"Certa vez alguém me perguntou porque é raríssimo me verem sem um
sorriso nos lábios. Na verdade, não tenho direito de exceção para não
sorrir. Tive oito mães e o irmão que me criou como pai era uma 'mãe'.
Explico: sou filho adotivo. Meus pais biológicos, sem condições para me
proporcionar aquilo que sonhavam, em boa hora, entregaram-me a uma
família que me adotou aos dois meses de idade. A família era muito
pequena, formada por oito homens e sete mulheres.
Ganhei, de logo, sete irmãs que se tornaram sete mães que me
paparicaram mais do que deviam. Tereza, já falecida, que eu chamo 'Meu
Amorzinho', desincumbiu-se da minha formação. Se não teve grande êxito
na tarefa, a culpa recai, indiscutivelmente, sobre do filho rebelde
que adotou."
(Barros Alves, sobre mães)
Nenhum comentário:
Postar um comentário