sábado, 9 de março de 2013

DO BELETRISTA DE VIÇOSA

   PATRÃO, EU?
  "Estou quase convencido de que sou o patrão dos políticos. De tanto afirmarem isso, já estou quase acreditando. Isto não me deixa nem um pouco vaidoso, porque simplesmente não levo nenhuma vantagem com o status de chefe, e muito menos, jeito para patrão de prefeito. Essa minha hipotética condição patronal me foi alertada, recentemente, pelo jovem prefeito municipal de Viçosa do Ceará, o qual, de forma simpática, rebaixou-se à simples condição de 'empregado do povo', tornando-se subserviente às imposições do Zé Povinho, em cuja camada me incluo. Eu, patrão da maior autoridade da cidade? Coisa mais esdrúxula, seu! Cadê a CLT por mim nomeando-o meu funcionário, ou onde estaria o mero contrato bilateral, assinado por nós dois? Nas urnas? Mas, como assim, se não votei nele? Quanto paradoxo! Só não entendo, sendo seu chefe, a forma de como lhe dar carão e ordens, mandá-lo bater o ponto dos expedientes, cumprir horário, cuidar bem do 'meu' dinheiro, caso meu empregado dê com os burros n'água. Em todo caso, que é pitoresca a situação, isto é. E como é!"
  Valdemir de Castro Pacheco
  Viçosa do Ceará-CE.
 
  

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