"VIOLÊNCIA
– O macabro mercado da violência movimenta muito dinheiro na mídia. Para
apresentadores/repórteres, um trampolim para ascensão pessoal. Os deputados
estaduais Ferreira Aragão e Ely Aguiar QUE elegeram-se explorando a popularidade que
esses programas policiais aferem. E o que fazem no Legislativo, denunciam,
cobram, reverberam o discurso que fazem em seus programas? Não, mantêm-se em
silêncio e compõem a base de sustentação do governo.
O deputado federal Edson
Silva também elegeu-se nessa base, bem como o vereador Vitor Valim. Não existe
interesse dessas emissoras, desses 'profissionais' que a violência recrudesça,
diminua, simplesmente porque dessa forma terão substancial diminuição em seus
ganhos, materiais e/ou políticos. Nunca é demais lembrar que o corporativismo
norteou – e norteia – a ação desse segmento: por ter decidido fazer cumprir a
lei, o então titular da SSPDS, Roberto Monteiro, sofreu cerrada oposição de
apresentadores/repórteres dos programas policiais. Essa turma, entretanto, não
cobra quem de direito – o chefe do Executivo, o governador Cid Gomes – pelo
descalabro na (in)segurança pública. Nem mesmo o atual titular da SSPDS é
cobrado. Para esse pessoal não interessa se são assassinadas dezenas de pessoas
todos os dias, mas não aceita, se, para o cumprimento da lei, não puderem
mostrar imagem de presos sob custódia do Estado.
VIOLÊNCIA
– Adversamente, essa turma opta por atuar como bajuladores de policiais civis e
militares. Em vez de incisivamente chamar a responsabilidade de quem tem o dever
institucional de dar uma resposta à sociedade, ao contribuinte, usam o espaço
para despersonalizar críticas. O governador surge em inaugurações, promove
festas, inaugura hospitais que não funcionam, mas não dá nenhuma satisfação
quanto à barbárie que assola a Capital e todo o Estado. A mídia, em sua parte
maior alinhada com os interesses do Executivo – que se coadunam com pessoais e
empresariais – se omite. O pior de tudo é ver empresas que não se importam em
financiar esse dantesco espetáculo. Muitos são os anunciantes e caro sãos os
espaços publicitários nos programas policiais. Um desrespeito ao cidadão."
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