24 de fev. de 2012

A RENDEIRA


"Entre seus dedos macios os bilros atritam,
como dardos de fogo crepitante;
voam no espaço limitado, voltam velozes,
de uma a outra mão domesticados.

Voam e volteiam em ritmos iguais e sonoros

como sons de uma harpa celestial:
enquanto a mão prende um feixe de linha
a outra retira e espeta o espinho na almofada.

E os dedos trocam os bilros

num vaivém de ritmos atroantes
e é como se mãos de crianças se enredassem nos
desenhos do estrado
que a artesã-rendeira vai ao tempo bordando. (...)."

  (JOSÉ ALCIDES PINTO, poeta cearense)

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Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!