"Conversei durante toda a semana com vários postulantes a cargos eletivos. Provoquei-os bastante e fi-los também rir um pouco. Depois de mim é claro. Até simulei um colóquio com alguns me passando por eles candidatos e eles como eleitores. Em uma dessas peças o diálogo correu mais ou menos assim:
EU ATOR CANDIDATO E O CANDIDATO ATOR ELEITOR.
EU ATOR CANDIDATO: - Bom dia, amigo!
CANDIDATO ATOR ELEITOR: - Bom dia...
EU ATOR CANDIDATO: Estou aqui a visitá-lo, pois sou candidato a vereador pelo município e para defender os interesses da coletividade preciso de seu voto. O que o amigo me diz?
CANDIDATO ATOR ELEITOR: Lhe digo que não teve ninguém (nenhum) candidato passando por aqui ainda, não sinhô... (Aqui abro uns parênteses, para dizer que: - Mentira!!! Mentira!!! Calúnia!!! Difamação... A essas alturas todas as moradas já foram visitadas... A maratona foi de doer...)
EU ATOR CANDIDATO: Que bom!!! Assim sou primeiro e posso mostrar-lhe minhas propostas... Posso contar com seu voto?
CANDIDATO ATOR ELEITOR: E o que é que o senhor vai me dar?
EU ATOR CANDIDATO: Uma mãozada no pé do ouvido, seu filho duma égua!!! Você não sabe que o voto é uma conquista e, portanto, não pode ser comercializado, seu ordinário... Mercenário!!! E desci o braço no 'pé durrido'.
O candidato ator eleitor começou a rir e não mais conseguir levar adiante o nosso teatrinho político e falou: - Tu tava é lascado se assim se comportasse como candidato. É bem capaz de quando tu fosse descer o braço outro candidato entrasse na frente para apanhar no lugar do teu ex-eleitor... E demos por fim a conversa...
Mas ficou algo em mim... A idéia não morreu de todo. E se todos os candidatos fizessem um acordo para assim se comportarem nas futuras campanhas... Em vez de comprar o voto do ordinário eleitor e bater nele durante quatro anos, que tal dá-lhes umas boas bofetadas neles durante os quatro meses de campanha e os acariciassem com um bom governo durante todo o mandato...
Pensando como eleitor eu preferiria esta segunda opção...
Tenho dito... E sempre!!!"
(Manuel de Jesus)
Nenhum comentário:
Postar um comentário