13 de jan. de 2013

DE LAVRA FARTA!










  




MENINA DO MANGUE

Corre menina, na areia da praia, 
Descalça, risonha, saltando os corais;
Co'o vento varrendo a tez bem corada,
As madeixas exalam fragrâncias florais.


Ao longe a jangada, exausta, chegando,
Depois do embate em cruéis temporais.
Alheia, a menina aperta o seu passo,
Na tarde vazia indo ao porto sem cais.


O mundo não espia o andar da menina,
Sequer se apieda dessa filha sem pais;
Que segue, faceira, seguindo a sua sina;
De cuja morada são frios manguezais.


Menina do mangue, sedenta de vida,
De brilho nos olhos, de alguns ideais;
Que a terra jamais lhe negue guarida;
Não hei de algum dia ouvir os seus ais!


Eliton Meneses, membro da APL

Nenhum comentário:

32

O JOÃO E SEUS PULINHOS, QUE INCOMODAM

João Inácio Júnior é radialista das antigas; quando a Globo permitia, foi apresentador de jornais locais e até da versão local, do Jornal Na...