2 de fev. de 2013

ZÉ MARRECO

 Zé Marreco foi pra rua no domingo. Bebeu todas, até duas horas da tarde. Depois dum toró danado, saiu pra casa, todo torto! Mais torto que vida de sendeiro. Quando de repente... Surgiu a sua frente um rio cheio, numa enchente gigantesca. Zé abaixou-se para tirar a roupa. Quando se levantou-se viu um camarada grandalhão a seu lado, desafiador. O homem era grande e assustador! Zé perguntou-lhe:
  - O que quer comigo, rapaz!?
  O sujeito permaneceu estático. Não deu uma palavra. A raiva subiu à cabeça do Zé e levou consigo uma canada de cachaça. Zé Marreco bateu a mão à faca peixeira e desafiou:
  - Ou fala ou entra no quicé!
  O sujeito permaneceu inerte.
  O bêbado, numa mistura de ódio, medo e malvada, partiu pra cima do malamanhado e meteu-lhe o ferro. A lambedeira partiu-se em duas. Apavorado, Zé passou o rio em poucas braçadas. Quase perdeu as pernas finas!
  Nos dias seguintes virou motivo de troça. Os amigos descobriram à beira do tal rio um tronco de mangueira com com galhos secos, meio abertos.
  Zé tinha brigado sozinho! O que é que o diacho da cachaça não faz!

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AV. BEIRA MAR NO ABANDONO

Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!