UM ESPAÇO PARA LIVROS, CULTURA NORDESTINA E FÓRUM DA ZONA NORTE (CE). (85) 985863910
20 de mar. de 2012
O ESCRITOR SÂNZIO DE AZEVEDO HOMENAGEIA
POETAS ESQUECIDOS/PIAUÍ
ALCIDES FREITAS (1890-19130
COQUEIRO
Alto, cifoso, esguio, entre relvas e arbustos
Aos ósculos do sol que os flabelos lhe envidra,
Balouçando no espaço os seus leques venustos,
Levanta-se o coqueiro, em plena terra anidra.
Nem um só vegetal destes sertões adustos
Sonha a angústia que o prende em torcicolos de hidra
E lhe imagina a mágoa, e a ânsia do céu dos justos,
Quando ao vento ele agita a copa verde-cidra.
É o espectro ancestral de um bandeirante ousado!
O vate que da brisa as queixas interpreta!
O poema evocativo e triste do passado!
Lembras – velho coqueiro -, em tão grande ansiedade,
O fantasma do amor de um solitário poeta,
Agitando ao luar as palmas da saudade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário