27 de jul. de 2012

CRISE DE VALORES MORAIS

  "A humanidade tem conseguido, no decurso da História, uma evolução mental extraordinária, sobretudo a partir do final da Idade Média e com o advento do Renascimento, quebrando tabus e desmistificando histórias fantásticas, ingressando no campo científico e, assim, tem explicado, racionalmente, fatos outrora tidos como inexplicáveis. Isso ocorre porque o homem é dotado de razão e tem um poder de linguagem ilimitado. 

  Muito já conquistamos e ainda há muito a se conquistar. Entretanto, o ser humano ainda precisa aprender a conviver em harmonia com seus pares (e por que não dizer com o Planeta), de modo que a tão almejada paz social seja alcançada a contento, o que é possível somente caso ele desenvolva virtudes individuais e coletivas.

   Encontramos no dia a dia indivíduos que só pensam em si, só pensam em dinheiro, só pensam em acumular bens materiais, esquecendo-se de valores como a amizade, a solidariedade, o altruísmo, o companheirismo e, para os mais românticos, o amor. Esquecem-se do seu lado espiritual, da presença de uma força transcendental que conduz o existencialismo, Deus.

   As desavenças, em quaisquer partes do mundo, não importa a sua natureza, na  maioria dos casos, têm sua prática vinculada à questão do ter (materialismo) em detrimento do ser, da essência humana e das boas relações interpessoais.

   Haveria lucidez social se os grandes empresários e os agentes governamentais olhassem para todos os quadrantes da vida, e enxergassem as necessidades dos pobres de dinheiro, as desigualdades de toda ordem, e se sensibilizassem, promovendo grandes transformações no modelo que aí está, melhorando-o.

   Ter dinheiro é bom, todavia ter apego à família, ter respeito ao próximo, ter palavra, ter consciência, ter solidariedade, ter visão de um mundo melhor, é o que importa. O resto, é consequência.

   Mas, estamos em crise, crise de valores morais.

   Pense nisso."

  Coreaú-CE, 27 de julho de 2012.


  Fernando machado Albuquerque
  Professor

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