17 de fev. de 2013

POBREZA EM COREAÚ



   "Perguntaram a um médico voluntário, num campo de refugiados da África, qual sua especialidade, e ele respondeu:
    Sou especialista em pobreza.
   O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede o progresso de um país, de um estado-membro ou de um município, a partir de três dimensões: renda, saúde e educação. O último IDH medido de Coreaú corresponde a 0,591 (PNUD/2000), refletindo a pobreza acentuada do município.  
   O Prof. João Teles propõe dez questões, cujas respostas – ou tentativas de respostas – deveriam figurar num livro de História de Coreaú. A sexta questão indaga onde estariam os bolsões de miséria do município. Ora, não somente por acreditar na frieza dos números do IDH, mas sobretudo por conhecer a realidade coreauense, imagino que a questão seria mais facilmente respondida se realizada de maneira invertida, ou seja, se pedisse a indicação dos bolsões de riqueza da Palma. 
   Os bolsões de pobreza permeiam praticamente todo o município, particularmente as áreas periféricas da cidade de Coreaú e das sedes dos três distritos – Araquém, Aroeiras e Ubaúna –, as diversas vilas e localidades, desprovidas de quase tudo, os casebres isolados da caatinga; enfim, a pobreza se alastra pelos quatro cantos do município. Sendo honesto, poder-se-ia lamentavelmente caracterizar o município inteiro como um grande bolsão de pobreza. De toda sorte, como a questão pretende identificar especificamente aqueles que vivem na miséria – condição mais severa, típica de pobreza extrema –, haveria de ser realizado um levantamento específico, seguindo os rastros da pobreza que serpenteia todo o território municipal. "

  (Eliton Meneses, defensor público, em seu Blogue Diário de um Navegante)   

  DO BLOGUE: Minha referência foi ao que o advogado comunista Tarcísio Leitão chama de "desgraçados sociais". Ou seja, os deserdados, vítimas da niguenização, a quem o poder público não vê, sabe-se bem porque!

Nenhum comentário:

30

AV. BEIRA MAR NO ABANDONO

Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!