segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

POIS BEM

  "Era finalzinho da década de setenta quando, às 14:00 h., chegava em Coreaú a unidade da empresa Rápido Mossoró, vinda da capital Fortaleza trazendo alguns exemplares do  Jornal Tribuna do Ceará, que eram destinados a algumas autoridades. À tardinha nas calçadas era uma festa só. Todos queriam saber notícias da capitá. Sobre este assunto várias vezes aqui pautei. Mas hoje vou arrematar mais um pouquinho e também tentar fazer chegar uma cópia à redação de uma grande empresa jornalística, além obviamente, dos blogues do meu amigo João Teles e do professor Romildo.

  Pois bem 2: O tempo foi passando e vieram outros jornais. Mas outros... Mas outros... E só não se informou quem não quis. Durante minha vida de estudante lia os dois principais que aqui chegavam. Bem verdade que com dois dias de atraso. Tinha uns comerciantes que me davam o jornal velho para ler.  Mas lia. Era gostoso saber das coisas. Visualizar mentalmente a capital que tão pouco conhecia.  E assim o tempo passou.

  Pois bem 3: Aí veio a santa teia, vejam bem eu disse santa teia e não ceia. E a notícia se proliferou, feito praga de gafanhoto. Está em todo lugar no momento em que o fato acontece. Veloz como o raio. Chegando a tudo quanto é lugar quase que sem custo sem papel e ao alcançe de todos...

  - Mas onde é mesmo que este filho duma égua  quer chegar com esta lenga, lenga?, dirá o mais intrigado leitor destas mal traçadas linhas.
  - Calma amado, estima, idolatrado, e tantos outros,   … ados leitor destas mal traçadas linhas. Raciocina comigo?
  - Quem sou eu para raciocinar. Ainda mais com um herege juramentado como o senhor  mesmo se intitula! Não é assim que dizia Odorico?
  - Sei lá, amado, apesar de simpatizante de Dias Gomes, não ando lembrando bem do Amado... Mas que assim seja!
  - Então vá direto na jugular e destile seu veneno, antes que esfrie...

  Pois bem 4: Inda ontem quando abastecia minha corroça velha decenária em um posto da serra da  Ibiapaba, notei um grande volume de famosa publicacão diária sobre uma mesa. Eram uns vinte a trinta volumes. Estavam intactos e já era meio dia ou mais. Pago a conta do abastecimento e olhando aquilo que, no passado me enchia os olhos de vontade de folhear, e com o meu sangue de sassará, doidinho por uma garapa, perguntei ao frentista se podia pegar um.
  - Pode, sim! Foi sua resposta gentil. Devo ter sido o primeiro a tomar aquela atitude. Achei esquisito não está à venda. E a  meninada começou chorar por jornal (fim de férias, fotografias para os trabalhos escolares e começou a choradeira). Indaguei ao gentil frentista se podia pegar outros dois.
  - Pegue quantos quiser, foi sua novamente gentil resposta.
  Agradeci e descemos ao sertão.

  Pois bem 5: Conclusão!
  Poisbem 6: Ninguém, compra, muito menos ler mais jornal impresso... Isso está sendo um desperdício... É uma atitude antiecológica... E aonde está a Responsabilidade Social dessas empresas jornalísticas. Atraiam seus leitores para a mídia eletrônica e tudo fica mais barato...
  Pois bem 7: Só para se ter uma ideia do tamanho do desastre, a edição dominical deste famoso periódico tinha escrito em se rodapé de manchete os seguintes números:
  TIRAGEM: 48.911
  EDIÇÃO: 210 PÁGINAS
  CUSTO: R$ 2,50

  Pois bem 7: Imaginem os senhores o quanto de árvores e energia não foram gastos para produzir todo este lixo, que ninguém chegou nem a utilizar...
  Pois bem 8: Uma campanha urgente para a migração total e já de todos os veículos de informação para a mídia eletrônica. O planeta agradece.
  Tenho dito... E sempre!!!"    

          
  (Manuel de Jesus da Silva
 Professor e Jornalista Genérico. Com participações quase que diárias nos blogues do coreausiara.blogspot.com  e rmnofoco.blogspot.com)      
                                            

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