20 de mar. de 2012

O ESCRITOR SÂNZIO DE AZEVEDO HOMENAGEIA

POETAS ESQUECIDOS/PIAUÍ

ALCIDES FREITAS (1890-19130

COQUEIRO

Alto, cifoso, esguio, entre relvas e arbustos
Aos ósculos do sol que os flabelos lhe envidra,
Balouçando no espaço os seus leques venustos,
Levanta-se o coqueiro, em plena terra anidra.

Nem um só vegetal destes sertões adustos
Sonha a angústia que o prende em torcicolos de hidra
E lhe imagina a mágoa, e a ânsia do céu dos justos,
Quando ao vento ele agita a copa verde-cidra.

É o espectro ancestral de um bandeirante ousado!
O vate que da brisa as queixas interpreta!
O poema evocativo e triste do passado!

Lembras – velho coqueiro -, em tão grande ansiedade,
O fantasma do amor de um solitário poeta,
Agitando ao luar as palmas da saudade!

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AV. BEIRA MAR NO ABANDONO

Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!