23 de mar. de 2012

A HOMENAGEM DE UM GAÚCHO!

  DA SÉRIE: É MENTIRA, TERTA
   Saudades de Chico Anysio
   by Cláudio Teran, jornalista, radicado no Ceará

   Lembrar Chico Anysio e ao mesmo tempo lamentar sua morte me remete a uma situação pessoal. Enxergo nele um ícone da minha geração. Volto no tempo e desço até a infância quando o conheci através da Televisão. Cresci vendo este cearense comandar o Chico City, O Chico Total e a Escolinha do Professor Raymundo. Sempre me encantei com as coisas que aquele sujeito franzino era capaz de fazer diante das câmeras. Chico mutante. Perucas, maquiagem e roupas o levavam como num passe de mágica a encarnar Véio Zuza, Alberto Roberto, Pantaleão, Seu Popó, Coalhada, Gastão, Tavares, Azambuja, Zé do Tamborim, Salomé, Justo Veríssimo, Professor Raymundo e tantos incontáveis e inesquecíveis personagens que desfilavam diante da telinha de forma caricatural sendo ao mesmo tempo a mais perfeita tradução da imagem do país e da alma brasileira. E suas piadas tiradas e bordões eram repetidos de imediato. A identificação de Chico Anysio com o Brasil levava as pessoas a comentar e rir no dia seguinte as coisas que ele dissera na noite anterior. Me acostumei com a riqueza do talento do Chico. Com sua capacidade de ator e de homem de rádio. Qualidades especiais dele que contribuíam para compor o seu talento nato de humorista. A velocidade de seu raciocínio resultava no imponderável do improviso. E num festival de risos frouxos e gerais de todos. Chico Anysio fazia rir porque a piada era boa e porque ele era bom. Não necessitava de apelações nem palavrões para divertir, porque sabia e conhecia todos os segredos do ato mágico de fazer rir. Com o fim de Chico Anysio o que sai de cena é o causo mais sem graça contado por Pantaleão. Aquele que por certo a Terta se veria obrigada a confirmar como verdade aos prantos. Empobrece um tanto mais o Brasil sem Chico Anysio porque se vai com ele um pouco de nós..."

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