"O Brasil não precisa de
mais partidos e, sim, de políticos voltados para trabalhar em prol de uma
população altamente necessitada de políticas públicas. Essa é a função dos
nossos legisladores; coisa que não acontece, pois os objetivos que os levam ao
poder são de interesse próprio.
A decadência da política
brasileira é decorrente da falta de ideologia das pessoas que compõem estas
agremiações. O Partido dos Trabalhadores que lutou tanto para chegar ao Palácio
da Alvorada é um desses partidos que está manipulando cargos públicos em troca
de apoio governamental. O PT está comemorando trinta anos de existência e dez
no Planalto. Daí vem uma pergunta básica: a ideologia que percorria as veias do PT
antes da 'subida' da rampa palaciana ainda existe? Com certeza não. O que temos
é a governabilidade. Para obter esse apoio acendem-se velas até para o diabo...
É inadmissível um País
como o Brasil tenha tantos partidos. Já não bastam os existentes – inoperantes -
e querem ainda aumentar esse número? Ao invés de aumentar esse número seria
mais prudente reduzir os existentes. Somente assim, teríamos menos comercialização
eleitoral.
A população brasileira
tem que ser protagonista desta seleção eleitoral. Como? Votando em pessoas vocacionadas
para exercer a função de legislador público. O começo desta
transformação deveria se dar nos municípios brasileiros. O que temos hoje são
grupos políticos (famílias) que se alternam entrem si. É hora de fazermos uma
revolução política. Escolhendo candidatos a vereadores e gestores municipais identificados
com as causas sociais. Somente assim, teremos poderes Legislativo e Executivo
voltados pra atender ao que a população mais necessita.
Os movimentos sociais e
eclesiásticos que tiveram um papel fundamental na chegada do PT ao Palácio da
Alvorada, por que (hoje) se calaram? Será que foi a decepção com os companheiros? A vida é
feita de acertos e erros. Podemos dizer que de mais acertos do que de erros.
Porém, os erros cometidos hoje continuam sendo comuns aos do passado. Um desses
principais é o da comercialização eleitoral. Está, mais do que na hora, dos movimentos
(sociais) emergirem das profundezas dos seus silêncios e porem o pé na estrada. Por os
blocos nas ruas, clamando, mais uma vez, pela participação popular, nesta assepsia eleitoral."
Carlos Teles
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