENTOS DO GOLPE NO CEARÁ
  "Às 23 horas do dia 30 de março de 1964, o então presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Benevides, recebeu ligação do deputado estadual cearense Raimundo Ivan Barroso. Do outro lado da linha, Barroso relatava, receoso, que estava sendo perseguido por policiais. O diretor-geral da Assembleia, Vilebaldo Aguiar, foi orientado a abrigar o parlamentar na Casa. Lá ele permaneceu entre 31 de março e 1º de abril, na companhia de Benevides. Eram os primeiros momentos da ditadura militar, que se estenderia por mais duas décadas. Em 10 de abril, Barroso acabaria cassado, com mais seis deputados. O grupo incluía nomes como Pontes Neto e Blanchard Girão. O motivo alegado: quebra de decoro parlamentar. O coronel Egmont Bastos disse que a Assembleia agiu por livre iniciativa. Benevides atribuiu as cassações à cobrança, vejam só, da imprensa. Já Blanchard Girão e Aquiles Peres Mota sustentavam que o Legislativo agiu sob o tacão do secretário de Polícia, general Clóvis Alexandrino. A história é contada no livro 'No Tempo dos Coroneis', que o jornalista J. Ciro Saraiva lança no próximo dia 15, às 19 horas, na Assembleia Legislativa. A apresentação será feita pelo ex-senador Cid Carvalho."

  (Da Coluna de Érico Firmo, do O Povo)

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